Dentre suas vivências há que se acrescentar, também, reencarnes no planeta Marte, o que lhe possibilitou fazer uma incrível e detalhada descrição deste orbe vizinho (vide a obra A Vida o Planeta Marte e os Discos Voadores) e da evoluída humanidade marciana, a qual já habita uma dimensão de vida acima ou superior à terrena e não percebível ou tangível à instrumentação e tecnologia vigentes.
É considerado espírito de elevada hierarquia dentre aqueles que prestam contribuição ao grande Mestre Jesus ao Projeto Terra, na senda evolutiva dos que aqui aportam para suas provas e expiações; bem como, na busca pela regeneração de suas almas em ascensão gradual do próprio planeta.
Diante da reinante realidade da aura planetária, Ramatís desceu a crosta em diferentes momentos; em reencarnes como destacado instrutor de fraternidades e mestre de sabedoria no seio de várias subraças ao longo destes milhares de anos, onde o planeta ofertou o ir e vir das várias raças que transitaram pela superfície do globo. Por estes caminhos e vidas trilhadas amealhou inúmeros discípulos e chelas em identificação à seara universalista do conhecimento eterno. Que é a sua pedra de toque e o preceito fundamental de seu pensamento.
Neste contexto e trajetória, na difusão desta sabedoria universal, trabalhou e trabalha pela união das tradições espirituais do oriente com a do ocidente, para uma melhor difusão do despertar consciencial da humanidade.
Da corrente oriental Ramatis traz ampla gama de saberes, advindas de antiga filiação, no Espaço, a um grupo de trabalhadores espirituais, cuja insígnia, trazendo à linguagem ocidental, fora conhecida sob a pitoresca denominação de "Templários das Cadeias do Amor". Este agrupamento, praticamente desconhecido nas colônias invisíveis do Além, já se dedicava, a priscas eras, a trabalhos aprofundados na psicologia oriental.
Mais a frente no tempo, na transição do século dezenove para o vinte, após excelsa assembleia de elevadas entidades, no astral ligado ao oriente, resultou a fusão de duas importantes Fraternidades que já trabalhavam em prol da humanidade terrena.
A "Fraternidade da Cruz", com prevalência de ação no Ocidente (através da divulgação do evangelho Crístico de Jesus) e a "Fraternidade do Triângulo", afeta à tradição iniciática e espiritual do Oriente, as quais, em memorável fusão dessas duas Fraternidades Brancas, originou-se a Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Consolidando, assim, seus objetivos e linhas psíquicas na atuação de seus trabalhos espirituais.
Os integrantes dessa augusta Fraternidade, quando do Espaço se fazem presentes (visíveis), possuem vestes alvas, usando adereços como cintos e emblemas na cor azul-clara esverdeada. Pendurada ao peito, mostram delicada corrente como que produzida em fina ourivesaria, com um pendente triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz de um branco lirial. É o magnânimo símbolo que traduz, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na efígie do triângulo, a mística oriental.
Diante desta realidade, a qual se efetivaram os propósitos da difusão do Conhecimento Eterno, unindo ambas as tradições espirituais, em auxílio no despertamento da consciência da humanidade, Ramatis passa a coordenar os trabalhos deste agrupamento. Neste intercâmbio benfeitor os espíritos tanto com psiquismos orientais como ocidentais ajudam-se mutuamente, interpenetrando as regiões de atuação dos agrupamentos doutrinários, na resultante da ampliação do sentimento de fraternidade entre Oriente e Ocidente, bem como no aumento da oportunidade de reencarnações entre espíritos fraternos e amigos. No que atende com propriedade a um novo modelo de ensinamento mais universalista, buscando o entendimento e aceitação de todos os caminhos espirituais trilhados pelos homens, tomando como base que religiões são apenas meios, não fins em si mesmas, para a angelitude do Ser.
Ponto a se destacar em Ramatis, como característica marcante pelas obras mediúnicas de seu primeiro intermediário, Hercílio Maes, que se iniciou no final da década de quarenta do século passado, é a oferta de conhecimento de cunho inédito e considerado avançado, despontando os saberes que se mantinham ocultos.
Transferência feita de maneira oportuna, pois tudo é dado a seu tempo e mérito, em linguagem clara e objetiva, independentemente se o conteúdo tenha caráter mais transcendental ou que o tema esteja revestido de algum misticismo. Revela a luz da razão temas tidos como complexos ou obscuros, não se perdendo em retóricas ou repetições de conhecimento já esclarecidos a contento. É um instrutor por excelência, na virtude de um Mestre de Sabedoria, primando por conduzir aqueles que se identificam com sua proposta a novos patamares conscienciais, na amplitude de seus horizontes mentais e libertação de atavismos e engessamentos impostos pelas estreitas vias que o espírito esteja a trafegar.
É importante ressaltar que Ramatís, diante do imperioso compromisso com a evolução e expansão das consciências neste terceiro milênio que se inicia, de longa data assumido com os Maiorais sidéreos, não fala de si ou se aprofunda em maiores digressões pessoais por ser extremamente humilde, pois seu propósito é oportunizar à reflexão evolutiva. Impõe-se o seu exemplo pessoal, neste momento consciencial, para aqueles que simpatizam com seus lúcidos escritos e outros que estão sintonizados com a formação da mente holística e universalista da Nova Era.
Contudo, foram reveladas algumas encarnações na Terra em que aceitou, por amor, experienciar várias culturas, religiões e raças para orientar muitos espíritos em aprendizado na carne.
Ramatís, antes de mais nada, é um Mestre, um Iniciado que convive no orbe terrícola há mais de 40 mil anos, desde a antiquíssima raça vermelha, da Atlântida, que deu origem às demais raças primárias, na composição da etnia terrestre; e há muito teve sua libertação do ciclo reencarnatório, em outros planetas, que veio para a Terra em transmigração missionária (conforme se constata em A Aldeia de Sírius C), acompanhando um grupo de espíritos exilados de orbes daquela estrela.
É considerado espírito puro que trabalha incessante e ativamente, tendo conquistado autonomia para movimentar-se no oceano interminável do Universo. É um verdadeiro "pescador" de almas. Ramatís já não mais se prende ou necessita (estando liberto) de sua vestimenta perispiritual (corpo astral); utilizando-se desse corpo intermediário apenas em incursões umbralinas - embora, na maioria das vezes, não possa ser visto - quando, amavelmente, coordena trabalhos de caridade e de resgate aos irmãos sofredores e escravizados pelas organizações trevosas, ou quando deseja mostrar-se aos encarnados possuidores de alguma vidência.
Para todo aquele que, de alguma forma, pode interagir com a entidade Ramatis, Ele se faz sentir por um forte magnetismo que o envolve e por um amor imensurável que dedica a toda a humanidade. Portanto, uma entidade missionária com tal evolução espiritual, encontra algumas "dificuldades" para manter o intercâmbio mediúnico através do corpo astral, em decorrência de seu elevado padrão vibracional.
Há, inclusive, relato que já se apresentou como um extraterrestre de um planeta próximo à estrela Sírius de onde se tem a informação de sua origem mais pregressa.
Nas extintas Lemúria e Atlântida fora sacerdote, iniciado nos conhecimentos ocultos da milenar Aumbandhã, a Lei Maior Divina ou Sabedoria Secreta, setenária e esotérica, que foi trazida de outras constelações do Infinito cósmico para contribuir com a evolução da humanidade terrena, dando embasamento às filosofias espiritualistas que se formariam posteriormente. Na Atlântida, Ramatís como um mestre dos Templos da Luz, foi contemporâneo, numa existência, do Espírito que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec. Foi o conhecido peregrino nominado Phanuh, há vinte oito mil anos, na quarta subraça Atlante. Neste pregresso continente, agora submerso nas águas do Atlântico, fora um verdadeiro Mago Branco, instrutor do conhecimento uno e primevo, de uma fraternidade esotérica iniciática, consistindo e composta de amplo salão.
Em sua vestimenta envergava alva túnica, espécie de traje ou indumentária dos mestres iniciados. No alto da cabeça exibia uma Mitra, espécie de peça ornamentada à semelhança de utilizada outrora pelos persas, egípcios, assírios e, atualmente, adotada pela alta hierarquia católica, em formato de barrete alto, cônico e pontiagudo, fendido lateralmente na parte superior, semelhante a uma cabeça de peixe. O que se diferenciava era a grande pedra verde-esmeraldina, destacada ao centro. Da parte de trás da cabeça até as espáduas (ombros), pendia uma espécie de tecido branco, que lembrava linho cru, parecido com os utilizados pelos beduínos, e muito necessários nas regiões desérticas. Nesta pregressa época da história da humanidade, apresentava tez amorenada, cor de tijolo, e possuía marcantes cabelos negros, compridos e lisos, a cair-lhe dos ombros até a altura do tórax; era alto e esguio para os padrões atuais e lembrava um ser mais evoluído, da Era de Aquário, parecido com um extraterrestre. Era de semblante sério, mas sua delicadeza e serenidade guardavam a conhecida aparência do rosto inesquecível, a fisionomia afetuosa, juvenil e tranquila.
Num tempo após a encarnação atlante, sem precisar data, o espírito que animou a personalidade Ramatís na Indochina, foi um cacique indígena, líder de uma expressiva tribo nos territórios da antiquíssima América do Norte, que ocupava extensa região geográfica, hoje conhecida como Planalto do Colorado. Uns poucos remanescentes dessa, que foi a maior civilização indígena em terras ocupadas, são os índios Hualapai. Os seus povos ancestrais ocuparam quase todo o Grande Canyon até as montanhas Rochosas. Isso ocorreu há mais de 10 mil anos e, naquela época, era comum a existência dos mamutes. Foi uma vivência de paz e bonança para toda a comunidade silvícola sob seu comando. O clima não era árido naquela região como é nos dias de hoje e a agricultura já era dominada em larga escala nos vales verdejantes que cercavam o Rio Colorado em toda a sua extensão. Muitos espíritos que sofreram desencarnes abruptos durante os cataclismos atlantes foram abrigados nessa coletividade ameríndia. Nesse ambiente de tranquilidade, orientou espiritualmente àqueles espíritos peles-vermelhas mais teimosos e imorais. Foi um Xamã benevolente, grande chefe disciplinador daqueles corações imorais que ficaram sob a sua guarda na carne; tendo um desencarne sereno deixando a tribo em franca prosperidade. Foi casado com uma linda índia, de longos e lisos cabelos negros, olhos "amarelados" sem igual, muito sábia e tranquila. Tiveram vários filhos, e um deles foi seu aprendiz xamânico que mais tarde o substituiu no comando da tribo.
Hercílio informa que Ramatis teve uma vida como Shy-Ramath, grão-sacerdote no Egito ao tempo do faraó Amenhotep IV; e que, posteriormente, em outra passagem pelo Egito, teve novo encontro com Kardec, que era então o sacerdote Amenófis, ao tempo do faraó Merneftá, filho de Ramsés II. Este faraó governou entre 1213 e 1203 a.C.
Foi, também, Ben Sabath, mago famoso na Caldéia, localizada ao sul da Mesopotâmia. Esta nação semita ocupou a região entre o século X e VI a.C., o que na atualidade corresponde ao Iraque, Síria e Turquia.
Para poucos se apresentou, também, como o filósofo grego de distinta fraternidade iniciática hermética, quando chamou-se Pitágoras de Samos, no século V antes da era Cristã. Como Pitágoras, deixou um legado ímpar para a espiritualidade do Ocidente, trazendo para a Grécia os ensinamentos iniciáticos do Egito e da Caldéia. Nessa época, fundou uma Escola famosa, em Crotone (sul da Itália, à época chamada de Magna Grécia), onde conduzia discípulos para os caminhos iniciáticos. Sua tradição inspirou seguidores ao longo dos séculos, na Europa (neopitagóricos). Além da reencarnação, da evolução e do carma, e todos os conhecimentos da Sabedoria Oculta, os preceitos pitagóricos se caracterizavam por um modelo de vida pura, simples, fraternidade irrestrita entre seus membros, disciplina no falar, e vegetarianismo. Pitágoras fora conhecido pelo profundo amor e compaixão pelos animais. Não deixou obra escrita; alguns discípulos deixaram registros de sua doutrina.
Viveu como o filósofo judeu Filon de Alexandria (20 a.C.), ao tempo de Jesus. Deixou extensa obra escrita, tecendo correlação entre os preceitos da Sabedoria Oculta e a tradição esotérica hebraica, sendo conhecido como o primeiro pensador a aproximar os textos bíblicos às categorias filosóficas ocidentais. Foi à Palestina encontrar-se com o Mestre Nazareno, e conviveu com Ele, discípulos, família e seguidores. Daí resultam as informações, inigualáveis por qualquer outra obra, que pôde fornecer na obra O Sublime Peregrino, descrevendo a figura e a trajetória do Mestre Jesus, incluindo sua infância, os aspectos desconhecidos de sua família, ensinos e milagres, seu julgamento, morte e o destino de seu corpo físico.
Quando deixa-se perceber como o filósofo egípcio das coisas transcendentais, apresenta-se de cabelos encaracolados até os ombros; belo e de olhos azuis muito expressivos. Nesta vida foi um iniciado na secreta Confraria dos Essênios à época de Jesus, tendo tido contato direto com o Divino Mestre. Na configuração astral dessa encarnação, percebe-se as vestes de uma alva túnica e, sobre o peito, um ornamento em ouro em formato de uma grande letra T, preso a uma larga corrente também dourada. Na intersecção do traço horizontal com o traço vertical que forma essa peça de ourivesaria, observa-se cravado um triângulo esmeraldino. Nestas aparições astralinas, como filósofo egípcio - Ramatís informa que a letra T simboliza uma cruz em particular, que os estudiosos da Terra chamam Cruz Ansata, que é a "cruz da vida" dos egípcios. A presença da letra T que é a última letra do alfabeto hebraico - não sendo o povo Judeu que lhe deu origem, pois é mais antiga que ele - é o Tau; para os egípcios a síntese do espírito e da matéria, o mistério do encontro da vertical com a horizontal: a imortalidade da alma que os iniciados compreendem. Quanto à esmeralda triangular, diz tratar-se de um catalisador para manipulação das energias etéricas utilizadas nas curas daquela época, assim como a pedra que tinha no turbante quando da sua vivência como hindu.
Na personalidade de Ramatís, viveu na Indochina no século X d.C., sendo instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia. Foi filho de uma vestal chinesa que abandonou o convento para casar com um tapeceiro hindu, Era de inteligência fulgurante e desencarnou bastante moço, com 33 anos. Espírito muito experimentado nas lides reencarnacionistas, já se havia distinguido no século IV a.C., tendo participado do ciclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu Ramaiana. Foi adepto da tradição de Rama naquela época, cultuando os ensinamentos do "Reino de Osíris", o senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas.
Os que leem as mensagens de Ramatís e estão familiarizados com o simbolismo do Oriente, bem sabem o que representa o nome “Rama-tys” ou Sri Swami Rama-tys”, como era conhecido nos santuários da época.
Informou Ramatis que, após certa disciplina iniciática a que se submetera na China, fundou um pequeno templo iniciático na Índia, à margem da estrada principal que se perdia no território chinês. Nesse templo, ele procurou aplicar aos seus discípulos os conhecimentos adquiridos nas suas inúmeras vidas anteriores. Também viveu na Indochina neste período. O que deixa explícito sua origem indiana, a ancestralidade materna e iniciação chinesas e de domicílio, além da Índia, na Indochina. E nesta região praticou o budismo em sua forma iniciática, e não o hinduísmo, como consta em Missão do Espiritismo.
O templo que fundou foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos e admiradores. Cada pedra da alvenaria recebeu o toque magnético e pessoal de seus futuros iniciados. Alguns deles em reencarnes mais atuais em nosso mundo, já reconheceram o antigo mestre Ramatís através desse toque misterioso, que não pode ser explicado a contento na linguagem humana. Sentem-no por vezes, e de tal modo, que as lágrimas lhes afloram aos olhos, num longo suspiro de saudade!
Embora tenha desencarnado ainda moço, Ramatis pôde aliciar setenta e dois discípulos. Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas e espiritualistas do Egito, da Índia, da Grécia, da China e até da Arábia. Apenas dezessete conseguiram envergar a simbólica “túnica azul” e alcançar o último grau daquele ciclo iniciático.
A informação colhida quando da primeira obra por Hercílio, foi dito que vinte e seis adeptos estavam no Espaço (desencarnados), operando nos labores da “Cruz e do Triângulo”, e que o restante disseminou-se pelo orbe.
Também foi esclarecido que dezoito reencarnaram no Brasil; seis nas três Américas, enquanto que os demais teriam se espalhado pela Europa e, principalmente, pela Ásia” (como consta em Mensagens do Astral).
Os demais, seja por ingresso tardio, seja por menor capacidade de compreensão espiritual, não teriam alcançado a plenitude do conhecimento das disciplinas lecionadas pelo mestre. A não ser vinte e seis adeptos que estavam no Espaço (desencarnados) cooperando nos labores da "Cruz e do Triângulo", o restante estava disseminado pela Terra, em várias latitudes geográficas. Segundo Maes, por informação recebida ao final da década de quarenta, dezoito reencarnaram no Brasil; seis nas três Américas (do Sul, Central e do Norte) enquanto que os demais se espalharam pela Europa e, principalmente, pela Ásia. Em virtude de estar a Europa atingindo o final de sua missão civilizadora, alguns dos discípulos lá reencarnados deveriam emigrar para o Brasil, em cujo território - afirma Ramatis - se encarnarão os predecessores da generosa humanidade do terceiro milênio.
No templo que Ramatis fundou na Índia, esses discípulos desenvolveram seus conhecimentos sobre magnetismo, astrologia, clarividência, psicometria, radiestesia e assuntos quirológicos aliados à fisiologia do "duplo etérico". Os mais capacitados lograram êxito e poderes na esfera da fenomenologia mediúnica, dominando os fenômenos de levitação, ubiqüidade, vidência e psicografia de mensagens que os instrutores enviavam para aquele cenáculo de estudos espirituais. Mas o principal "toque pessoal" que Ramatis desenvolveu em seus discípulos, em virtude de compromisso que assumira para com a Fraternidade do Triângulo, foi o pendor universalista, a vocação fraterna, crística, para com todos os esforços alheios na esfera do espiritualismo. Ele nos adverte sempre de que os seus íntimos e verdadeiros admiradores são também incondicionalmente simpáticos a todos os trabalhos das diversas correntes religiosas do mundo. Revelam-se libertos de exclusivismo doutrinário ou de dogmatismos e devotam-se com entusiasmo a qualquer trabalho fie unificação espiritual. O que menos os preocupa são as questões doutrinárias dos homens, porque estão imensamente interessados nos postulados Crísticos.
A primeira descrição de Ramatís em sua corporificação astralina, ao tempo da Indochina, se apresentou à visão psíquica com um traje considerado exótico, composto de ampla capa aberta, descida até aos pés, com mangas largas e que lhe cobria a túnica ajustada por um largo cinto de um esmeraldino esverdeado. As calças eram apertadas nos tornozelos, como as que usam os esquiadores. A tessitura de toda a veste era de seda branca, imaculada e brilhante, lembrando um maravilhoso lírio translúcido. Os sapatos, de cetim azul-esverdeado, eram amarrados por cordões dourados que se enlaçavam atrás, acima do calcanhar, à moda dos antigos gregos firmarem suas sandálias. Cobria-lhe a cabeça um singular turbante de muitas pregas ou refegos, encimado por cintilante esmeralda e ornamentado por cordões finos, de diversas cores, caídos sobre os ombros. Sobre o peito, carregava uma corrente formada de pequeninos elos, de fina ourivesaria, da qual pendia um triângulo de suave lilás luminoso, que emoldurava uma delicada cruz alabastrina. Essa indumentária era um misto de trajes orientais; tipo de vestuário hindu-chinês, raríssimo, porque se derivava de antigo modelo sacerdotal, muito usado nos santuários da desaparecida Atlântida. Os cordões que lhe pendiam do turbante, flutuando sobre os ombros, eram velhas insígnias de atividade iniciática: - a cor carmim indicava o "Raio do Amor"; o amarelo o "Raio da Vontade"; o verde o "Raio da Sabedoria" e o azul o "Raio da Religiosidade". Um último cordão branco, que foi percebido pelo médium, era o símbolo ou o "Raio da Liberdade Reencarnatória".
Ramatis e Hercílio, seu primeiro intermediário conhecido (pois há quem alegue que Chico Xavier teria recebido sua primeira mensagem provinda de Ramatis quando tinha 17 anos) mantêm uma parceria de longos séculos que se renova a cada instante cujo amor possui um brilho de primeira grandeza.
Outros médiuns percebem a configuração etéreo-astral de Ramatís, desta encarnação no século dez, no máximo com 16 anos, quase um púbere em início de sua adolescência. Aparentando estatura mediana, sem turbante, com os cabelos soltos, muito negros e lisos, com olhos verdes, destacando-se na cor mate dos indianos, de nariz um tanto saliente, ao contrário do retrato tradicional em que seus olhos são castanhos e o nariz delicado.
LÍDER ESPIRITUAL NA MAURITÂNIA
Antes de sua encarnação na Indochina, a mais conhecida, e após o advento da personificação do Cristo em Jesus, foi um negro mouro feiticeiro, curador, na antiga região da Mauritânia, na África. Nessa vivência na carne, igualmente foi líder espiritual de um gênero tribal, mas com algumas dificuldades físicas, pois tinha uma pequena deformação na perna esquerda que constrangeu-lhe seriamente os movimentos na velhice, aliado a problemas congênitos de circulação periférica que redundaram em grave reumatismo. Nessa ocasião, foi um exemplo de conduta espiritual, pois, estando sob o guante de um corpo transitório defeituoso até o fim dos seus dias, em adiantada idade para os padrões da época, alentou e curou muitos enfermos, dando mostra da certeza da anterioridade espiritual e da continuidade da vida imortal diante dos impositivos materiais de uma encarnação, demonstrando a todos que dirigia religiosamente a prevalência do espírito diante da perecibilidade corpórea. Ramatis informa que Vovó Maria Conga - desde Sírius estão juntos - e que foi sua fiel e inseparável assistente nos rituais mágicos nestes tempos dos mouros antigos da África, e muito o auxiliou na duradoura velhice em um débil vaso carnal.
Muito mais tarde, já em meados do segundo milênio, Ramatís como Haiawatha (Hiawatha) reencarnou novamente entre os peles-vermelhas da América do Norte – que são os descendentes dos atlantes emigrados em priscas eras – e reuniu povos e tribos numa Confederação de paz, que a História oficial registra (em torno de 1550), sem entretanto conhecer-lhe a toda a realidade. Seu projeto de um governo único para o planeta e confraternização de todos os povos e raças da terra irá desabrochar no Terceiro Milênio, após a Transição Planetária. Relatos por Roger Feraudy e Marilea de Castro em obra de mesmo nome: Haiawatha.
MESTRE KOOT HOOMI (KUTUMI)
Na virada do século dezenove para o vinte operou como mestre nas tarefas dos teosofistas, conhecido como Koot-Humi (vide entrevista de Hercílio Maes à revista Manchete). Foi portanto este espírito conhecido usualmente por Ramatís, sob a figura desse Mestre da Fraternidade Branca, que também contribuiu para as bases teosóficas, inspirando eminente movimento espiritualista que, contemporâneo ao espiritismo, empenhou-se em trazer para o Ocidente os milenares conhecimentos iniciáticos do Oriente. A literatura teosófica é ampla fonte de conhecimentos espiritualistas acessíveis ao leitor ocidental.
Junto à egrégora Umbandista, afora sua "aparência" astral de hindu, também se apresenta como um caboclo e um preto velho, ambos de profunda sabedoria - afinal são o mesmo espírito. Ramatís trabalha arduamente no Espaço numa faixa crística que abrange em larga escala o mediunismo na Terra. Como nos exemplos daquelas vidas como cacique pele-vermelha nos idos da antiquíssima América do Norte e também do negro velho em adiantada idade na África antiga. As quais foram vivências na carne como um líder espiritual das tribos. É um dos mentores integrantes da Alta Confraria do Astral Superior que definiu o nascimento do movimento umbandista para a Terra - já era preexistente no Plano Espiritual desde há muito tempo - com a permissão direta de Jesus. Na roupagem fluídica de caboclo identifica-se na vibração do orixá Ogum. Nessas ocasiões, adota o nome de Pai Benedito, sendo um dos sete chefes de falange, tipo um representante ou procurador do orixá Yorimá, tendo enorme participação no Astral desde a fundação do movimento da Umbanda.
Quando se apresenta, junto a egrégora umbandista, como um preto velho, causa um pouco de "formigamento" na perna esquerda do médium, como decorrência de uma ressonância vibratória do reumatismo congênito que acompanhou sua senilidade à época da encarnação como negro mouro, e que repercute no corpo somático do aparelho mediúnico. Também nesse caso, em que Ramatís se "veste" de preto velho - personalidade de uma antiga encarnação sua - não se deve confundir que todo Pai Benedito que se manifesta nos terreiros seja esse espírito, pois há uma plêiade de entidades que atuam nessa posição ou chave vibratória para efeito de identificação aos homens.
Nas ocasiões em que se apresenta como índio, tem grande penacho que lhe cai até os pés, de longas penas douradas, brancas e verdes. Tem nos pés sandálias em espécie de trançado de cipós, e calças de um tipo de tecido de folhas marrons que não se pode definir. Desprovido de camisa, tem o alto do peito desnudo, mas veste um "colete" sem botões. Apresenta o mesmo colar dourado em T com triângulo esmeraldino, conforme descrito na encarnação como egípcio - essênio, utilizando-o como condensador etérico das energias de alta frequência para as curas de consulentes e espíritos sofredores nos trabalhos mágicos do ritual de Umbanda - assim como também o faz com a esmeralda do turbante hindu.
É informação de Hercílio Maes, que Ramatís irá reencarnar novamente, no Brasil do Terceiro Milênio: “…sua missão completar-se-á no ano 2300, quando ele reencarnará no Brasil, para reunir todos os discípulos…”.(de acordo com cartas trocadas com Edgar Armond e assim relatado em Simplesmente Hercílio). Inclusive que nesta vida deve tentar reunir os "discípulos" para buscarem um possível reencarne em Marte. De acordo com informações mediúnicas recentes, esse prazo poderá ser um pouco encurtado. Hercílio Maes informou que nessa encarnação, ele irá fundar uma instituição universalista e iniciática no Planalto Central; e que o próprio Hercílio virá como um "discípulo laborioso".
A UNIVERSALIDADE DE SUA PROPOSTA
Diz-nos textualmente Ramatís: - "Servem-lhes o ambiente do templo protestante, a abóbada da igreja católica, a mesa branca dos "Tatwas" esotéricos, os salões dos teosofistas, o labor fraternista "Rosa-Cruz", o acampamento krisnamurtiano, a penumbra da sessão espírita, o canto dos salvacionistas nas praças públicas, a ruidosidade da umbanda, as posturas muçulmânicas, os lamentos mosaístas, o fatalismo budista, o silêncio dos iogas, o sincronismo dos cenáculos ou as estrofes mantrânicas dos iniciados. Não os preocupam os invólucros dos homens movendo-se para solucionar o mistério da vida; sentem a realidade contínua do espírito, que só lhes inspira o amor e a fraternidade, a qualquer momento e em qualquer local! Respeitam e compreendem a necessidade que os homens sentem de buscar a verdade, quando se situam em círculos doutrinários simpáticos, a fim de se exercitarem para os vôos crísticos do futuro. Não se adaptam, porém, a exclusivismo algum, e evitam que os postulados doutrinários lhes cerceiem a liberdade da razão."
Eis aí um proveitoso resumo que consta em obras de alguns médiuns como Hercílio, Norberto, Sávio e outros, sobre esta excelsa figura mais conhecida por Ramatís; um Espírito das altas hierarquias que ditou inúmeras obras e que sempre aconselha a que se evite a ilusão separativista da forma, pois o sentido real da vida espiritual é o princípio coeso e eterno do amor crístico.
Que este inspirador mantra e sua imagem possam ofertar uma doce ambiência e clareza psíquica na compreensão de sua proposta Crística.