sexta-feira, 29 de abril de 2022

As Falanges dos Caboclos Conheça mais sobre os Guias Caboclos na Umbanda A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.

 As Falanges dos Caboclos

Conheça mais sobre os Guias Caboclos na Umbanda
A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.


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As Falanges dos Caboclos

Conheça mais sobre os Guias Caboclos na Umbanda

A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.

Nesse estudo trataremos, mais especificamente, das entidades conhecidas como Caboclos, invariavelmente presentes nos terreiros de Umbanda, praticando a caridade e cumprindo sua missão espiritual.

Os Caboclos pertencem à uma linha de muita força espiritual, são naturalmente guerreiros, poderosos e humildes. Sempre observadores e sábios procuram ajudar-nos em tudo que podem. Através de seus sotaques arrastados e com uma linguagem simples, eles nos passam ótimos direcionamentos.
Eles são sérios, quietos, diretos e muitas vezes grossos em seus pareceres. Mas isso nada mais é do que uma demonstração de sentimentos verdadeiros, pois são espíritos de luz e amor.

Os caboclos são mestiços de índios que habitam diversos lugares ao redor do mundo. Mas, quando nos referimos à Umbanda, estamos falando sobre aqueles que são de tribos que mesmo primitivas, trazem grande sabedoria espiritual, pois cultuam o equilíbrio através das forças da natureza.
Falar sobre Caboclos na Umbanda é trazer com riquezas de detalhes a humildade e espiritualidade. Eles atuam nos terreiros em diversas vibrações, cada um da sua maneira originária.

Vale à pena salientar que caboclo é um mestiço oriundo de raça branca e indígena, entretanto quando falamos dos guias espirituais, nós atribuímos para eles somente a energia e o conhecimento que encontramos nos povos indígenas.

Ou seja, estes seres de Luz são pessoas que desencarnaram e para evoluírem ainda mais o seu espírito, destinaram-se a prestar auxílio aos homens, e todos os seus ricos conselhos são baseados em sua vida simples e experiências de vida na tribo.

Essa diversidade confirma a abrangência desse movimento espiritual que chama a todos e recebe seres encarnados e desencarnados, com vibrações de fraternidade e amizade sob a luz de Oxalá.

Existem variações no entendimento que os umbandistas têm sobre o que sejam os caboclos. As variações são próprias do movimento umbandista, notavelmente plural, mas há consenso na Umbanda, no fato de que os Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais.

É interessante notar que em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados “encantados” e se relacionam com os espíri­tos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais.

Essa percepção se aproxima das lendas indígenas que narram um tempo em que os animais falavam e viviam em comunhão com os homens, podendo um se transformar no outro.

Como já falamos a palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado, a partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada.

Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo.

Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxóssi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxóssi.

Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos.

No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxóssi.

Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas.

Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramen­tados ou não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas.

Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus atributos.

Todavia, são entidades que se apresentam como adultos.

Feitas essas ressalvas, podemos dizer que todas as entidades de Umbanda, especialmente as Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, são espíritos ancestrais que estão ligados, cada um, a um Orixá.

Todas as entidades de Umbanda são importantes. Ainda que alguns se orgulhem de serem médiuns de caboclos renomados e tidos como chefes de falange, o que vemos é que quando estão no terreiro, os Caboclos tratam uns aos outros como iguais, mostrando que o que importa é o trabalho espiritual e, como em uma aldeia, tudo é feito em conjunto e com as ordens dos planos superiores.

Assim diz um ponto cantado de caboclos: na sua aldeia ele é caboclo, é Rompe-mato e seu mano Arranca-toco, na sua aldeia lá na jurema, não se faz nada sem ordem suprema.

É também do linguajar de caboclo, que não cai uma folha da jurema (da mata), sem ordem de Oxalá, ou seja, que tudo na vida tem motivo e que nossas ações são registradas na lei de causa-e-efeito, ou lei do karma.

Mas isso não significa ficar passivo, esperando o pior acontecer.

Os Caboclos também ensinam a termos coragem e a sermos guerreiros na vida, lutando pelo que é justo e bom para todos. No que é possível, os caboclos nos ajudam a entrar na macaia (a mata que simboliza a vida), a cortar os cipós do caminho (vencer as dificuldades) e, se preciso, caçar os bichos do mato (vencer as interferências espirituais negativas). Essa postura é evidenciada em vários pontos, como esse:
Atira, atira, eu atirei, eu bamba vou atirar Bicho no mato é corredor, Oxossi na mata é caçado.
Cadê Vira-mundo pemba (bis)
Tá no terreiro, pemba, com seus caboclos, pemba.
Veado no mato é corredor, cadê meu mano caçador
E o Caboclo Ventania que me protege noite e dia.

Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar esses pontos cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo.

Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo é vê-lo incorporado atendendo quem precisa.

Outro ponto importante é a atribuição do significado de xamanismo nessa cultura umbandista. Embora a prática de medicina natural seja um conceito xamânico, não são todos os terreiros de Umbanda que estabelecem essa ligação do tratamento com ervas e plantas que os guias Caboclos costumam receitar, como proveniente da cultura do xamanismo em si.

As características dos Caboclos

Eles são seres de Luz que agem na direita, através da Linha de Oxóssi. Por isso carregam a energia de grandes guerreiros que procuram sempre na mata a melhor maneira de estabelecer os processos naturais de cura.

Embora seja uma prática realizada com todos os tipos de espíritos indígenas, é mais comum notarmos nas giras de Umbanda a presença dos índios brasileiros.

Uma das principais características desses guias é o aconselhamento direto, com a indicação especialmente de banhos que fazem uso de ervas e plantas muito conhecidas entre esses povos. Eles também costumam atender para aplicar os passes, pitando cachimbos ou charutos.

Em um atendimento com os Caboclos, espere por respostas diretas e precisas, seus passes transmitem uma forte energia ligada à natureza de onde provém toda sua essência. Saiba que você receberá conselhos que puxam o máximo do seu verdadeiro “eu”, procurando sempre o real sentido do que significa ser feliz e viver em harmonia com o ambiente total, pois essa é a fonte de toda cultura indígena.

As Falanges de Trabalho na Umbanda

Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda.

Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem
a mesma vibração.

São elas: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos, orientais e mestres que trabalham na cura.

Os Caboclos são entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros
conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.

Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para
banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a
nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.

A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.

Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.

Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda.

Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso.

Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou
ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.

Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida,
o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no
momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.

Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos

Alguns caboclos na Umbanda

Caboclas de Iansã
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira.

Características: rápidas, diretas e inspiradoras. Geralmente trabalham com assuntos de emprego, prosperidade ou descarrego.

Caboclas de Iemanjá
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d’Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente.

Características: suaves, espertas e amorosas. Trabalham com limpeza e purificação espiritual e desmancham energia negativa.

Caboclas de Nanã
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu.

Características: são mais raras, geralmente contidas e não dançam. Trabalham com aconselhamentos e mostrando o karma.

Caboclos de Ogum
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço.

Características: rápidos, diretos e não gostam de rodar. Geralmente gostam de ajudar no profissional e em entregar ânimo.

Caboclos de Omulu
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d’água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.

Características: impacientes e se movimentam pouco. Gostam de tratas dores físicas, mentais e espirituais.

Caboclos de Oxóssi
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.

Características: rápidos e dançam muito. Adoram trabalhar com banhos e defumadores.

Caboclas de Oxum
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê.
Características: Suaves, costumam rodar e estão atuando para depressão, desânimo e questões energéticas

Caboclos de Xangô
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.

Características: são rápidos mas contidos, trabalham com emprego, casos que precisam de justiça e realizações.
Oferendas aos Guias Caboclos

Importante: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá ou Guias possuem suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.

As oferendas precisam ser fartas, variadas e especiais. Isto é precisa conter generosidade e amor. Constituída por verduras, legumes, frutas, raízes e até mesmo doces.

Cores dos Caboclos
As cores que representam os Caboclos são: vermelho, verde e branco.

A Falange dos Caboclos Detalhada

Habitat: matas e ambientes da vibração originária
Libação: água de côco, mate, mel com água, caldo de cana, vinho tipo moscatel
Ervas: cipó cabeludo, cipó caboclo, eucalipto, guiné caboclo, guiné pipi, samambaia
Flores: girassol, flor de ipê, palmas de diversas cores, conforme a vibração originária
Essências:
Para os caboclos: eucalipto, girassol.
Para as caboclas: eucalipto, pinho, tintura de tolu
Fitas: verde, vermelha e branca
Pedras: quartzo verde
Metal: da vibração originária
Dia da semana: Quinta-feira ou o dia da vibração originária
Dia da Lua: não tem dia específico
Saúde: não tem área de saúde específica
Ímãs para trabalho: de acordo com a orientação da entidade
Objetivo: vigor, pujança, energia
Cozinha ritualística: milho e amendoim cozidos e passados no mel, servido com folhas pequenas de saião, que servem como "colher" e que também devem ser ingeridas.

Saravá Umbanda
Saravá Oxosse
Saravá Caboclo Tupinambá”

Saudação aos Caboclos
“Okê Caboclo ! Okê Caboclo ! Okê Caboclo !” – que significa Salve Caboclo!

Os Caboclos são guias espirituais que atendem de maneira direta, sem muitos rodeios mas com toda sinceridade.

Saiba que seus conselhos são todos baseados na mais pura energia natural, onde só buscam trazer o bem e a felicidade aos que buscam por sua sabedoria.

São as mais profundas raízes culturais e conhecimentos de um povo que faz parte da essência do homem.