sexta-feira, 30 de março de 2018

CIGANA KERUMÃ

Era o dia 26 de agosto de 1098. 

Em Timisoara, cidade da Romênia, um grupo de ciganos ali acampados fazia seus rituais de energização da Lua Cheia, em torno de uma fogueira.

De repente, a noite, que era de céu claro e estrelado, tornou-se escura. 

Um forte e estranho vento invadiu o acampamento, agitando a lona de todas as tendas, como se quisesse transmitir uma mensagem.

A velha Zíngara chamou insistentemente por Pavalov, para avisar que Karim, sua mulher, acabara de dar á luz a uma linda ciganinha, que vier ao mundo envolta em uma pele amarelo-dourado, mais parecendo uma gema de ovo.

Embora seu coração carregasse uma felicidade imensa, Pavalov também estava envolvido por uma dúvida; por isso, perguntou a velha Zíngara o que seria feito daquela estranha pele que envolvera a pequena Kerumã, sua primeira filha.

Zíngara pediu ao cigano um pedaço de sua camisa. No retalho colocou um pedacinho da estranha pele que protegia a ciganinha, dizendo a Pavalov:

“Vou fazer um talismã que você entregará à Kerumã quando ela fizer 15 anos”.

O tempo passou e na festa de 15 anos da linda ciganinha, seu pai colocou-lhe no pescoço um cordão de ouro cujo pingente era o talismã que a velha Zíngara fizera no dia do seu nascimento.

A partir daí, a cada ano que se passava, Kerumã ficava cada dia mais linda e, durante sua passagem pelo planeta Terra só conheceu a sorte. 

Sua disposição para o trabalho e a felicidade que irradiava para seu povo cigano eram invejáveis.

Não existiu em seu grupo, cigana mais linda e feliz que ela.

Retirado do livro: 

-“Como descobrir e cuidar dos ciganos dos seus caminhos”ANA DA CIGANA NATASHA


Postado no Setembro 21, 2007 de alexdeoxossi