sexta-feira, 29 de abril de 2022

Obá A Orixá guerreira e de grande força, é a rainha do Rio Níger, está sempre com espada e escudo na mão, pronta para lutar pelo o que acredita e defende. As mulheres que buscam por força e proteção podem recorrer a essa Orixá, pois ela é a mãe que entende as dores do coração.

 Obá
A Orixá guerreira e de grande força, é a rainha do Rio Níger, está sempre com espada e escudo na mão, pronta para lutar pelo o que acredita e defende. As mulheres que buscam por força e proteção podem recorrer a essa Orixá, pois ela é a mãe que entende as dores do coração.


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A Orixá guerreira e de grande força, é a rainha do Rio Níger, está sempre com espada e escudo na mão, pronta para lutar pelo o que acredita e defende. As mulheres que buscam por força e proteção podem recorrer a essa Orixá, pois ela é a mãe que entende as dores do coração.

Filha de Iemanjá e Oxalá, a Orixá Obá é senhora das águas doces revoltas, procura sempre pelo equilíbrio e é defensora da justiça. Sempre que encontrar quebras fortes de água doce, pororocas e quedas d’água, saiba que ali se encontra ela. Obá anda ao lado de Nanã, por isso também tem controle sobre o barro e as enchentes. Por possuir grande força física, ela representa o poder feminino da luta, também é atribuído a ela o poder de transformar os alimentos crus em cozidos.

Obá na Umbanda e no Candomblé é uma representação feminina cheia de energia, vida e força. Sempre domina a roda e é temida por todos os outros Orixás, pois consegue derrotar qualquer um, desde que a disputa seja honesta. Obá possui as características de garra e fibra que toda mulher gostaria de possuir, sem medo de ir à frente e mostrar seu poder.

Seu estereótipo de batalha a deixa com uma aparência menos feminina. Sua beleza está na forma como guerreia e combate as injustiças. Ela não é esposa de ficar em casa, nem de dengos, tanto que sempre esteve ao lado de Xangô em suas disputas, fazendo o possível para ajudá-lo a alcançar a vitória.

Aqui no Brasil o culto a Obá é muito disperso, em alguns locais ela é conhecida como um Xangô feminino, pois não há muita compreensão sobre a Orixá e suas lendas sempre estão rodeadas de mistérios. Ela sempre aparece com a mão no ouvido ou com um tecido na cabeça, isso se deve ao fato de ter cortado a própria orelha como prova de amor a seu esposo Xangô.

São muitas as lendas sobre a vida e feitos da Orixá, todas elas rodeadas de muito mistério.

Obá e Ogum
Sempre destemida e enérgica, ela adora enfrentar os Orixás. A lenda de Obá conta que ela já derrotou Oxalá, Exu, Oxumaré, Iansã, Orunmilá, Oxossi e Omolú.
Sua única luta perdida foi contra Ogum, que foi mais esperto na hora do combate. Antes da batalha, Ogum consultou Ifá, e a previsão foi de que se ele fizesse uma pasta com 200 espigas de milho e muito quiabo, a despejando em um canto da arena da luta, ele venceria. Ogum seguiu a risca o */-fgtrconselho do Ifá. Estava evidente quem seria o vencedor, Obá dominava de forma esmagadora a disputa. Então, Ogum a levou para o canto com a pasta que havia preparado e a Orixá ao pisar na massa escorregou. Ogum não perdendo a oportunidade, a segurou e a possuiu ali mesmo. Depois da derrota, ela casou-se com Ogum.
Mas Obá ainda não havia sentido o amor verdadeiro, pelo menos não até conhecer Xangô. Era mais um dia de disputa entre os Orixás, e Ogum iria enfrentar o Orixá da Justiça. Durante a batalha, Obá (que acompanhava Ogum) sentiu seu coração bater descontroladamente e não conseguia tirar os olhos de Xangô, foi quando decidiu mudar de lado, abandonou Ogum e casou-se com Xangô, tornando-se sua primeira esposa.

Obá e Xangô
A partir desse casamento Obá se transforma totalmente, e passou a ser muito ciumenta e possessiva. Seu amor pelo Orixá é descontrolado e ela faz qualquer coisa por ele. Como sua prova de devoção, ela sempre carrega junto a si as brasas das festas de Xangô.
Ao lado dele, sua vulnerabilidade passa a ficar muito visível, já que ela é capaz de fazer loucuras pelo marido. Por conta disso, ela foi enganada uma série de vezes dentro do relacionamento.

A lenda conta que Obá tinha muita inveja de Oxum, pois percebeu que a Orixá era a preferida de Xangô. Ela se questionava, mas não conseguia compreender o porquê, já que Oxum era totalmente mimada e dengosa, e quem corria os riscos nas batalhas sempre ao lado de Xangô era ela. Então, decidiu perguntar à Oxum o que ela fazia para encantar tanto o esposo. Notando a inocência de Obá, ela disse que era o Amalá que ela preparava que tinha um feitiço que o prendia. Ela passou a receita do prato para Obá, e a avisou que o principal ingrediente era ao final do preparo, acrescentar a própria orelha como oferenda ao amor dos dois.
Esperançosa com a eficácia do Amalá, Obá não notou que Oxum tinha as duas orelhas e que aquilo tudo era uma grande mentira, então foi rapidamente preparar o prato e cortou a própria orelha esquerda, a misturando ao amalá e o servindo para Xangô. Quando o Orixá notou que a orelha de Obá estava na comida, ele ficou furioso, e sua ira foi tão grande que as duas saíram correndo apavoradas do reino e viraram dois rios que correm paralelos e recebem o nome das Orixás. Quando suas águas se encontram eles ficam com ondas muito fortes, devido a disputas das duas pelo amor de Xangô.
Essa não foi a única vez em que Obá foi enganada por Oxum. Antes desse ocorrido, ela deu de presente para Xangô um lindo cavalo branco. O Orixá adorou o presente, e aquele tornou-se seu cavalo predileto. Logo depois, ele teve que partir em uma batalha, e dessa vez Obá não pôde acompanhá-lo. Decorrido 6 meses, a Orixá ficou aflita pois o marido não voltava, e resolveu consultar Orunmilá para saber o que poderia fazer, esse a instruiu a fazer um sacrifício, um espanta-moscas feito de rabo de cavalo e colocar no teto da casa.
Obá então encomendou a Eleguá o iruquerê – nome dado ao instrumento – e Oxum ao saber disso, resolveu interferir, orientando a cortar o rabo do cavalo branco que Xangô tanto amava. O resultado não poderia ser outro: o cavalo sangrou até a morte. Quando Xangô retornou da batalha, não encontrava seu cavalo e ao entrar em seu lar viu o iruquerê pendurado no teto. As suas outras esposas disseram que foi obra de Obá e ele com toda sua fúria repudiou a Orixá.
Mas Obá não deixou de graça todas as artimanhas de Oxum: em meio a um dia de ira, sem que Oxum percebesse o perigo, ela virou um caldeirão dendê em fervura nos pés da Orixá. Devido ao grave ferimento, há uma lenda que diz que é possível reconhecer os filhos de Oxum por seus pés.
Obá e Oxum não podem ficar próximas uma da outra em uma roda, elas devem ficar sempre o mais distante possível.
A história de Obá e Xangô é repleta de conflitos por causa da ingenuidade da Orixá quando o assunto é amor. Seu ciúme descontrolado sempre a coloca na pior situação e aumenta a ira de seu marido. De seu grande amor nasceu Opará, uma bela guerreira.

ANIMAIS: Cabra mocha, angolista, galinha cinza ou telha, pombos.
BEBIDA : Champanhe
COMIDA: Abará, acarajé bicudo, e amalá, quiabo picado, canjica cozida, e coco.
COR : vermelho com amarelo.
DATA: 30 de maio, 25 De novembro.
DIA : quarta-feira.
DOENÇAS : ouvido, surdez, obesidade, depressão .
DOMÍNIOS : Amor e Sucesso Profissional.
ELEMENTO : água - ,fogo +.
ERVA : manjericão.
FERRAMENTAS: navalha, timão, roda, moedas e búzios espada curta, orelha.
FRUTA :Abacaxi ,Uva rosa ,ameixa preta.
METAL: Cobre.
NÚMERO : 7 e 8.
PARTES DO CORPO: audição, orelha e junto com Ewá, protege o consciente.
PONTOS DA NATUREZA : rios, águas revoltas, pororoca
PEDRAS : coral, esmeralda, marfim e olho de leopardo
SAUDAÇÃO : Ocherê! ...Tossí, saniá,dei...
SÍMBOLOS: ofangi e um escudo de cobre.
QUIZILAS: peixe de água doce e sopa.

Qualidades de Obá
Em todas suas qualidades Obá é sempre uma mulher de semblante triste, cheia de ressentimentos, mas uma guerreira inigualável.

Obá Loké;Obá com Odé;Obá Gideó;Obá unida a Xangô;Obá Terá; Obá unida a Ogum; Obá Syió; Unida a Xangô e a Oyá; Obá Lodé; Ligada a Iyami; Obá Rewá; Obá e Ewá; Obá Lomyin; Obá ligada a Oxalá; Oferenda para Obá

IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.
Obá adora o som do bater da água do rio no mar, por isso sua comida preferida geralmente tem ingredientes de água salgada. Suas quizilas são: sopa, cogumelo e peixes de água doce.

Moranga para Obá
500 grs de camarão fresco; 1 moranga; azeite de dendê;
um maço de língua de vaca; 1 cebola.
Como preparar: Cozinhe a moranga inteira, e quando estiver pronta faça um corte na parte de cima, como uma tampa, abra e retire todas as sementes. Em uma frigideira, refogue a cebola com o dendê, em seguida acrescente os camarões e a língua de vaca cortada em tiras. Despeje tudo dentro da moranga. O prato pode ser oferecido com Champagne, a bebida preferida da Orixá.

Feijão com Camarão seco
farinha de mandioca; 500 grs de camarão seco socado;
azeite de dendê; 1 cebola; feijão fradinho.
Como preparar: Cozinhe o feijão somente com água. Enquanto isso, faça um refogado com a cebola e o azeite de dendê, acrescente o camarão seco e água. Assim que o feijão ficar pronto o misture no refogado e acrescente por último a farinha até obter a consistência de um pirão.
O prato pode ser oferecido com Champagne.

Dia de Obá
O dia de Obá é em 30 de maio, mesmo dia em que é comemorado o dia de Santa Joanna d’Arc, santa na qual ela é sincretizada. O seu dia da semana é a Quarta-feira.

Cores de Obá
Sempre vestida de vermelho e branco, com detalhes em amarelo e as armas em cobre. Suas cores mostram sua força e impõe respeito.Em algumas qualidades também podemos vê-la na cor rosa.

Características das filhas e filhos de Obá. Os filhos de Obá são um pouco antissociais, eles se sentem inferiores aos outros e costumam ser secos e ríspidos com os que rodeiam. Não fazem amizade facilmente, pois são muito sinceros e chegam a ofender com suas opiniões, pois não escondem nada do que pensam, nem planejam o que dizer.
Mas eles ou elas são extremamente fiéis aos poucos amigos que possuem e em seus relacionamentos. Falando nisso, no amor são possessivos e costumam também ser submissos, característica herdada da Mãe.
As filhas de Obá são mulheres de muita garra em áreas profissionais. São excelentes juízas, advogadas, tudo que envolva lei ou condicionamento físico. Devido a isso, sofrem muito preconceito por causa da inveja no mercado de trabalho.

Sincretismo de Obá
O seu sincretismo é com a Santa Joana D’Arc. Ambas são mulheres de força, guerreiras que lutaram e defenderam o que acreditavam sem se importarem com os olhares opressores e com as opiniões alheias.

Saudação a Obá
Obá Siré!
Essa saudação significa: Rainha Poderosa!
Obá é defensora dos injustiçados, mulher de garra e força que não teme nenhum homem ou afrontas. Seu único ponto fraco é o amor. É fácil entender Obá pois suas características são muito comuns em diversas mulheres que conhecemos. Corajosas prontas a enfrentar o mundo, mas se desmontam quando encontram sua verdadeira paixão. Mil homens não derrubam Obá, mas um em especial sabe atingir seu coração.

Egunitá ou Oro Iná A Orixá que pertence ao Trono Feminino da Justiça e da Lei, carrega consigo como símbolos de seu poder : o raio, a estrela de 6 pontas e a espada. Sua missão é purificar os seres de toda energia negativa que os deixam desesperados e perdidos.

 Egunitá ou Oro Iná
A Orixá que pertence ao Trono Feminino da Justiça e da Lei, carrega consigo como símbolos de seu poder : o raio, a estrela de 6 pontas e a espada. Sua missão é purificar os seres de toda energia negativa que os deixam desesperados e perdidos.


Nenhuma descrição de foto disponível.Egunitá ou Oro Iná

A Orixá que pertence ao Trono Feminino da Justiça e da Lei, carrega consigo como símbolos de seu poder : o raio, a estrela de 6 pontas e a espada. Sua missão é purificar os seres de toda energia negativa que os deixam desesperados e perdidos.

Ela foi descoberta na Umbanda como uma Orixá da purificação, que retira os vícios e purifica o homem de todo excesso emocional.

No Candomblé, Egunitá é conhecida como uma qualidade de Iansã. Portanto, é dentre os Orixás da Umbanda que seu mistério há pouco tempo foi revelado através de sua irradiação cósmica.

Na linha da Justiça, Egunitá esquenta os ventos de Ogum, irradia o Ar de Iansã e potencializa o Fogo de Xangô, para assim os quatro poderem reger de forma Divina as Leis do mundo e trazer a resposta dos Orixás para todos.

Totalmente racional, assim como Xangô, ela não será comovida por sentimentos e somente ajudará quem julgar merecedor, sua atuação em nossas vidas não depende de nossas própria vontade, já que quando nos encontramos desequilibrados ou viciados em algo, não somos capazes de decidir nada por conta própria, quando ela julgar necessário e de merecimento, Egunitá agirá rapidamente com seu poder de chama dissipada para limpar nossa alma e queimar toda energia negativa. Ela é também responsável pela regência da Linha dos Ciganos.

A diferença de seu fogo para o de Xangô é o a de que ela é de fator negativo, ou seja, suas chamas consomem, enquanto o Orixá Xangô possui o fogo abrasador, que inflama.

As histórias dos Orixás são repletas de segredos, sobretudo para Egunitá. Isto porque seu Mistério foi recentemente aberto para as pessoas, sendo uma entidade cultuada somente dentre os Orixás de Umbanda. Por isso, ela ainda não possui informações concretas sobre suas manifestações.

Mãe Egunitá é a Divindade Cósmica assentada no pólo negativo (absorvedor) do Trono da Justiça Divina.

Na Umbanda, Egunitá é cultuada como o Orixá Cósmico que consome os vícios e desequilíbrios e faz a purificação dos templos religiosos, do íntimo dos seres e das suas moradas. Ela atua para nos defender das magias negativas e das injustiças, mas sempre a partir de uma autopurificação, para então nos renovar. Isto é, primeiro Ela faz uma purificação em nós mesmos, para nos renovar: purificação de conceitos e ideias antigas aos quais nos apegamos e que nos prejudicam; purificação dos nossos vícios de comportamento etc.

Mãe Egunitá nos traz uma face que faltava no estudo dos Orixás, como Divindade do Fogo Purificador e Renovador. Antes das informações trazidas por Pai Benedito de Aruanda, através da psicografia de Rubens Saraceni, não havia na Umbanda um estudo sobre um Orixá que representasse o Fogo da Purificação, o Fogo que destrói os desequilíbrios para trazer a renovação do ser. Esta renovação é justamente o aspecto característico da atuação de Mãe Egunitá e faz parte do seu culto, inclusive diferenciando-o de cultos anteriores, como veremos a seguir.

O culto de Orixá vem da África, da cultura Nagô-yorubá. E nessa cultura não havia um Orixá que representasse a Mãe do Fogo. Falava-se numa “Iansã do Fogo” (Iansã-Egunitá ou Oyá-Egunitá) como uma Qualidade de Iansã, mas não se tratava de outro Orixá. Dentro dos Cultos de Nação, é muito antigo e de acesso restrito o culto de Iansã do Fogo, pois somente poderia ser praticado por uma menina virgem de 11 anos de idade, mediante oferenda específica, a qual exigia que se colhessem flores cortadas numa época determinada e dentro de alguns preceitos. Já na Umbanda o culto à Mãe Egunitá é bem diverso, dentro dos conceitos que Pai Benedito de Aruanda expôs. Primeiro, porque se trata de outro Orixá, de outra Divindade, não mais apenas de uma Qualidade de um Orixá já cultuado (no caso, Iansã). Depois, é preciso lembrar que essas Mães atuam de forma diferente: Iansã é movimentadora e direcionadora; enquanto Egunitá representa o Fogo Divino que consome os vícios e desequilíbrios, purificando e renovando os seres perante a Justiça e a Lei Divinas e lhes dando equilíbrio em todos os Sentidos da vida. Ou seja, “Iansã do Fogo” não é o Orixá Egunitá de que nos fala Pai Benedito de Aruanda. Pela mediunidade de Rubens Saraceni, Pai Benedito trouxe a informação de que no Astral se conhece uma Divindade Feminina do Fogo cujo nome sagrado não chegou ao nosso meio, mas que podemos chamá-la de Mãe Egunitá. Daí é que vieram o seu nome e o seu culto específico na Umbanda, como a Mãe do Mistério do Fogo.

Ainda dentro dos conceitos dos Cultos de Nação, outra Divindade Feminina que pode ser associada ao elemento Fogo é “Oxum do Fogo”, uma Qualidade da Mãe Oxum. Mas aí estamos falando de um “fogo líquido”, também diferente do Fogo Purificador de Egunitá, o qual tem o poder de consumir tudo no local onde se condensou.

Por outro lado, o sincretismo de Egunitá com Santa Sara Kali está ligado à idéia do “fogo destruidor” da Divindade Kali, cultuada na Índia. Mas o Fogo de Egunitá não apenas destrói negatividades e desequilíbrios: ele corta o que não é benéfico, mas para renovar, diferencial importante na atuação do Orixá Egunitá.

Para que Egunitá atue em nossa vida, basta que nos tornemos emocionalmente desequilibrados, irracionais, presos a conceitos que afrontam a Lei e a Justiça Divinas, e aí receberemos sua atuação Cósmica, para nos purificar e renovar. Seu Fator ígneo consome tudo ou retira o calor de tudo, resfriando o objeto sob sua atuação e paralisando seus desequilíbrios. Ela purifica os excessos justamente para renovar o ser.

Egunitá é associada ao Sol, ao planeta Júpiter e ao número 9.

Na Linha da Justiça, Egunitá polariza com Xangô. Formam um par puro do Fogo. Ele é o Pai e Ela é a Mãe desse Mistério. Mas há outras polarizações, que nascem da interação entre os campos da Justiça e da Lei: existe uma estreita ligação entre Justiça e Lei, pois quando se fala em Justiça logo se pensa na Lei que dá base para a atuação da Justiça; e quando se fala em Lei logo se pensa na Justiça que aplica a Lei. Pois bem.

Na Linha da Justiça da Umbanda temos o par puro do Fogo nos Orixás Xangô e Egunitá. E na Linha da Lei temos o par puro do elemento Ar nos Orixás Ogum e Iansã. Xangô e Ogum são Orixás Universais e têm atuação passiva, isto é, irradiam de forma contínua e dão sustentação e amparo a todos os seres que vivem com equilíbrio os Sentidos da Justiça e da Lei, mas não forçam ninguém a isso. Já Egunitá e Iansã são Orixás Cósmicos e atuam basicamente atraindo os seres que se desequilibraram nestes Sentidos da vida, para corrigi-los e recolocá-los num caminho reto; embora também amparem aqueles que os vivem com equilíbrio.

Esses quatro Orixás atuam de forma conjunta, entrelaçada, porque Justiça e Lei são inseparáveis. De modo que também formam pares mistos: a) Xangô com Iansã; e b) Ogum com Egunitá. Iansã atua ao lado de Xangô como aplicadora da Lei nos campos da Justiça; e Egunitá atua ao lado de Ogum como aplicadora da Justiça nos campos da Lei. Portanto, Mãe Egunitá polariza com Xangô (par puro do Fogo e da Justiça) e também com Ogum (par misto Ar e Fogo, na Linha da Lei). O Ar de Ogum ordena, alimenta e expande o Fogo de Egunitá; e o Fogo Purificador de Egunitá consome e aquece o Ar de Ogum, de modo que se complementam.

Portanto, é na obra psicografada por Rubens Saraceni que encontramos o conceito e fundamentação sobre o Orixá Egunitá, a seguir resumidos:

Egunitá é nossa amada Mãe da Purificação. Regente Cósmica do Fogo e da Justiça Divina, é o Fogo que purifica os sentimentos desvirtuados, é a consumidora dos vícios e desequilíbrios e das energias dos seres fanáticos, apaixonados e emocionalmente desequilibrados.

Na África, Ela aparece como uma das Qualidades de Iansã; mas é em Si uma Divindade de mesmo nível, é Orixá.

Como Orixá Cósmico, Egunitá é sempre ativa e atuante no combate às magias negativas ativadas contra as pessoas, suas moradas e templos. Sua ação é fulminante. Sua energia é abrasadora e consumidora das concentrações energéticas negativas dos mais variados tipos (como formas pensamento, miasmas e larvas astrais), sendo temida pelos devedores da Lei e da Justiça. Em suas falanges de auxiliares incluem-se milhares de guerreiras da luz portadoras de espadas flamejantes, poderosos instrumentos no combate às trevas da ignorância. Nas linhas auxiliares da Esquerda a Pombagira do Fogo é uma de suas guardiãs trabalhando para as Linhas de Umbanda. Mesmo aqueles que não a conhecem, saibam que Egunitá os conhece e os tem como filhos; e se estiverem passando por dificuldades, diante da maldade gratuita, com certeza esta Mãe pode ajudá-los.

Egunitá e Xangô são Orixás Solares e formam um par puro do Fogo e da Justiça:

Pai Xangô é a chama que aquece o racional dos seres e abrasa os sentimentos íntimos relacionados com as coisas da Justiça;

Mãe Egunitá é o fogo da purificação, que consome os vícios e esgota o íntimo dos seres viciados.

Xangô gera o equilíbrio da Justiça;

Egunitá gera o fogo que consome os desequilíbrios.

Xangô é a chama universal;

Egunitá é a labareda cósmica.

Xangô é o raio solar gerador de vida;

Egunitá é a chama solar que consome todos os elementos, em sua massa incandescente.

Xangô é abrasador;

Egunitá é incandescente.

Xangô é passivo e seu magnetismo gira para a direita;

Egunitá é ativa e seu magnetismo gira para a esquerda.

Xangô irradia-se em raios retos;

Egunitá irradia-se por propagação.

Xangô é irradiação contínua e chega a todos o tempo todo;

Egunitá propaga-se de forma Cósmica e suas fagulhas ígneas imantam tudo o que está desequilibrado, até se formar uma condensação magnética ígnea, com labaredas cósmicas que consomem os desequilíbrios, anulando sua causa e paralisando quem estava desequilibrado.

Lei e Justiça são inseparáveis e para comentarmos Egunitá temos de envolver Ogum, Xangô e Iansã, os outros três Orixás que também se polarizam e criam campos específicos nas Linhas da Justiça e da Lei.

Xangô e Ogum irradiam em linha reta (irradiação contínua, passiva ou Universal).

Iansã irradia em espirais (irradiação circular, ativa ou Cósmica).

Egunitá irradia por propagação (irradiação propagada, ativa ou Cósmica).

Xangô polariza com Iansã, e suas irradiações passivas se tornam ativas no Ar (raios).

Egunitá polariza com Ogum e então suas irradiações por propagação magnética assumem a forma de fachos flamejantes. Ogum lhe dá a sustentação do elemento Ar, que alimenta e também ordena as Irradiações de Egunitá como agente aplicadora da Justiça nos campos da Lei. O inverso acontece com Ogum, que é passivo no elemento Ar e só se torna ativo no Fogo, que é o seu segundo elemento; pois o Fogo de Egunitá alimenta o Ar de Ogum, aquecendo-o e energizando suas irradiações.

Polarizada com Ogum, Egunitá aplica a Justiça nos campos da Lei Divina e consome os vícios emocionais e os desequilíbrios mentais que tornam os seres insensíveis à dor alheia e os transformam em tormentos para os seus semelhantes. As Divindades têm uma função a realizar, da qual nós sempre seremos beneficiários. Quando nos paralisam, Elas também estão nos ajudando, evitando que continuemos trilhando um caminho que nos conduzirá a um ponto sem retorno.

Há milênios existe na Índia o culto às Divindades Kali e Agni. No panteão hindu, Agni é o Fogo no aspecto positivo e Kali é o Fogo em seu aspecto negativo (purificação das ilusões humanas).

Agni é o Fogo da fé e Kali é o Fogo das paixões humanas.

Agni é o pólo masculino e Kali é o pólo feminino.

Agni é passivo e irradiante e Kali é ativa e atratora.

Agni ilumina o ser e Kali o toma rubro.

Agni é o raio dourado e Kali é o raio rubro.

Agni é a serpente flamígea da Fé e Kali é a serpente rubra da paixão.

Agni é a chama que aquece e Kali é o braseiro que queima.

Recorremos às Divindades hindus Agni e Kali para mostrar como um mesmo elemento possui dois pólos, duas naturezas, duas formas de nos alcançar e estimular, ou então de nos paralisar; de acelerar, ou de paralisar nossa evolução; de estimular nossa fé, ou de esgotar nossos emocionais desequilibrados.

Agora, se colocarmos no lugar de Agni o nosso amado Orixá Xangô e no lugar de Kali a nossa amada Mãe Egunitá, teremos os mesmos aspectos divinos, mas irradiados por Divindades humanizadas em solo africano. Teremos a Linha pura do Fogo Elemental, cujas energias incandescentes e flamejantes consomem os vícios e estimulam o sentimento de justiça. As qualidades, atributos e atribuições de Xangô e Egunitá são estas: aplicar a Justiça Divina em todos os Sentidos da Vida.

Da leitura desse texto, podemos fazer uma observação:

Cada povo, cada cultura enfim, percebe ou entende e cultua as Divindades de Deus conforme a sua visão particular de mundo e de vida. Pois Deus não cria Divindades “especiais” para cada religião inventada pelo homem. Nós é que interpretamos a mesma Divindade ou o mesmo Mistério Divino de formas diferentes. Nenhuma religião é ”dona” das Divindades ou “dona da verdade”. Mas todas as religiões são igualmente importantes em agrupar pessoas com pensamentos e entendimentos afins a respeito do Criador e da Criação. No final das contas, cada um de nós “olha para Deus de baixo pra cima”, vislumbrando a Criação como podemos, a partir da nossa realidade humana e tentando entender tudo a partir dessa perspectiva. E por isso a nossa visão será sempre limitada. Há outras realidades, outras dimensões etc. Alguém já disse: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”. Apenas o Criador pode olhar o Todo de uma posição equidistante (e o desenho de um círculo com um ponto no meio representa isto: Deus, o Pai-Mãe de tudo e de todos, colocado na Criação numa posição igual para todos, a uma mesma distância, sem ter “privilegiados”).

Enfim, nem todos cultuam o Orixá Egunitá, mesmo na Umbanda. Muitos permanecem cultuando “Iansã do Fogo”. Haveria certo e errado, nessa questão? Pensamos que não. O importante é caminharmos no sentido de buscar um entendimento da vida e de nós mesmos, como algo que vai muito além da carne e dos sentidos físicos. Fazer isso de forma sincera, de todo o coração, e com amor pela nossa vida e pela Vida Maior. E sempre respeitando as crenças alheias. O importante é que os Orixás nos amam, nos conhecem e nos reconhecem como Seus filhos, independente do modo como nos dirigimos a Eles. Como Divindades de Deus, os Orixás zelam pela Criação desde sempre e para sempre. A maneira pela qual entendemos Deus e Suas Divindades não Os modifica, não modifica e não diminui o Poder de Deus e nem o Amor das Divindades para com todos os seres da Criação.

Dia de Egunitá
O dia da semana de Egunitá é a quinta-feira e a data comemorativa é 24 de maio.
Cores de Egunitá
Suas cores características são: vermelho, dourado, laranja e cobre.
Divindades: Egunitá
Linha: Ígnea
Chacra :Esplênico.
Planeta: Sol e Júpiter.
Pedra: Ágata de fogo, topázio e calcita laranja.
Minério: Magnetita.
Metal: Cobre.
Irradiação: Justiça
Vela/Cor: Laranja, Dourada
Bebida: Licor de menta, suco de laranja, suco de limão, suco de tangerina, suco de gengibre.
Comidas: Caqui, manga, morango, tangerina, laranja, limão cravo, melão, mamão, mexerica, gengibre, moranga, cenoura, quiabo, fava vermelha.
Saúde: Portais de Cura,Estômago, fígado, vesícula biliar e sistema nervoso.
Sincretismo: Santa Sara Kali, Também sincretiza com Santa Brígida.
Saudação: “Kali-Yê, minha Mãe!”
Ponto de Força: Campo aberto, pedreira
Ervas Quentes(Descarrego):Arruda,buchinha do norte,cânfora,eucalipto,jurema preta,urucum,fumo(tabaco),pára raio,tiririca,comigo ninguém pode,limão,...
Verbos atuantes nas ervas quentes:queimar,consumir,aquecer,fundidor,fusor,...
Ervas Mornas(Equilibradoras):Açafrão raiz,alfavaca,arnica do mato,calêndula flor,canela,artemísia,carapiá raiz,chapéu de couro,cipó são joão,erva de santa maria/mentruz,girassol-semente c/casca,guaraná semente,incenso resina,laranja amarga-casca fruto,imburana semente,laranjeira folha,louro,...
Verbos atuantes nas ervas mornas:energizar,inflamar,excitar,estimular,...
Caqui, manga, morango, tangerina, laranja, limão cravo, melão, mamão, mexerica, gengibre, moranga, cenoura, quiabo, fava vermelha.

Alguns Caboclos de Egunitá: Caboclo Mata de Fogo (mata=Oxóssi; fogo= Egunitá), Caboclo do Fogo (de Xangô e Egunitá), Caboclo Pedra do Fogo (de Oxalá, Xangô e Egunitá), Caboclo Folha de Fogo (folha=Oxóssi; fogo= Xangô e Egunitá).

Alguns Exus de Egunitá: Exu do Fogo (de Xangô e Egunitá), Exu Folha de Fogo (folha= de Oxóssi; e fogo= de Xangô e Egunitá), Exu Corta Fogo (corta= de Ogum; e de Xangô e Egunitá= fogo), Exu Labareda (Xangô e Egunitá).

Algumas Pombagiras de Egunitá: Pombagira do Fogo, Pombagira Fogueteira (de Egunitá e Iansã), Pombagira Machado do Fogo (de Xangô e Egunitá).

Características das Filhas e Filhos de Egunitá
No positivo: São pessoas ativas, emotivas, impulsivas, reparadoras, falantes e geniosas.

Apreciam as conversas reservadas; os espetáculos emotivos; as reuniões de estudo, de orações, políticas; a companhia de pessoas passivas e de homens que as incandesçam. Gostam de passear, de se vestir bem e com roupas coloridas ou de cores fortes.

Não apreciam pessoas presunçosas, arrivistas (inescrupulosas) e preguiçosas, bem como festas monótonas, conversas tolas, comidas insossas e bebidas adocicadas.

No negativo: tornam-se egoístas, briguentas, intrigantes, vingativas, insensíveis e teimosas.

Os nossos Orixás de cabeça, são nossos principais regentes e por isso acabamos possuindo suas características principais em nossa formação como pessoa. Por isso, os filhos de Egunitá são pessoas impulsivas, que são movidas pela vontade de corrigir e reparar o que julgam errado, possuem um gênio forte, não são facilmente persuadidos e adoram se comunicar.

Quando seus sentimentos estão à flor da pele, eles são capazes de serem vingativos, calculistas, muito teimosos e especialmente insensíveis. Esses filhos e filhas não suportam a monotonia, mas também não podem viver sem o conceito de lar em suas vidas, eles querem sair, mas precisam saber que há um lugar aconchegante para onde voltarem.
Essas pessoas não conseguirão conviver com alguém preguiçoso e que não possua uma conversa inteligente.

Oferenda para Egunitá
IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.

Os pontos da natureza preferidos para receberem as oferendas desta Orixá, são as pedreiras e os caminhos. Suas oferendas preferidas não possuem nenhuma grande dificuldade de preparo, são elas: tangerina, limão e laranja, acompanhadas com velas das cores douradas, azuis, amarelas, brancas e vermelhas, palmas vermelhas e licor de menta.

mesmo sabendo que poucos conhecem ou cultuam essa Orixá, vale a pena dizer que Ela é o fogo vivo e divino, portanto a oferendamos quando queremos que essa ação do fogo queime e consuma todas as energias negativas, todos os excessos emocionais e todos os cordões negativos que nos envolvem e envolvem nossas casas. Ela também ajuda a consumir energias de vícios.

Modelos de Oferendas:
1- Fazer um círculo com 7 velas brancas, 7 vermelhas e 7 de cor laranja (ou amarelas). Dentro deste círculo, colocar rosas vermelhas (ou flores do campo vermelhas e/ou alaranjadas). Despejar um pouco de licor de menta dentro do círculo das flores. Cortar ao meio um maracujá e colocar as duas metades dentro do círculo de flores: uma com água e a outra com azeite de dendê (ou com azeite de oliva consagrado). Firmar as velas e pedir a bênção da Mãe Egunitá.

2- Um copo com licor de menta, um copo com água mineral e um copo com vinho tinto; 1 pemba branca e 1 vermelha; palmas vermelhas e flores cor laranja; 1 vela palito de cada uma destas cores: laranja, vermelha, branca, amarela e azul escuro. Fazer um círculo com as flores e no meio dele formar um triângulo com os copos das bebidas. Dentro deste triângulo, colocar as pembas. Circular tudo com as velas, dispondo-as de forma alternada (laranja, vermelha, branca, amarela, azul). Firmar as velas e fazer o pedido à Mãe Egunitá.

3- Velas de cor laranja, vermelha e dourada; frutas: laranja, tangerina, mexerica, laranja kinkan; bebida: licor de menta; flores vermelhas e laranja. (Do site do Templo da Luz Dourada, de Mãe Mônica Berezutchi.)

4- Do livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”, de Rubens Saraceni:

Elementos: um copo com licor de menta; um copo com água; 1 pemba branca, 1 pemba vermelha; 7 velas vermelhas, 7 velas douradas, 7 velas azuis, 7 velas amarelas e 13 velas brancas.

Montagem: Fazer uma cruz com as velas brancas, colocando 7 na vertical e 3 de cada lado, na horizontal.

No canto superior direito da cruz, colocar as 7 velas douradas. Isso vai formar um triângulo com as velas brancas do centro superior e as do braço direito superior (horizontal) da cruz. Dentro dele, colocamos o copo com licor de menta;

No canto inferior direito da cruz, colocar as 7 velas azuis. Isso vai formar outro triângulo, este com as velas brancas da vertical inferior e as do braço direito horizontal da cruz. Dentro deste triângulo colocamos a pemba branca. No canto superior esquerdo da cruz, colocar as 7 velas vermelhas. Elas vão se juntar às velas brancas da parte vertical superior da cruz e às velas brancas do braço horizontal esquerdo da cruz, formando outro triângulo de velas. Dentro dele, colocamos o copo com água;

No canto inferior esquerdo da cruz de velas brancas, colocamos as 7 velas amarelas. Isso vai formar mais um triângulo de velas. Dentro dele, colocamos a pemba vermelha.

Em seguida, cercar a oferenda com palmas vermelhas. Depois, saudar Mãe Egunitá e pedir a proteção almejada.

Sempre que oferendamos o Orixá Egunitá, antes devemos fazer uma oferenda à Senhora Pombagira do Fogo. Esta oferenda será posta à esquerda do lugar escolhido para a oferenda ao Orixá (ex.: 7 passos à esquerda), e com estes elementos: rosas vermelhas, velas vermelhas e champanhe rosê.

Cozinha ritualística:

1- Fava vermelha: Cozinhe ligeiramente uma porção de fava vermelha apenas em água. Escorra. Em outra panela, refogue 1 dente de alho picadinho, 1 cebola picadinha e 1 colher de azeite de oliva (ou de dendê). Acrescente sal a gosto e refogue ligeiramente a fava já cozida. Decorre uma gamela com tiras de cenoura e pedacinhos de gengibre, ou então com flores vermelhas ou de cor laranja, e aí coloque a oferenda.

2- Laranja com gengibre: Use 1, 3 ou 9 laranjas. Lave e seque as laranjas. Descasque, retire as sementes e reserve a casca. Corte cada uma das laranjas em 9 tiras ou pedaços.

Prepare uma calda (com água e açúcar), leve ao fogo e deixe começar a engrossar. Coloque as laranjas nessa calda para aferventar (uns 5 minutos) e acrescente gengibre em pedacinhos ou em pó. Retire. Sirva numa gamela (de madeira) forrada com as cascas de laranja que estavam reservadas (corte as cascas em tiras, ou em pedacinhos, como preferir). Decore com pedaços de gengibre. [*Obs.: A mesma receita pode ser feita com limão, no lugar da laranja.]

3-Moranga com peito de boi- Ingredientes: 1 moranga; meio quilo de carne de peito de boi; tomate, cebola, dendê; meio quilo de fava vermelha; cheiro-verde, orégano.

Preparo: Cortar uma tampa da moranga e retirar as sementes. Lavar e cozinhar por uns 10 minutos (numa panela com água suficiente para cobrir a moranga). Reservar. Cozinhar a fava apenas com água, por uns 10 minutos. Escorrer a água e reservar a fava cozida. Refogar a cebola e o tomate picadinhos e ali cozinhar o peito de boi cortado em cubinhos, por uns 10 minutos. Acrescentar 1 colher de sopa de dendê e temperos (cheiro-verde, orégano), para finalizar. Colocar a carne na moranga e cobrir com a fava. Oferendar num prato de papelão forrado com folhas de cenoura (a rama da cenoura).

4- Feijão de corda- Ingredientes: meio quilo de feijão de corda; meio quilo de quiabo cortado em rodelas; 1 cebola picada; azeite de dendê. Preparo: Cozinhar o feijão apenas em água, por 10 minutos. Escorrer e reservar. Refogar ligeiramente o quiabo com a cebola, o dendê e o feijão cozido. Colocar tudo numa gamela, ou num prato de papelão. Forre o vasilhame escolhido com folhas de agrião (ou com galhos de arruda) previamente lavadas. Colocar a oferenda e regar com dendê.

5- Sobre um punhado de folhas de arruda previamente lavadas e enxutas (ou sobre rama de cenoura), oferendar nove acarajés. Enfeitar com flores vermelhas ou de cor laranja, ou ainda com girassóis.

Sincretismo de Egunitá
Seu sincretismo é com a Santa Sara de Kali. Esta Santa negra e cigana acompanhou as Três Marias e toda a vida de Jesus Cristo, auxiliando até mesmo em seu nascimento.

Saudação a Egunitá
Kali-Yê, minha mãe! Significado: Salve a Senhora Negra, minha Mãe!

A Orixá Egunitá é a responsável pela nossa clareza emocional, nossa salvação até mesmo nos momentos em que nos julgávamos desacreditados de superar problemas que nossas emoções nos causaram, por isso, é necessário que sejamos justos para que ela sempre olhe por nós nos momentos que mais estivermos fracos e vulneráveis.