sábado, 9 de maio de 2020

São raros os médiuns que aguentam a força do seu Tata caveira,por ele ser um exu muito velho que viveu a muito tempo atrás ainda vem curvado,bravo é de poucas palavras e o seu modo de agir é de um autêntico caveira.
Mais com o tempo e com o médium sabendo a doutrinar tudo evolui !!
Em seus pontos riscados geralmente usa vela preta e branca,ou preta e vermelha.
Sua guia é de cor preta,gosta de marafos fortes e de charutos bons(algumas falanges fumam o charuto do lado ao contrário).
É bem conhecido na umbanda e tbm na quimbanda, é um exu de lei !!
Mais não se assuste com esse Exu, sortudos são os que carregam ele na coroa filho do tata caveira não passa necessidade,não passa aperto e sempre ligado a tudo e a todos,sabem quem é falso só por um olhar.
Laroye compadre !💀💀
Autoria : Pablo Campos/povo da calunga.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

ORIXÁ DE FRENTE: QUAL A SUA FUNÇÃO NA MINHA VIDA?

ORIXÁ DE FRENTE: QUAL A SUA FUNÇÃO NA MINHA VIDA?

Os orixás são seres, entidades de luz, que sempre nos rodeiam e fazem parte da nossa existência, tanto a humanada, quanto a espiritual. Todos nós, sem distinção de gênero, etnia ou classe social, somos filhos de orixás. Temos nossos guias e características marcantes destas entidades.
ORIXÁ DE FRENTE, ORIXÁ ADJUNTO E ORIXÁ ANCESTRAL
Antes de entendermos mais um pouco sobre a importância e funções do Orixá de Frente, é de extrema importância que saibamos diferenciar os três principais Orixás guias. Nunca podemos nos esquecer, também, que existem milhares de outros orixás muito importantes.
O Orixá de Frente é aquele que atua sobre a nossa forma de pensar, em nosso raciocínio, ou seja, no lado racional de nossa mente. Ele está à frente de nossa cabeça e é o grande responsável por nossa vida nesta encarnação.
O Orixá Adjunto está na região complementar do Orixá de Frente e, junto com este, auxilia a nossa vida no campo emocional. Quando a nossa mente não consegue raciocinar mais sobre questões complexas ou que a situação demanda uma força irracional, é justamente o Adjunto, também conhecido como Juntó, que entra em ação. No campo dos sentimentos e das emoções.
E, por fim, temos o Orixá Ancestral. Este é aquele dificilmente encontrado e que raramente aparece em jogos de búzios. Para descobri-lo devemos proceder a uma investigação extremamente minuciosa e espiritual. É o Ancestral que irá guiar a nossa natureza enquanto procedentes de um espírito. É ele que resguarda os pensamentos e o íntimo humano.
ORIXÁ DE FRENTE: IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES
Além de ser o principal, que mais nos mostra ao mundo como realmente somos, o Orixá de Frente forma, junto com o Ancestral, a representação do masculino e do feminino.
O de Frente é aquele que guiará os seus passos na sua encarnação atual e moldará a sua mente para as questões racionais, a maior parte de nossos pensamentos. Quando pensamos em fazer alguma coisa ou tentamos tomar a melhor decisão, é o Orixá de Frente que está agindo em nossa mente.
Além de desenvolver o nosso chakra frontal e evoluir os intermédios do pensamento, o Orixá de Frente se molda ao Adjunto para a evolução e, por que não criação, de nossa personalidade.

ACAÇÁ

ACAÇÁ

O acaçá é um alimento que desperta muita curiosidade e interesse para as pessoas que procuram o conhecimento dos fundamentos dos orixás.
É um alimento cheio de mistérios como todas as comidas de santo, mas trás em si um dos simbolismo mais profundo para a religião dos orixás.
Alimento que nunca pode faltar em fundamentos que exige sacralização animal.
É símbolo de individualização e coletividade, dentre suas múltiplas funções.
Para entendermos melhor seu fundamento, precisamos rever algumas coisas, que envolvem; Exu (Pambonijila), Nanã(Zumba) e Oxalá (Lembaranganga), que são a base da existência individualizada, e principio dinâmico da vida material.
O acaçá representa uma vida, tanto material quanto espiritual.
Para se fazer esse alimento é necessário a farinha de acaçá(canjica branca moída ou triturada), água, fogo e folha de bananeira devidamente preparada(passada no fogo para amolecer e ficar mais fácil para manuseio) eu chamo esse ato de quebra de quizila da folha de bananeira, afinal a bananeira é uma planta onde muitas entidades gostam de habitar e nem sempre são entidades positivas,a folha pode estar com alguma energia negativa, e sendo assim passada no fogo queimará essas possíveis energias e a tornará própria para a utilização.
A folha de bananeira envolta em uma porção da massa do acaçá, representa o corpo, a sua cor verde(sangue preto vegetal).
A porção da massa dentro da folha, representa a vida do corpo a força ancestral divinizada e individualizada ou se queiram parte de Olorum o ser supremo o sopro da vida.
O acaçá branco é sangue branco vegetal, é ofertado a todas os orixás femininos, a Oxalá, aos ancestrais, a Ori e a todas as Entidades e Divindades que exigem em seus fundamentos o Branco.
O acaçá vermelho, preparado com a farinha de milho vermelho ou o fubá acrescido ou não de sal grosso e dendê, tem os mesmos preceitos e fundamentos do acaçá branco, representa o axé ancestral feminino
Esse acaçá é oferta para todos os Orixás masculinos, embora hoje em dia se usa mais o acaçá branco pra todos os orixás, e reservam esse somente para Exu.
As cores e formas fazem parte do simbolismo dos fundamentos dos Orixás.
O acaçá branco geralmente é enrolado na folha de bananeira para dar o formato de uma pirâmide, com base quadrada ou retangular, simbolizando os pontos cardeais, norte/sul e leste/oeste, em outras palavras força de expansão tendendo para cima, para o alto como símbolo de elevação e crescimento.
Se modelado bem, podemos ver que são quatro triângulos que formam uma pirâmide, que voltado para cima é símbolo do masculino.
O acaçá vermelho também enrolado em folha de bananeira, em forma de uma pirâmide truncada sem ponta. É axé feminino que seu formato lembra uma vulva(mapôa).
As diferenças entre esses alimentos(acaçás) já não são mais observadas com frequência, mas deveriam ser, porque, fazem parte do rico simbolismo que esta presente e todos os fundamentos dos Santos e que deveriam ser observados.

XAXARÁ SIMBOLOGIA

XAXARÁ SIMBOLOGIA

O candomblé é uma Religião rica em simbologia, as danças, os gestos, movimentos corporais, um conjunto de coisas que servem para traduzir o que é a Divindade e os mistérios que a envolvem, a quais elementos da natureza pertence e uma serie de outros fundamentos.
Aqui quero falar sobre o Imbele/Xaxará uma simbologia que faz parte da Divindade Kavungo/Omolu/Obaluayê.
Para falar desse símbolo, o Imbele/Xaxará, precisamos entender cada peça que compõe o seu corpo.
O Imbele/Xaxará é confeccionado a base de nervuras das folhas do dendezeiro, envolvido em uma espécie de rede feita com palha da costa, búzios e miçangas.
Imbele/Xaxará, é o cetro símbolo desta Divindade, muitos o tem como uma vassourinha de Omolu, que serve para varrer as mazelas das pessoas, afastar doenças e também um instrumento de cura, mas o significado desta " ferramenta " vai muito além.
Como símbolo de representação dos antepassados este cetro carrega em si a mais complexa simbologia. Cada uma das nervuras das folhas do dendezeiro representa a estrutura óssea da folha seca utilizada para confeccioná-lo. Folha seca, e como sabemos as folhas ditas mortas ainda guardam em si suas características de cura como as folhas secas que preparamos chás.
Se observarmos uma folha qualquer, podemos ver que aqueles veios que cada folha possui são como os ossos/estrutura que recheados de vida sustentam o corpo das folhas.
Assim são as nervuras/ossos das folhas da palmeira que unidas uma a outra dão suporte a magia e poder que envolve o cetro Imbele/Xaxará, ou seja a reunião de todos os antepassados simbolizados nessas nervuras das folhas, que sustentam o poder desta Divindade.
Contam-se que quando alguém é tocado por este cetro, pode lhe ser infligida tanto a vida quanto a morte. É uma forma de salvar uma pessoa de uma doença grave ou lhe proporcionar a morte, livrando-o de seu sofrimento.
Todas esta nervuras das folhas formando um feixe são envolvidas em uma espécie de rede fina confeccionada com palha da costa, e as vezes também pedaço de couro de boi ou cabrito que simboliza a pele.
Esta especie de rede de palha é bordada com búzios em quantidades variadas, búzios estes que simbolizam ossos/antepassados. Cada losangolo que compõe a rede de palha simboliza expansão e crescimento do axé dos antepassados.
Miçangas de louça ou de cerâmica nas cores desta Divindade compõem a parte estética do cetro dando simbologia ao sangue preto, vermelho e branco sendo cerâmica ou louça sangue mineral masculino, feminino e descendência individualizada representada na cor preta.
E finalizando a composição do Cetro duas pequenas cabaças também enfeitada com pequenos búzios e miçangas, contendo em seu interior elementos como pós de; ervas, de búzios, obi/makaso e orobô/orolê, pembas, elementos dos reinos animal, vegetal e mineral e uma infinidade de outras coisas que dão poder de transformação de vida para morte e vice versa, de acordo com o axé/nguzu de cada caminho/hamba da divindade que o porta.
O Imbele/Xaxará é simbolo de vida e morte. Como símbolo de vida, pode restaurar nossa saúde e nos manter de pé e ainda traduz que mesmo quando perdemos o nosso corpo ou seja morremos nosso axé ainda vive como antepassado.
E como símbolo de morte/restituição nos dá a certeza que não estaremos só, pois esta Divindade nos mostra que somos parte de um todo e que só temos existência por causa deste todo/nossos antepassados que, sem Eles nem existiríamos.

O POVO DO ORIENTE: CIGANOS NA UMBANDA

O POVO DO ORIENTE: CIGANOS NA UMBANDA

Muito se ouve falar que a Linha de Cigano faz parte da Linha de Exú, que os Ciganos são entidades ainda em evolução tentando ingressar na Linha de Exú, que Pombo Gira Cigana ou Ciganinha foram as únicas Entidades Ciganas que evoluíram e ingressaram na Linha de Exú.
Essa falta de entendimento, que é na realidade uma simples dedução, faz com que muitos terreiros não deixem os médiuns trabalharem com essa linha. Chegam a dizer que são entidades sem luz.
Como é a Linha de Ciganos?
Os Ciganos são Entidades "livres". Não se faz "Firmezas" ou "Assentamentos" para Ciganos dentro da "Casa de Exú" ou em qualquer lugar do terreiro.
Cigano trabalha em todos os "lugares", são livres e precisam dessa liberdade para sua evolução.
Não estou dizendo que não possa ter elementos de Ciganos dentro do Terreiro, até porque muitos médiuns precisam de um ponto de fixação para poder entrar em sintonia com seus guias.
Os Ciganos não trabalham a serviço de um Orixá específico, por isso não são guardiões de um terreiro. Essa linha trabalha em paralelo e conjugada com as demais linhas, onde o seu compromisso primeiro é com a caridade e não com nenhuma outra linha específica.
Os Ciganos são protetores e não guardiões. Podem trabalhar dentro da linha de Exú, porém sem função de chefia e de guarda. Já os Exús Ciganos e Pombo Giras Ciganas são Exús e Pombo Giras como outros quaisquer, exercendo todas as funções que qualquer Exú e Pombo Gira exercem. Em resumo: Cigano é uma coisa, Exú Cigano é outra. Eles têm funções diferentes, embora a mesma origem cigana.
Os Ciganos se manifestam nos terreiros de Umbanda, justamente por “Ela” ser uma religião aberta e dar liberdade para qualquer linha de trabalho que venha fazer Caridade.
Por serem muito alegres, os médiuns começam se fascinar por essas entidades, e ter excesso de culto por essa Linha. Aí começaram as vaidades, as roupas enfeitadas, bebidas, fumos, danças, firmezas, assentamentos, jogos em casa ou até mesmo no terreiro, e assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estavam em "desenvolvimento" para ingressar nessa Linha se perderam junto com os médiuns, e hoje podemos ver os absurdos que são feitos usando o nome de entidades de luz.
Os Ciganos trabalham com os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.
O Elemento Terra:
Eles distinguem cada pedra e têm o conhecimento sobre elas, e assim manipulam o elemento terra.
Cada pedra tem um porque de ser usada e uma necessidade. Quando é pedido para que passem a pedra em alguma parte do seu corpo ou para que a segurem, vocês estão se descarregando ou até mesmo se energizando, depende do trabalho que está sendo realizado.
É na terra que se encontra firmeza para enfrentar a vida, resgatar karma e continuar o caminhar.
O Elemento Água:
Podem utilizar copos ou taças com água. Através da água conseguem ver se não há maldade no que esta sendo pedido. Enxergam se há pureza no coração de cada um, pois a água serve de espelho, espelho esse que reflete o que tem dentro de cada um de vocês.
Conseguem ver com clareza o que foi feito por cada um e o porquê de estarem colhendo o que não querem colher.
Os Elementos Ar e Fogo:
Podem utilizar o cigarro e com ele estar manipulando dois elementos, o ar e o fogo. O fogo muitas vezes é usado para queimar invejas, miasmas, larvas e cascões astrais.
A fumaça quando é direcionada ao consulente serve para envolvê-lo numa cortina para que naquele momento os obsessores sejam confundidos e tenham a visão obnubilada e fiquem desorientados, procurando o consulente. Assim torna-se mais fácil ao sistema de defesa da Casa (através dos guardiões) resgatá-los e afastá-los.
Nem sempre esses elementos são usados de uma só vez, e quero deixar bem claro que não precisamos diretamente dos mesmos, podemos plasmá-los perfeitamente usando o ectoplasma do médium.
Para um Cigano poder trabalhar em prol da caridade não é necessário um baralho, uma taça de vinho, ou qualquer outro elemento. Isso é mito. Eles podem usar e usam elementos da natureza em alguns trabalhos, entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a energia de trabalho e o próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de ação da entidade.
Como são e como trabalham
Os Ciganos se manifestam na Umbanda como uma Linha voltada bastante para a magia visando a prosperidade, a união familiar, o amor, a cura e a superação de preconceitos e de bloqueios emocionais.
Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exús, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exús e Pombas-Gira.
Ciganos na Umbanda são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano. Os ciganos em geral têm seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais.
Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.
Os ciganos, dentro da ritualística umbandista, falam a língua "portunhol", alguns poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos.
As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.
Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego às coisas materiais.
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual.
São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
Santa Sarah Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual (PADROEIRA DO POVO CIGANO) e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
“É preciso que tudo na vida esteja bem equilibrado, e o equilíbrio, para nós que praticamos, tem um nome que se chama Umbanda.
Umbanda é a paz interior, é fazer caridade ao desconhecido, é o amor pela vida e pelo o próximo.
Umbanda é luz, vida e amor”.
Saravá o Povo do Oriente!
Salve os Ciganos!
Arribabô, Arriba!
Saravá a Umbanda!
Axé...