quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Pemba



Ô Salve a Pemba
Também salve a toalha
ô Salve a Pemba
Também salve a toalha
Salve a coroa é de nosso N'zâmbi maior 
Salve a coroa é de nosso N'Zâmbi maior


A Pemba é com certeza o objeto mais familiar na Umbanda.
Não existe Umbanda sem pemba!

A ritualística da Umbanda emprega a Pemba nas mais diversas finalidades: ela cruza o gongá, cruza o terreiro, as firmezas da porteira, cruza as guias de Umbanda (fios de contas),
Cruza a Coroa dos médiuns, cruza os atabaques, as imagens, o corpo dos médiuns, risca o ponto sagrado da entidade, é assoprada para imantar o terreiro, é ralada nos amacis,
é colocada na coroa dos médiuns quando se iniciando recebem a mão de pemba... as sete Pembas (verde, amarela, rosa, vermelha, azul, branca e marrom). Este é um dos mistérios que envolvem consagração de iniciação na Umbanda.

A Pemba na África

A Pemba é originária dos rituais Bantu (Congo e angola), e sempre que reverenciada há uma reza para ela, em toda saída de Muzenza (iyawo) e quando se fazia necessário se reza para a pemba. Pois MPEMBA É UM NKISI (Deus - Divindade na Angola) correspondente ao espírito Santo ou Orunmila, que não incorpora.

O Ke mpembê pá
Sine manakualê
Mpembê pá

O giz sagrado
Risca a Harmonia
O giz sagrado

Nas tribos de Bacongo e Congos, é usada sob todos os pretextos:

  • Quando é declarada a guerra os chefes esfregam o corpo todo com Pemba para vencer os inimigos;
  • Por ocasião dos casamentos, os noivos são esfregados pelos padrinhos com a Pemba para que sejam felizes;
  • O negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de Pemba nas mãos;
  • Em questões de amor então, é bem grande a influência da Pemba, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz, porque dizem trazer felicidade no amor e atrair aquele a quem se deseja.(1)


Cruzamento do Sagrado

Um pedaço de terra é somente terra, até que a sua negatividade seja tocado pela pemba. Daí se faz a LUZ! É como se tudo estivesse em trevas, e a pemba risca seu símbolo sagrado como luz, um holoforte sobre as trevas, não para baní-las mas para equilibrar!
O que não foi tocado pela luz permanece em trevas!
E neste caso o símbolo da consagração dos espíritos de luz na Umbanda, a linha crística, o sol, é a pemba!

A sua coroa vinha cansada pelo mundo até receber água, frutas, essências, e Pemba a (consagração).
A pemba na coroa faz analogia direta ao tradicional "só dá aquilo que se tem" onde aquele que recebeu as Sete Pembas de Umbanda, uma de cada linha espiritual, pode dar a consagração das mesmas, aquele que não as recebeu também não pode dar o que não tem!

As cantigas de Pemba são fundamentos que se fazem necessários. Ainda se vê terreiros que não salvam a Pemba. Há terreiros que a entregam na mão dos médiuns e guias como se fosse bala de coco ou bananada!
Seguindo o contexto sobre fundamentos que aprendi com os meus mais velhos e hoje me sinto no mínimo competente para divulgar os fundamentos que todo mundo já deveria saber...

Quando for se utilizar da pemba publicamente todos precisam ouvir a saudação:

  • SALVE PEMBA!
  • Ê PEMBA!
  • ZAMBURÊ PEMBA!

Esta saudação é a abertura de portas astrais para entidades ligadas a Lei de Umbanda que trabalham na consagração através da Pemba (Entidades no nível de Oxalá - Senhor da Pemba na Umbanda, Lemba, Kitembo e Pemba na Angola, Obatalá e Orunmilá na cultura Ioruba.). 

Obs: Não estou comparando este ou aquele orisa / nkisi, estou sim fazendo analogia ao respeito que se deve ter).

A Lenda de Pemba

MiPemba era o nome de uma gentil filha do Soba Li-u-Thab. Poderoso dono de grande região e exercendo a sua autoridade sobre um grande número de tribos. Mipemba estava destinada a ser conservada virgem para ser oferecida às divindades da tribo, acontece porém que um audaz jovem estrangeiro, conseguiu penetrar nos sertões da África, e enamorou-se perdidamente de MiPemba, que por sua vez, correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delícias que estão reservadas aos que se amam.

Porém, não há bem que sempre dure, e o Soba poderoso foi sabedor deste amor e então, numa noite de Luar mandou degolar o jovem estrangeiro e tambémque lançassem o seu corpo no Rio Sagrado U SIL, para que os crocodilos o devorassem.

Não se pode descrever o desespero de MiPemba, que como prova da sua dor esfregava todas as manhãs o seu corpo e rosto com o pó extraído dos Montes Brancos Kabanda e à noite, para que seu pai não soubesse dessa sua demonstração de pesar pela morte de seu amante, lavava-se nas margens do rio divino. Assim fez durante algum tempo, porém, um dia as pessoas de sua tribo que sabiam desta paixão e que assistiam ao seu banho, viram com assombro que ela se elevava no espaço ficando em seu lugar uma grande quantidade de massa branca lembrando um tubo.

Apavorados, correram a contar ao Soba o que viram, e este, desesperado quis mandar degolar todos, porém, como eles tinham passado o pó deixado por ela no rio, nas suas mãos e corpo, notaram que a cólera do Soba se esvaía tornando-se bom, e não castigando os seus servos.

Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por MiPemba e, com o nome simples de Pemba, esta atravessou muitas gerações, chegando até aos nossos dias, prestando grandes benefícios àqueles que dela se têm utilizado.


Lenda do Nkisi Kitembu e Nkinsi Pemba

Houve uma época em que as diembu bantu (tribos bantu)
sofriam com a morte, principalmente de crianças e as mulheres
com hemorragia não conseguiam parir.
O Sobá (rei) então procurou o Nganga ia Ngombo (adivinho)
e sugeriu que fizesse uma consulta através
do minenge ia ngombo (cesto da adivinhação),
para saber o motivo daquele sofrimento.
Nganga então obteve a resposta, as tribos bantu estavam
sendo atacadas por Mgungula(espíritos trevosos)
e que deveriam prestar culto ao Nkisi Kitembu (Nkisi da vida e da evolução),
para que a vida voltasse ao seu ciclo natural.
O Sobá imediatamente reuniu todas as tribos bantu e fizeram grande oferenda
ao Nkisi Kitembu e da terra brotou um pó branco "PEMBA" 
que até hoje podemos ver em barrancos.
PEMBA é o espírito do grande pai de todas as tribos bantu "Nkulu a Lunga"
e esfregaram ao corpo aquele pó branco ficando livre de qualquer maldade.
Assim, o povo bantu cresceu por toda a África e em homenagem ao Nkisi Kitembu
levantaram um mastro bem alto com uma bandeira branca
na ponta simbolizando "PEMBA"
que quando balança com o vento, mostra a direção que o povo bantu
deve seguir para não ter sofrimento.
Kitembu é simbolizado por uma grelha (suplício, sofrimento),
uma escada (crescimento, evolução) uma seta que aponta
o duilo (fazendo uma ligação entre o céu e a terra), um ancinho,
instrumento agrícola próprio para juntar palhas (restos do suplício humano)
e cabaça (masculino e feminino, como conta a criação). (3)


Consagração da Pemba na Umbanda - Encantamentos

Os elementos místicos que podem ser somados com a pemba são:

Pemba branca
Fava divina ralada
Fava de vida
Fava de sorte
Fava de saúde
Dandá da costa ralada
Pó de sândalo
Essência de Mirra
Entre outros elementos... 

Cantigas de Pemba

Cantar as cantigas de cruzamento de terreiro (Pois isto permite uma mentalização dos médiuns e abre uma porta para os mundos superiores através da concentração de todos para aquele ato), as cantigas podem ser:

Vamos cruzar nosso terreiro,
Vamos cruzar nosso gongá,
Vamos cruzar a nossa gira
É na fé de Pai Oxalá

Encruza, cruza a pemba
Encruza, cruza a pemba
Firma o Terreiro do Meu Pai Ogun (Pode ser o nome do Dono do Congá)


Para cruzar a coroa do médium em Amaci ou qualquer cruzamento

Encruza, encruza
encruza com pemba encruza.
Encruza, encruza
encruza com pemba encruza.
Encruza com pemba encruza
na fé de Oxalá encruza.

Cantiga para saudar a Pemba e assoprar pelo terreiro

Eu zamburô Pemba, meu pai
Pemba eu zamburê
Eu Zamburô Pemba, meu pai
Pemba eu zamburê

Cantiga para pedir Ponto Riscado na confirmação do guia

A Lei que está no Céu
É a lei que está na terra (Bis)
Risca seu ponto Caboclo
Pemba de Umbanda não erra! (Bis)

Cantiga para agradecer o ponto riscado pelo guia e confirmá-lo

No Terreiro de Seu Sete Flechas (dono da casa...)
Mais uma estrela brilhou   (Bis)
É mais uma pemba, é mais uma guia
É mais uma estrela que nos alumia!  

Cruzamento de terreiro e firmeza de gira

Quem cruza o meu terreiro?
-Ele é São Miguel
Cruza com nossa Senhora
E os Anjos do céu

Quem cruza a porteira?
Ele é Saõ Miguel
Cruza com Nossa Senhora
E os Anjos do Céu

Quem cruza o meu Congá?
Ele é Saõ Miguel
Cruza com Nossa Senhora
E os Anjos do Céu

Quem cruza os Atabaques?
Ele é Saõ Miguel
Cruza com Nossa Senhora
E os Anjos do Céu

São Miguel Arcanjo na Umbanda - Esoterismo

São Miguel Arcanjo o divino portador da balança de nossas almas é um arquétipo de Justiça na Lei de Umbanda.
Invocamos São Miguel através de pontos cantados e riscados, isso será assunto de outra postagem posterior. É sempre benéfico que para fechar um dos quatro cantos do terreiro tenhamos invocado a presença divina de São Miguel na Umbanda.
Hoje nos limitemos à sua função esotérica e simbolismo tão importante na Umbanda...
O guardião de nossos templos está munido da espada em sua mão direita apontada para o céu. A espada é um instrumento de vitória da Vontade interior em nós que ocorre quando nos armamos da força de nosso poder ativo (Mão direita) e direcionamos para os elevados ideais (simbolizado pelo céu).
A espada de Deus aponta o caminho que devemos percorrer, também nos remete à lembrança do poder da Justiça divina, que, como um trovão (espada elétrica vinda dos céus) cai sobre nós.
Em suas asas brancas percebemos a pureza e leveza necessárias na elevação de nossa mente para que como anjos retornemos à nossa natureza pura primária.
Na mão esquerda, lado do coração, pesa a balança do julgamento divino. Não existe melhor juiz que a nossa própria consciência - Alma, representada pelo nosso coração.
Colocar o coração na balança é uma alegoria simbólica desde o Egito Antigo, retratada no julgamento dos mortos (O julgamento de Osíris), onde o desencarnado é levado para colocar seu coração em um lado da balança  e do outro lado é colocada a Pena de MAAT - A Verdade. Se o coração (Alma - Consciência) for puro, e por consequência mais leve que a pena da Verdade, o morto ou iniciado, passará a planos mais elevados, entretanto, se for pesada sua consciência o coração cairá da balança e será devorado por um animal, para reencarnar de novo com um novo propósito.
De igual forma São Miguel Arcanjo nos olha para relembrar a guerra que ocorre no âmago humano. Ensina a dominar os anjos caídos, rebeldes pela desobediência divina (instintos inferiores, raivas, ira, luxúria, ganância, mentira, ignorância... que existem em nós há muitas encarnações). Instrui-nos a paciência, força, sabedoria e beleza em seu rosto angelical ao mesmo tempo que pretende firmemente lutar com sua espada do poder cósmico (As virtudes intrínsecas de nossa Alma) para assim transpormos o julgamento de nossa alma.
Miguel / Mikael em hebraico significa "Aquele que é como Deus", ou "O que é como Deus".
É uma alegoria da harmonia que deve servir de base sólida para a nossa evolução - ascensão espiritual.
A Balança por onde todos passamos e passaremos várias vezes, até retornar.
Todos os seres humanos e entidades de Umbanda também passaram por essa balança.
Que tenhamos todos uma preocupação com nosso momento, e respeitemos o momento do outro. Assim também se faz harmonia no universo.
Tenhamos a Consciência pura, a Alma plena e a verdade em nós.
Salve São Miguel Arcanjo, Salve Umbanda!

Obs: Algumas imagens a trazem atualmente de forma descendente, voltada para a terra, como sinal da Justiça que desce à terra, outras trazem a lança, que tem igual valor simbólico nesse caso.

Grande Fraternidade Branca na Umbanda - Chama Violeta e Saint Germain na Umbanda

Existem relações entre a Umbanda e a Grande Fraternidade Branca?

Sim, os mistérios de Umbanda que foram decodificados em parte através da Umbanda esotérica e Umbanda Cabalística, além de numerosos médiuns como o Professor W.W. Matta e Silva e o Médium Benjamin Gonçalves Figueiredo do Caboclo Mirim, e todos falam a respeito das sete emanações cósmicas, ou sete orixás maiores, ou sete anjos ou ainda sete emanações de Deus através das Sete Linhas de Umbanda.
Não somente pelo número sete em nossos mistérios, mas como pelo conhecimento da história de Ramatís, e a Lei de Aumbhãdan, uma escola esotérica com ensinamentos oriundos de Atlântida.
Se aprendermos que a INTELIGÊNCIA CÓSMICA ATUA TRANSMITINDO E PERPETUANDO A LUZ ATRAVÉS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA AGINDO SEMPRE EM TODAS AS RELIGIÕES NAS MAIS VARIADAS ÉPOCAS DA HISTÓRIA DESTE PLANETA estaremos mais próximos de alguma verdade a nosso respeito e a respeito de Deus, e do futuro das religiões e da Umbanda.

Como os médiuns de Umbanda e seus sacerdotes podem entrar em contato com G.F.B. ?
Não somente pela psicografia, menos ainda pela incorporação... Todo grupo de pessoas recebe orientação superior dos grandes mestres, todo terreiro possui uma egrégora que está de alguma forma ligada à Grande Obra da Inteligência Cósmica. Os grupos que mais buscam harmonizar-se com a Grande Luz da Sabedoria são também os mais próximos das vibrações mais sublimes. Não estamos falando aqui em número, raça , localização geográfica, condição financeira e fama, mas em sacrifício e esforço pessoal de cada membro, sinceridade na busca pelo progresso espiritual, vontade pura, humildade, sabedoria e propósito de amor e felicidade para com a humanidade. O AMOR PELO SERVIR AO PRÓXIMO é a condição que nos torna prontos para receber a Luz e distribuí-la, pois aquele que recebe um dom divino ou um conhecimento sagrado deve ter a SABEDORIA para utilizar-se, logo a bússola para esta sabedoria é o amor e vontade de doar. OS MAIORES MESTRES SÃO OS QUE MAIS SERVEM, POR ISTO SÃO OS MAIS DIGNOS DE CONHECER A LUZ DA SABEDORIA. Podemos assim presumir que qualquer indivíduo ou grupo pelas qualidades de seu caráter e sua capacidade de doação entrará em contato com a Grande Fraternidade Branca.


Temos atualmente uma nova Umbanda, Umbanda da Nova Era ou uma NOVA ERA na qual a Umbanda está inserida? Seria a Umbanda a religião da nova era?

A Umbanda como religião é uma verdade ultrapassada, seremos mais condescendentes se olharmos a Umbanda como Zélio a descreveu: - UMBANDA É A INCORPORAÇÃO DE ESPÍRITOS PARA A CARIDADE! Acredito que isto está longe de um conceito que defina-a como religião, visto que temos sacerdotes e cada um com a sua religião pessoal. Ainda percebemos que médiuns descobrem a sua religação com Deus de forma pessoal e a Umbanda é um laboratório para estas descobertas, os próprios guias e mentores vão guiando os médiuns umbandistas a procurarem o alimento para a sua alma em diferentes religiões. Assim temos médiuns que se afinizam com a doutrina espírita, outros com os cultos afro, outros com o catolicismo romano, outros com ufologia, outros com tradições herméticas e muitos com filosofias orientais. Por isto a resposta mais digna para esta questão pode ser: A Nova Era tão presente em nossos dias atuais onde estamos nos afastando das religiões sectárias, das diferenças entre as crenças e dogmas e nos aproximando de uma religião pessoal independente de templos, admirando a beleza da universalização contida num “código umbandista” que não proíbe a incorporação de outras doutrinas, este “código” permite a unificação de todas num único lugar onde pajés, xamãs, iniciados em alta magia, padres, monges, mentores, orixás, curandeiros, médicos, advogados, ciganos, orientais e muitos outros se unem através do AMOR PELO SERVIR AO PRÓXIMO, por isto é uma filosofia bem condizente com a Nova Era.

Podemos modificar a Umbanda? 

Não precisamos modificar a Umbanda, PRECISAMOS NOS MODIFICAR INTERIORMENTE, para nos tornar mais receptivos às forças mais sublimes contida em nós mesmos. À partir da transformação interior, a lapidação da pedra bruta em pedra polida, também o incessante trabalho de buscar mais. Saber quem somos, para quê e por quê é um caminho que já percorremos através da encarnação, se perseverarmos e meditarmos nestas questões estaremos mais próximos de descobrir algo maior em nós mesmos, mas quando nos abatemos pelo cansaço e provações assinamos um contrato com a infelicidade e ficamos fadados às trevas da ignorância que habitam este mundo e só podem ser dissipadas pela verdadeira Luz. A LUZ INTERIOR.
Está escrito no templo de Apolo, no oráculo de Delfos: “Homem conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo os deuses”. Esta mudança interior mudará não só a Umbanda, mas o a humanidade.

Há outras formas de Caridade além da incorporação mediúnica na Umbanda?

Sim, há muitas mediunidades, e muitos dons que são confundidos com mediunidade. A incorporação mediúnica ou passividade é somente uma forma de caridade, por isto muitos médiuns estão limitados em seu potencial magnífico. Se pensarmos bem no que é incorporação e o que é espírito teremos um visão mais ampla do trabalho universal. O espírito de Deus está em toda a parte, ou seja tudo é formado através do espírito, ele é uma das manifestações do Grande Arquiteto do Universo, também somos sabedores que tudo é energia, a matéria é formada por partículas de luz que vibram numa intensidade e polaridade. Assim tudo é formado de Luz e é manifestação do espírito de Deus, são pontos interessantes a se refletir sobre o que é incorporação de espíritos. Acrescentando a este pensamento que a passividade não é possessão, mas afinização do médium através do plano mental com as entidades e as vibrações da natureza magnetizada por ambos. A manipulação da energia de Deus em forma de passe, conselho, abraço, cura, harmonização da aura do consulente são algumas formas de caridade sem incorporação.

Se não incorporamos os Mestres da Grande Fraternidade Branca em nossas giras, como a Umbanda pode estar relacionada a este conceito?

Todas as religiões e grupos estão sob a tutela da Grande Fraternidade Branca. A egrégora de um terreiro que é formada de pessoas, condensadores magnéticos, pensamentos e vibrações que está alinhada com as egrégoras superiores que recebem a Luz da Grande Fraternidade Branca, e absorvem, circulam, compartilham e distribuem a energia canalizada para a comunidade “espiritual” e para a comunidade “material”.

O que podemos ganhar ao entrar em contato com a GFB universal?
Cada um descobre o que tem a ganhar ou perder na sua senda espiritual de forma pessoal, podemos somente elucidar sobre os grandes iniciados que atingiram a Paz, a luz, a sabedoria, o amor, a felicidade e deram testemunho da Luz superior nesta esfera. Entre os grandes exemplos temos: Sócrates, Moisés, Jesus, o Buddha Gauthama, Orunmilá, Hermes Trimegistus, Helena Blavatsky, Allan Kardec, Ramatís, Lao Tsé, Confúcio, Lord Rama, Platão, Maria...

A Umbanda acredita em Seres extraterrenos ou em espíritos de outras esferas?
Segundo Helena Blavatsky, fundadora da Teosofia, que estudou as mais antigas tradições deste planeta e comparou as semelhanças entre todas as antigas religiões e escolas de mistérios ocultas, formulou que a Grande Fraternidade Branca foi fundada por Sanat Kumara e 144.000 seres de Luz que vieram à terra para guiar a humanidade para a ascensão à Luz. Sanat Kumara está ligado ao Planeta Vênus e à Estrela Sirius assim como as pirâmides egípcias, os templos Maias, as tradições indígenas norte-americanas, os Sumérios, Hermes Trimegistus, Jesus, as tradições budistas e muitas outras. Segundo as mensagens canalizadas dos mestres ascencionados a Grande Fraternidade Branca deste sistema solar é supervisionada pela Grande Fraternidade Branca de Sírius (Sírio). A sabedoria nos dada nesta esfera vem da Luz da sabedoria depositada por eras em Sírius. Assim a Umbanda não afirma nem desmente a existência de seres extraterrenos pois como filosofia que não prega dogmas, mas a conceituação pessoal do médium e Deus, cada médium é livre para acreditar, buscar, evoluir, ascender à Grande Luz e à Grande Obra. Afinal todos são diferentes e têm uma visão pessoal de divindade na Umbanda, e nesta, não há uma lei senão a caridade ao próximo.

A Umbanda possibilita contatos com a outras dimensões?
A Umbanda que se apresenta na aurora da nova era busca apometria, meditação, terapias holísticas, Reiki e projeção astral para engrossar suas fileiras de atuação. Podemos ver que os terreiros, médiuns, sacerdotes e assistência têm buscado o estudo, o aperfeiçoamento para a caridade, e são mudanças que não podem ser impedidas pois vêm do esforço superior dos mestres das esferas cósmicas e seres encarnados que estão abrindo a consciência para uma nova humanidade com novas crenças e buscas.

Há algum ritual de Umbanda no qual encontremos a simbologia da Estrela Sírius?
A vela no altar, a estrela de cinco pontas, a estrela de seis pontas, a estrela de sete pontas.. e com certeza muitos médiuns encontrarão em demais símbolos o entendimento da Luz que herdamos ao longo da história através dos diversos avatares que são oriúndos de Sírios ou aprendizes das escolas da Grande Fraternidade Branca deste sistema que recebe m e canalizam a força da Luz.

Se as luzes que iluminaram este planeta na noite dos tempos são, em grande parte, vindos do sistema solar de Sírius, e deram testemunhos da Grande Obra de Deus e da Grande Luz, então devemos colocar uma representação de Sírius em nossos congás?
Muitos congás têm uma estrela de cinco pontas ou algo que o valha, mas a chama da vela sempre está presente como recordação da nossa chama sagrada interna que é a nossa essência divina, uma parte da Luz que nos foi dada por sermos parte do criador. Ou seja a luz da vela é a relembrança da Luz trazida à humanidade e que habita o nosso interior.

Como trabalhar com a Grande Fraternidade Branca na Umbanda?
http://umbandamagia.blogspot.com.br/2013/01/a-grande-fraternidade-branca-e-umbanda.html

Quais são os raios principais e os mestres ascensionados?
http://umbandamagia.blogspot.com.br/2013/01/os-raios-e-chamas-dos-mestres-grande.html