quinta-feira, 31 de maio de 2018

Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis


Os Rosa-Cruzes tornaram-se conhecidos no século XVII, inicialmente na Alemanha, com o teólogo Johannes Valentin Andreas.

Em 1610 surgiu o manuscrito de autor desconhecido Fama Fraternitatis Rosae Crucis Cinfessio Fraternitatis Rosae Crucis ad Euruditos Europae. E um novo manuscrito: Die Chymische Hochzeit Christian Rosenkreutz, também de autor desconhecido.

Esses livros propunham a renovação da Igreja, do Estado e da sociedade, e um convite para que pessoas iluminadas entrassem para a fraternidade, com o ideal de salvar a Europa do atraso em que estava mergulhada na era medieval.

Durante 120 anos a Fraternidade dos Rosa-Cruzes viveu no mais absoluto sigilo. Então, um novo escrito, o Fama Fraternitatis, foi bastante divulgado, conhecido e aceito pela população de vários países da Europa. Nesse tempo, Johannes Valentin Andreas decidiu declarar que os escritos “Rosa-Cruz” eram de sua autoria.

Em 1632, em Paris, França, foi anunciado oficialmente um manifesto para a chegada dos rosa-crucianos.

No inicio do século XX a doutrina passou por uma transformação, sob a direção de Max Heindel, incumbido pelo conselho superior da Ordem de torná-la mais aberta, mais atuante no novo século que se iniciava, com o objetivo de fazer deste um mundo melhor. Construiu-se uma sede mundial nos Estados Unidos, na Califórnia e, de lá para o mundo se irradia o conhecimento com cursos por correspondência, livros e treinamentos. Há dezenas de anos,. Max Heindel escreveu O conceito Rosa-cruz do cosmos, obra máxima da Ordem na qual o conceito filosófico dos ensinamentos estão expostos com muita clareza.

Os rosa-cruzes possuem atualmente dois ramos de seguidores:

· A Ordem dos Rosa Cruzes (AMORC) cuja sede, Templo Supremo da América do Norte e do Sul, situa-se no Parque Rosa-Cruz, na Califórnia.

· A Sociedade Rosa-Cruz , fundada por Max Heindel. Em 1911 ele fundou uma pequena impressora e publicou uma série de livros sobre o movimento. Após a sua morte sua esposa continuou divulgando suas publicações para todo mundo.

Fundamentação Doutrinária

Doutrinas e dogmas

Uma existência mais plena

Descobrir mistérios do ser

Conhecimento intuitivo

Conhecer as leis da natureza

Consciência cósmica

Conhecimento além dos sentidos

Herdeira da sabedoria vinda do Egito

Grandes pensadores desenvolvendo a mente

Meditação

Cada membro pode ter outras religiões

Escola de espiritualidade



Literatura

A reforma geral do mundo

Rosicrucian Digest

Rosicrucian Forum

Ritos

Exercícios de meditação.

Exercícios de mentalização.

Promoção da sintonia perfeita entre corpo e alma.

Deus, no esoterismo, é experimentado muito mais como uma força interior, alguém que está dentro do ser humano, uma força que move os seus procedimentos a partir da escolha pessoal.


Datas Importantes

Lançamento do Livro O Conceito Rosa-cruz do Cosmos

Publicado por Max Heindel, o lançamento do livro "O Conceito Rosa-cruz do Cosmos" ocorreu em 1909.

Esta data histórica foi uma data importante para os rosacruzes e para todo o esoterismo, pois marcou a abertura ao público dessa filosofia até então hermética.


Personagens

Christianus Rosenkreutz

Iniciador do movimento que deu origem a esta escola esotérica. Alemão nascido em 1379, aos 16 anos foi para o Oriente, onde iniciou seus conhecimentos herméticos. Do Oriente foi para o Marrocos, centro da cultura islâmica na época, e lá se aprofundou nos ensinamentos. A essência desses ensinamentos era a harmonia entre o ser humano e o cosmos. Rosenkreutz voltou à Europa com a intenção de passar o conhecimento, mas sentiu ao regressar que ainda não havia chegado o momento. Escreveu o livro “M” no qual colocou tudo o que aprendera. Continuou sua vida dedicando-se aos estudos. Segundo a lenda, ele possuía a Pedra Filosofal, isto é, transformava o metal vil em ouro. Rosenkreutz ensinou a três discípulos seus conhecimentos no Oriente, e incumbiu-os de continuarem passando os ensinamentos e de fundarem uma ordem secreta no devido tempo.

Ele morreu em 1484, com 106 anos.



Johannes Valentin Andreas

Nasceu no ano de 1586, era filho de um pastor luterano que tinha como hobby a alquimia. É considerado o fundador do movimento Rosa Cruz. Escreveu o texto As núpcias químicas, o mais conhecido texto de rosa–cruz da época. Morreu no ano de 1654.



Max Heindel

Nasceu no dia 23 de julho de 1865, na Dinamarca, e seu nome de batismo era Carlos Luis Grasshoff. Estudou engenharia naval na Inglaterra e trabalhou em diversas linhas de navegação, adquirindo vasta experiência em suas viagens. Em 1895 aportou em Nova York e em 1903, em Los Angeles. Foi vice-presidente da Sociedade Teosófica de Los Angeles. Partiu para a Alemanha em 1905, onde entrou em contato com os Rosa- Cruzes e assumiu a missão de divulgar seus ensinamentos no Novo Mundo. Em 1909 publicou a obra Conceito de Rosa-cruz do cosmos e muitas outras, até falecer no dia 6 de janeiro de 1919.



Os oito discípulos de Rosenkreutz

Fundaram a Ordem, dentro da qual se chamavam de irmãos. Durante 120 anos a fraternidade dos Rosa-Cruzes viveu em sigilo. Os irmãos viajavam por muitos países e eram notados por suas boas obras. O objetivo geral dos rosa-cruzes era a libertação da Europa dos horizontes estreitos da Idade Média.



O que diz a Super Interessante

Poucas sociedades precisaram tanto do segredo para sobreviver como a Rosacruz.

Na Idade Média, enquanto a Inquisição jogava na fogueira quem ousasse questionar os dogmas católicos, os integrantes da confraria se reuniam a fim de penetrar nos mistérios religiosos mais profundos. Para isso, recorriam a fontes diversas: gnosticismo (que buscava o conhecimento à margem do que dizia a Igreja), cabala (misticismo judaico), esoterismo islâmico, filosofia, mitologia egípcia, astrologia e alquimia.

Era com esse repoertório tão vasto que os rosacrucianos acreditavam ser possível sair das trevas da ignorância e caminhar rumo à sabedoria. Diziam que o autoconhecimento era a chave para a "paz do indivíduo" e, a partir dela, o bem-estar da humanidade. Até hoje, os grupos que se dizem herdeiros da Rosacruz pregam a tolerância religiosa, a harmonia e a paz. O que ninguém sabe direito é como essa sociedade surgiu.

ROSENKREUZ

Não faltam teorias para a origem da ordem. Uns dizem que ela foi criada em Alexandria, no Egito, no ano 46, quando o sábio gnóstico Ormus e seus seguidores foram convertidos ao cristianismo.

Outros afirmam que a Rosacruz surgiu no século 17, no vácuo da Reforma Protestante.

De acordo com a lenda mais popular, no entanto, seu criador foi o monge Christian Rosenkreuz (ou Frater C.R.C.), nascido na Alemanha em 1378. Aos 16 anos, Rosenkreuz viajou ao Oriente Médio e estudou artes ocultas com mestres muçulmanos. Ao voltar para a Alemanha, construiu a Spíritus Sanctum ("Casa do Espírito Santo"), para celebrar seus rituais secretos.

Rosenkreuz teria morrido em 1484, aos 106 anos, mas sua tumba só foi encontrada 120 anos depois — o que motivou a retomada das atividades da Rosacruz, agora sob a liderança do pastor luterano Johann Andrae. Foi ele quem publicou 3 manifestos que mencionaram a ordem pela primeira vez: Fama Fraternitatis Rosae Crucis (1614),Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Químicas de Christian Rosenkreuz (1616). Os textos tiveram enorme impacto entre os europeus e não demorou para que os rosacrucianos se espalhassem pelo Velho Mundo.

Para as fraternidades modernas que se dizem herdeiras da Rosacruz, não importa se Rosenkreuz realmente existiu. O importante é o valor simbólico dessa história. Suas andanças pelo mundo, incorporando elementos de várias tradições, aludem à chamada Religião Universal da Sabedoria. Ser cristão, por exemplo, iria além de seguir a figura bíblica de Jesus: faria parte da busca do conhecimento oculto e esotérico.

Observando a imagem dos graus da maçonaria observaremos que o grau 18 é o Cavaleiro Rosacruz.

Não se trata de mera coincidência: nos séculos 17 e 18, maçons e rosacrucianos trocaram muitas figurinhas. Eles buscavam uma sociedade tolerante, livre de dogmas e que pudesse se aperfeiçoar à medida que os homens ficassem mais sábios. A estrutura das duas fraternidades também era similar. Mas havia diferenças importantes: a Ordem Rozacruz enveredava pelo cristianismo e por caminhos místicos, enquanto a maçonaria se guiava pelo pensamento racional.

"No século 18, a Rosacruz fazia rituais de admissão usando diversos símbolos. Um deles era um globo de vidro num pedestal que tinha 7 degraus e era dividido em duas partes, representando a luz e a escuridão", diz Sylvia Browne, autora do livro Sociedades Secretas. "E também usavam 9 copos, simbolizando qualidades masculinas e femininas."

Segundo a pesquisadora, a Rosacruz contava com o Colégio dos Invisíveis, espécie de fonte de informação por trás do movimento. Seus integrantes acreditavam que o significado do Universo estava explicado no símbolo da ordem. "Como a flor que brota no meio da cruz, os seres humanos deveriam desenvolver a acapacidade de amar de forma irrestrita, compreender as leis que regem o mundo e agir por meio da intuição e da inteligência amorosa do coração."

HERDEIROS

Hoje, diversas sociedades se declaram descendentes da confraria inicial. Entre elas, 

a Fraternidade Rosacruz (site) de Max Heindel, 
a Fraternitas Rosacruciana Antiqua (site) e 
a Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz (AMORC). 

A julgar pelo que cada uma diz em seu site na internet, todas procuram despertar o potencial interior do ser humano pela busca da verdade.

A Amorc do Brasil, localizada em Curitiba (mapa - site), garante que seu método "está à disposição de toda pessoa sincera e de mente aberta". Já a Fraternitas Rosacruciana, com sede no Rio, afirma que sua finalidade é "buscar a felicidade sem distinção de castas, cor, sexo, nacionalidade ou condição social".

Super Interessante

Por Dentro das Sociedades Secretas

páginas 20 e 21.

Sites Relacionados

Site Oficial da Ordem Rosacruz no Brasil

Fraternidade Rosacruz

Fraternitas Rosacruciana AntiquaSite Oficial da Ordem Rosacruz nos Estados Unidos (inglês)

PERGUNTAS E RESPOSTAS DA AMORC:

1) O que é a Ordem Rosacruz?

R: A Ordem Rosacruz AMORC é uma fraternidade místico-filosófica e cultural, formada por homens e mulheres dedicados à busca das mais sublimes verdades universais. Tem por objetivo despertar e desenvolver no ser humano o seu potencial interior para uma vida equilibrada, de acordo com as leis da natureza e do universo.

2) Quantas pessoas fazem parte ou estão vinculadas a AMORC no Brasil hoje:

R: O cadastro da Ordem Rosacruz no Brasil é composto por mais de 330 mil Membros regulares.

3) Existem atividades constantes da Ordem Rosacruz, diárias ou semanais, das quais as pessoas podem participar?

R: Sim, os Rosacruzes se reúnem nos chamados Organismos Afiliados, constituídos em Lojas, Capítulos e Pronaoi. Nesses locais, são realizadas atividades místicas e culturais, num ambiente de fraternidade. Cada Organismo Afiliado tem seu calendário de reuniões semanais, sendo que a maioria tem atividades aos sábados e domingos.

4) O senhor entende que, hoje, a AMORC é mais ativa do que na época em que surgiu? Existe alguma diferença entre a atuação da AMORC atual e de, por exemplo, a Rosacruz européia do século 17?

R: Sem dúvida, a AMORC nos dias de hoje tem uma atuação maior do que na época do seu surgimento que remonta às escolas de mistérios do antigo Egito, portanto, muito antes do século 17 na Europa como pensam alguns. Em outros tempos, religiões ou mesmo pessoas eram tidas como detentoras exclusivas do conhecimento, não permitindo a livre expressão e a busca pessoal pela Verdade que os Rosacruzes buscam. Esclarecendo que o ideal rosacruz é imutável, mas a estrutura e a forma de ensinar foram sendo adaptadas à evolução das mentes e das consciências. O que antigamente era transmitido só oralmente, hoje é enviado ao endereço pessoal de cada Membro através de ensinamentos regulares.

5) Sempre se fala que existe um tipo de iniciação para pertencer a Rosacruz. Isso é verdade? Qualquer pessoa pode participar da AMORC? Existem, de fato, ensinamentos "secretos" aos quais as pessoas só podem ter acesso em condições especiais? Como exemplo, cito os exercícios e princípios envolvidos no desenvolvimento das faculdades do "eu" interior, que levam à intensificação da atividade das faculdades de transmissão de idéias e impressões, o que geralmente é conhecido como projeção do pensamento, ligado ao que os cientistas chamam hoje de fenômenos psi.

R: Sempre se fala que existe um tipo de iniciação para pertencer à Ordem Rosacruz. Isso é verdade? Qualquer pessoa pode participar da AMORC? Existem, de fato, ensinamentos “secretos” aos quais as pessoas só podem ter acesso em condições especiais? Como exemplo, cito os exercícios e princípios envolvidos no desenvolvimento das faculdades do “eu” interior, que levam à intensificação da atividade das faculdades de transmissão de idéias e impressões, o que geralmente é conhecido como projeção do pensamento, ligado ao que os cientistas chamam hoje de fenômenos PSI.

· Para pertencer ou ingressar na Ordem Rosacruz não é necessário qualquer iniciação prévia. Porém, sendo a Ordem Rosacruz uma organização de caráter místico e iniciático, as iniciações são feitas gradativamente, conforme o avanço do estudante.

· Qualquer pessoa pode participar da AMORC, independente de sexo, religião, cor profissão, classe social ou grau de cultura. É necessário, porém, que no ato de sua afiliação, o candidato informe às razões que o motivaram a ingressar na Ordem e ser um estudante Rosacruz.

· Muitos historiadores e até autores contemporâneos classificam a Ordem Rosacruz como uma sociedade secreta, porém, ela não se considera como tal. Se fosse realmente secreta seria ocultada, a fim de que o publico não soubesse da sua existência. Pelo contrário, a Ordem promove a si mesmo através de palestras, e vasto material de divulgação. Assim, dizemos que ela não é secreta, mas sim discreta.

· O estudo dos poderes psíquicos faz parte dos ensinamentos da Ordem, como por exemplo a telepatia, telecinesia, radiestesia, clarividência, projeção psíquica, etc. O desenvolvimento desses poderes, porém, não são considerados como critério para a evolução espiritual, sendo atribuída uma importância secundária. Do ponto de vista Rosacruz, o que importa acima de tudo é o despertar das virtudes próprias como a humildade, a generosidade, a tolerância, a auto-estima e outras.

6) Pessoas de quaisquer religiões podem pertencer à Ordem Rosacruz?

R: Sim, na Ordem Rosacruz existem pessoas pertencentes às mais variadas religiões como cristãos, judeus, budistas, etc. Por ser eclética, demonstra tolerância para com todos os credos, bem como não impõe dogmas, dando a cada Rosacruz absoluta liberdade quanto aos ensinamentos que lhe são apresentados. Salientamos que através dos estudos da Ordem a pessoa consegue compreender melhor o sentido profundo das doutrinas religiosas e algumas até acabam voltando a praticar a religião que haviam abandonado antes de entrar para a Ordem Rosacruz.

7) No site da AMORC está escrito que a Missão da Ordem Rosacruz é despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento. Que ferramentas são utilizadas para esse despertar e auxílio? De que forma esse trabalho é realizado?

R: Para auxiliar o despertar o potencial interior do ser humano a Ordem Rosacruz oferece um estudo metódico e gradativo que favorece ao amadurecimento harmonioso de todos os planos do ser. A vivência das orientações recebidas, a fidelidade aos ensinamentos, a dedicação e perseverança na busca do ideal direcionado para o Bem, tudo isso faz uma somatória que resulta na melhoria da vida pessoal, no alcance do chamado “Domínio da Vida”.

· O trabalho é realizado despertando o interesse geral da pessoa para a cultura o misticismo e, sobretudo a espiritualidade. Os ensinamentos têm um caráter muito prático e são concebidos de tal forma que podem ser usados de forma concreta e positiva na vida cotidiana.

8) Em que consistem, exatamente, os aspectos místicos da Ordem Rosacruz?

R: O misticismo rosacruz consiste no estudo das leis divinas e sua aplicação na visa cotidiana. Um dos aspectos, ou características do autêntico místico rosacruz é de ele viver inserido na sociedade, em contato com o mundo, comportando-se como um ser humano digno desse nome, que cultiva o amor ao próximo e age segundo os mais elevados ideais.

9) Existem alguns pesquisadores que não concordam com a origem ancestral atribuída a Rosacruz, entendendo que se trata de uma ordem nascida na Europa no século 16 ou 17. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

R: A origem tradicional da AMORC remonta às escolas de mistérios do Antigo Egito. Nessas escolas, místicos esclarecidos reuniam-se para estudar os mistérios do Universo, da Natureza e do Ser Humano, daí derivando a expressão Escolas de Mistérios.

Por volta de 1.500 antes da Era Cristã, o Faraó Tutmés III reuniu essas escolas em uma única Ordem regida pelas mesmas normas. Um século depois, Amenhotep IV, mais única Ordem regida pelas mesmas normas. Um século depois, Amenhotep IV, mas conhecido pelo nome de Akhenaton, criou um ensinamento único para os membros dessa Ordem, como também a primeira religião monoteísta.

Do Egito a Ordem estendeu-se à Grécia, graças a Pitágoras; mais tarde à Europa da Idade Média, por meio dos alquimistas e Templários. Nos séculos seguintes, pensadores da Renascença e espiritualistas da Idade Moderna promoveram sua expansão, tanto no Oriente quanto no Ocidente. Hoje em dia a AMORC é a depositária dessa herança cultural e espiritual.





10) Existe alguma relação entre a Rosacruz e a Maçonaria

R: Não. As organizações são totalmente independentes uma da outra e desenvolvem suas atividades separadamente. Como não existe qualquer incompatibilidade entre ambas, existem rosacruzes maçons e vice-versa.

11) O senhor poderia falar alguma coisa sobre a Catedral da Alma?

R: Catedral da Alma foi uma definição dada pelo primeiro presidente da Ordem Rosacruz, H. Spencer Lewis para simbolizar um lugar ideal em que a consciência poderia penetrar em seus momentos de elevação espiritual. Cada um pode idealizar o seu lugar que lhe dê paz para, em seus momentos de quietude, encontrar a serenidade em contato com seu Eu interior.

12) Como a AMORC se sustenta?

R: Todos os paises do mundo reconhecem a Ordem Rosacruz como uma organização sem fins lucrativos, portanto ela não tem caráter comercial. Como toda associação fraternal ou cultural, a Ordem deve prover suas necessidades e assim o faz graças à contribuição de seus membros. As lições não são vendidas, e as contribuições individuais cobrem custos como de correio, impressos, informática, etc.

13) Como a Ordem Rosacruz encara as verdades e conhecimentos provenientes de outras fontes que não a própria Rosacruz? Qual a sua relação com os ensinamentos fornecidos pelas diferentes religiões, posturas místicas e filosóficas existentes no mundo?

R: A Ordem Rosacruz considera que ninguém, nenhuma organização religiosa ou mística é detentora absoluta da verdade, por isso os membros são considerados os eternos buscadores da Verdade.

· Com relação aos ensinamentos fornecidos pelas diferentes religiões, e considerando o interesse de cada um pela espiritualidade, os rosacruzes têm profundo respeito pelos Livros Sagrados, quer seja a Bíblia, o Alcorão, o Baghâvad Gita, os Upanishads ou qualquer outro. Muitos membros fazem dessas obras uma fonte de estudo pessoal, o que é um conhecimento muito enriquecedor.

14) O que o senhor pensa das atividades da chamada Nova Era, como as terapias alternativas e as religiões ligadas à natureza?

R: Consideramos a expressão Nova Era mais como um modismo do que uma corrente de pensamento propriamente dita. Muitos movimentos inclusive surgiram para fazer do esoterismo uma fonte de lucros. Reconhecemos o valor de algumas terapias alternativas, como também das religiões ligadas à natureza que oferecem um trabalho eficiente, sobretudo aos dependentes químicos e/ou pessoas marginalizadas.

15) Qual é a postura da Ordem Rosacruz com relação aos fenômenos OVNI e a possibilidade de que seres extraterrestres estejam atuando em nosso planeta?

R: A Ordem Rosacruz não tem uma posição oficial sobre a questão dos extraterrestres, uma vez que o tema não faz parte de seus ensinamentos até o momento. Estamos convencidos que, além do Planeta Terra, existem outras humanidades que povoam o universo, tanto mais como menos evoluídas do que a nossa civilização terrena. Apesar do tema ter sido amplamente explorado pela ficção, trata-se de um grande enigma, inclusive para os pesquisadores. Apesar do fato de não termos ainda uma confirmação efetiva da existência de extraterrestres e de OVNI’s. Acreditamos que nem todos os numerosos relatos de ÓVNI’s sejam falsos ou fantasiosos, apesar da grande especulação sobre o assunto.

Esclarecimentos adicionais:

1. A.MO.R.C = Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis

2. A AMORC Ordem Rosacruz não é uma seita, nem uma religião. É uma Organização de caráter místico-filosófico.

3. As Jurisdições da AMORC são separadas por língua (idiomas). Assim a Jurisdição de Língua Portuguesa abrange também Portugal e demais países de língua portuguesa.

Texto gentilmente cedido pelo www.amorc.org.br

A Energia Sexual e a Espiritualidade


Para quem aspira à ascensão espiritual, esse é um assunto complexo e, às vezes, embaraçoso, se não tratado com seriedade.

Temos que examinar as diferenças entre nosso ego e nossa alma.

Nosso ego usa o sexo para satisfazer seus desejos e impulsos. Visa ao prazer carnal e à reprodução somente. A alma utiliza a energia sexual quando está amando.

Nosso ego controla nossos desejos e luxúria, extravasando a energia sexual apenas pelo chakra sexual, sem elevar a função do chakra cardíaco a um propósito divino, como faz nossa alma. É obcecado pela sexualidade mundana, olhando para todos como se fossem parceiros em potencial, sem intencionar a relação como uma experiência de cunho espiritual. Simplesmente, quer prazer. E pronto! Não consegue sentir felicidade, caso não possua parceiro sexual. Em carências de relação, torna-se irritadiço e mal-humorado.

Nossa alma busca elevar a energia da kundalini1 para nossa conexão ao Alto e para chegar a orgasmos muito mais satisfatórios, plenos de espiritualidade, além da volúpia carnal, com emoção, responsabilidade, muito carinho. Quando a alma está presente na relação, o sexo não é mais a satisfação de nossas descargas hormonais, mais um ato puro e legítimo de verdadeiro amor! O nível de prazer é incomparável a este caso, podendo ser atingido o êxtase espiritual. Para maiores informações, consulte Tantra.



O sentimento amoroso deve ser partilhado entre o casal, de uma maneira muito lenta e terna, em que os parceiros fundem-se em um só sentimento. A alma coloca em primeiro lugar a outra pessoa e quer partilhar esse amor o maior tempo possível. Nada se espera em troca e tudo se ganha.

Nossos sentidos (tato, visão, paladar, audição) se aguçam e nos tornamos muito mais sensíveis ao delicado prazer.

Toda pessoa que está completamente centrada nos princípios divinos do Amor Incondicional e não admite outro tipo de relacionamento que não seja baseado na compreensão, companheirismo, amizade, cumplicidade, carinho, pode passar muito tempo sem ter relações sexuais, sem que isso lhe cause qualquer perturbação, até encontrar um parceiro que divida suas idéias. Mantém-se à espera do parceiro correto para vivenciar uma relação mais amorosa e livre de amarras cármicas.

Por que amarras cármicas?

As amarras são como fios energéticos ligando um ao outro. Em toda relação sexual, existe troca de fluídos entre os parceiros. Cria-se um vinculo espiritual entre eles que não pode ser rompido, a não ser por um processo de purificação do seu corpo, descrito abaixo.

Se não dominamos nossos impulsos sexuais, poderemos ser prejudicados pelas amarras cármicas, por onde continuam fluir sentimentos entre as pessoas conectadas.

Por exemplo, se dormirmos com uma pessoa mal humorada, com crises de depressão, ou com muita raiva, passamos a vivenciar essas pesadas emoções de nosso(a)(s) parceiro(a)(s). Muitas vezes, começamos a apresentar o mesmo comportamento daquele(a)(s).

Seria mais do que inteligente de nossa parte escolher com cuidado nossos parceiros. 

O estado emocional que tivermos na hora da relação será o que iremos implantar em nossos companheiros (as). Antes de nos envolvermos com alguém, devemos ponderar amorosamente o que isso vai gerar na outra pessoa e em nós mesmos!

Culpa? Remorso? Qual sentimento será gerado em você? Que tipo de energia irá trocar com a(s) outra(s) pessoa(s)?

A energia sexual é uma das mais poderosas do Universo. Tentar controlá-la não é tarefa fácil. Precisamos escolher entre nossa consciência animal e nossa Consciência Crística.

Devemos elevar nossos instintos mais primitivos para uma condição de Amor Incondicional, quando nos pegamos olhando para alguém ou pensando em alguém com desejo puramente sexual. Isto requer auto-vigilância constante!

Precisamos começar a aprender a trabalhar com a energia sexual e purificá-la.

Como purificar essa energia?

Em primeiro lugar, devemos ter em mente que nosso corpo não é isolado de nosso Aspecto Divino. Quando reconhecermos esta verdade, poderemos usar a energia sexual como um instrumento para nos conectarmos com Ele.

Precisamos abrir todos os nossos chakras, principalmente o do coração e não utilizar mais só os dois primeiros (basal e sexual).

Abrindo nosso chakra do coração para a energia sexual , quando estamos amando nosso par como a nós mesmos, fortalecemo-nos contra doenças físicas e/ou psíquicas.

A energia da sexualidade precisa encontrar seu caminho para a Força Criativa de Deus.

Uma das práticas para sublimar a energia sexual é a abstinência de ato sexual por um curto período de tempo, que varia de pessoa para pessoa, conforme sua providência e necessidade. Quando retomarmos as atividades sexuais, procuremos fazê-la com a alma.

Sinta suas emoções!Tente ficar só com você mesmo. Conecte com seu Eu Superior. Seja o senhor de sua sexualidade e não se deixe dominar por ela.

Eleve sua energia sexual ao Plano Superior, toda vez em que senti-la atuantes em você. Peça ajuda ao Mestre Ascencionado que tiver mais afinidade, para que ele o oriente como controlar e equilibrar sua energia sexual, de forma seja usada apenas com amor.

O objetivo disto é a sublimação de sua energia interna. Tente elevar essa energia da seguinte forma:

Inicie o por seu chakra básico. Visualize-o na cor vermelha, girando em sentido horário, por alguns segundos.

Em seguida, visualize seu segundo chakra, na cor laranja, girando em sentido anti-horário e reunindo toda sua energia interna sexual. Comece a elevação energética em sua tela mental, na forma de uma esfera de luz laranja que serpenteia, em sua coluna vertebral e passa por todos os seus chakras.

Passe a esfera por seu chakra do plexo solar, seu terceiro. Depois, passe-a em seu quarto chakra, o cardíaco. Após isto, pelo quinto chakra, da garganta, pelo sexto da terceira visão, pelo seu coronário (sétimo chakra) e finalmente estabilize essa energia laranja, elevando-a a sua Presença Eu Sou.

Quando sentir sua energia sexual ancorada na Presença, proclame:

Eu Sou abençoado por esta energia, agora!

Peça ao Mestre Ascensionado que o ajudou a manter estável dentro de você a energia sexual elevada.

Faça esses exercícios dos chakras toda vez que sentir impulsos sexuais desenfreados. É muito importante, durante o processo de purificação que se abstenha de relações sexuais. Quando sentir que pode controlar essa energia, volte a pensar em seus relacionamentos com outra postura.

Sempre que estiver fazendo amor com seu(sua) parceiro(a), eleve sua energia sexual ao Plano Superior de Luz, à sua Presença Eu Sou. Essa prática deve ser usada assim que começarem as carícias amorosas preliminares. Em seguida, entregue-se ao amor de corpo de alma. Além de mantê-lo como uma pessoa sexualmente mais equilibrada, acelera seu processo de ascensão, em virtude da transmutação energética para propósitos além dos mundanos. E lembre-se: o prazer é muito maior...

Dessa forma, você se tornará um gerador de Amor e Luz, emanando apenas isto para quem se relacionar com você.

Perceberá que é muito mais gratificante um relacionamento baseado na elevação divina de sua energia sexual.

Amor e Luz.

Texto: Maria Cristina Zacharias

1kundalini: termo em sânscrito, derivado da palavra kunda (“enrolar” ou “espiralar”). Designa a energia vital cósmica presente em todo indivíduo, que parte do chakra Muladhara e percorre toda a coluna espinhal, em forma de feixe espiralado. Pode ser usada como energia de transformação por aqueles que procuram seu auto-desenvolvimento, mediante de práticas e técnicas, como alguns exercícios de ioga. A kundalini é comumente representada na forma de uma serpente.

Liberte a Energia Sexual e Quebre os Elos Cármicos

Embora seja rotina, somente agora, graças ao desenvolvimento tecnológico humano, os meios de comunicação noticiam com freqüência a explosão, nascimento e morte de estrelas e a existência de outras galáxias do universo. A Terra foi criada numa dessas explosões e logo destinada ao recolhimento de exilados de outros planetas, entre eles "Capela".

 Várias fontes espiritualistas confirmam a existência de Capela e registram a imigração depois de ter ocorrido um processo seletivo na população daquele planeta seguido de explosão. Os seres menos evoluídos ou que resistiram em evoluir foram enviados para cá. Antes, durante e depois dessa decisão a engenharia cósmica teve que elaborar estudos no sentido de melhor acomodar os exilados e devido à densidade vibratória do Planeta teve que desenvolver uma criatura que acomodasse os espíritos exilados. Essa "limpeza" já está acontecendo na Terra, gradativamente. Talvez seja isso que muitas seitas profetizam como "juízo final". Hitler achava que o mundo deveria ser ariano.

Quando morava na China, encontrei-me com um velho monge tibetano que me contou sua versão. Segundo ele, quando entrou em execução o programa de colonização da Terra, os seres interplanetários fizeram pesquisas para a viabilização da transferência de seres espirituais para cá. O único animal que deu resultado positivo nos testes foi o macaco. As experiências foram feitas até a fase de experimentação com a encarnação de espíritos. Daí em diante, inúmeros outros espíritos exilados de Capela e de outros mundos foram enviadas para a Terra para encarnar nos macacos até o estágio evolutivo humano de hoje. 
Na Terra haveria a expiação e a evolução. Não foi descartada a chance de alguns espíritos voltarem a mundos superiores e evoluídos porque haveria de acontecer também uma seleção na Terra. Este programa é o que está em execução. Hoje vivemos a Era de Aquários, o limite dado aos transgressores, e quem não aderir à evolução espiritual será eliminado para sempre pela própria incapacidade, sem julgamentos nem juízo final.

A procriação e a impureza da mulher.

A sexualidade entra nessa história como um dos programas de desenvolvimento sustentável e multiplicação da espécie humana. A quantidade de espíritos a ter uma chance aqui sempre foi maior do que a capacidade reprodutora humana, daí a responsabilidade de cada um com a vida terrestre. Fora da reprodução, toda a polêmica sobre sexo frágil, forte e condenável é pura invenção das nossas limitadas sociedades. Todo ser reproduz a parte do programa implantado pelas forças universais que enfatiza a procriação, a "salvação" da espécie, porque a espiritualidade sabe do que a criatura humana é capaz depois que lhe foi dado o livre arbítrio. Existem inúmeros exemplos de tentativas de autodestruição da espécie - bombas, guerras, drogas etc.

 Felizmente o programa é vasto e pode nos elevar a capacidades variadas na construção de um planeta harmonioso, desenvolvido e em alinhamento efetivo com o criador universal. Este é o destino de cada um de nós, independente da opção sexual, mas estritamente ligado à opção de vida.


As novelas de televisão exploram uma vertente da energia sexual a um nível muito rasteiro, mostrando o sexo voltado para a posse e o poder, a dominação, a submissão, ignorando a capacidade criadora que liberta e ilumina. A educação escolar também é falha. Tibetanos e indianos há muito perceberam que a energia sexual é a maior fonte de saúde e criatividade, a chave de conexão cósmica para o desenlace cármico. Tanto o jejum sexual quanto o uso exacerbado do sexo tem conseqüências. Muitas religiões adotam a abstinência sexual sem explicar bem para quê e isso ficou na cabeça das pessoas como se o sexo fosse algo sujo, pecador, um caminho para o inferno. A abstinência fortalece as forças físicas e espirituais, geradas na base da espinha, que podem ser utilizadas em tratamentos de saúde, na eficiência do esporte, na criatividade, nas artes em geral. 

A ignorância determinou o domínio masculino na liderança das religiões excluindo a mulher. No budismo, a prática de exercícios tantra, utilizados na Yoga e nas artes marciais, é tida como uma forma de atingir a iluminação, transformando os desejos em luz diamante. Já a prática exagerada do sexo traz desequilíbrios emocionais e físicos pelo gasto da energia vital (chi).

O que separa a energia masculina da feminina é apenas a matriz utilizada, física e emocionalmente. Cada ser humano tem dentro de si as duas forças Yin e Yang. O que dizer do Cavalo Marinho e de outros seres da natureza, também criados pela mesma força cósmica? E dos primeiros meses do bebê na barriga da mãe onde não há sinal de gênero? Para os olhos ocidentais judaico-cristãos são chocantes as decorações de templos asiáticos onde aparecem seres em práticas sexuais. No mundo árabe-islâmico, o berço das guerras atuais, o amor não é levado em conta nos casamentos e a mulher só serve para procriar. 

A sexualidade e os padrões de ignorância

Do ponto de vista moral, a homossexualidade é condenada pelas sociedades devido à preocupação inconsciente com a procriação e ao esquecimento da lei cármica. Do ponto de vista espiritual, a homossexualidade não tem a menor importância porque é uma atividade física que não compromete a procriação. Os casos são raros e insignificantes diante das populações procriadoras. Tolerar e trazer o homossexual para a atividade produtiva é dever da sociedade porque o gay é um ser espiritual em plena ação cármica, situação que amanhã poderá ser vivida por qualquer um. Já a conexão espiritual só depende da intenção de cada um, seja qual for a opção sexual. Havendo amor não há espaço para castigo, maldições e culpas. 

A habilidade de procriar não isenta ninguém da intenção do amor nem das obrigações espirituais. Quem tem a sexualidade à flor da pele, expressa na homossexualidade ou na heterossexualidade desenfreada, pode estar vivendo o que restou de uma brecha no cumprimento da lei do amor pelo mau uso do sexo, da procriação irresponsável ou simplesmente o resultado de uma educação rígida e ignorante nesta vida. Os desequilíbrios sexuais podem ser tratados e a leitura ajuda a clarear a vista.

A falta de amor leva à falta de perspectiva na vida e ao erotismo vazio. A irresponsabilidade no amor transforma-se em dívida com espíritos no processo de encarnação na Terra. A pessoa pode ter vivido inúmeras vidas e não ter saído do mesmo ciclo vicioso porque utiliza sempre o mesmo padrão sexual para angariar poder, dinheiro, fama etc. Isso gera a necessidade de renascer inúmeras vezes até cair a ficha. Não interessa se homem ou mulher porque as genitálias são parte do corpo físico e denso. 

Pode escolher nascer gay para poder vivenciar diferentes formas de compreensão no caminho da correção do mau uso da procriação e da lei do amor em vidas passadas. Isto não impede que cresça espiritualmente e seja feliz nesta vida, ajudando ao próximo e se envolvendo em programas sociais. A energia sexual aviltada de qualquer pessoa pode ser redirecionada para o esporte, as artes, a criatividade ilimitada e o progresso da humanidade através do estudo e das pesquisas científicas. Basta ver a biografia de inventores, descobridores e gênios.

Há cidades norte-americanas que selecionam gays para atividades especiais devido a alta capacidade de criação e liderança apresentadas por alguns homossexuais. Há empresas que preferem contratar mulheres pela comprovada eficiência. Há homens felizes, de alta capacidade criativa e em harmonia com suas forças sexuais e esse equilíbrio desperta o respeito por todo ser humano. Esses não vêem o sexo como única opção de vida e nem se limitam aos dotes sexuais. 

A masculinidade não é símbolo de brutalidade e ignorância embora existam machos brutos e ignorantes. 

A feminilidade não é símbolo de incapacidade e fragilidade embora existam fêmeas incapazes de se auto-administrar. Ao contrário do que é tido como verdade por muitos seguimentos sociais, a homossexualidade não é doença apesar de muitos gays adotarem padrões doentios que acabam bloqueando a capacidade criadora e por conseqüência o equilíbrio e a felicidade. 

Cada um se relaciona com o sexo de acordo com desenvolvimento espiritual. A China e o Egito prendem e matam homossexuais. A China é berço de Kuan Yin, a Deusa da Compaixão, que no Japão é a mesma entidade masculina de Canon. O Egito que também obriga a mulher a se cobrir para esconder sua "impureza" é o mesmo da Rainha Cleópatra e do Deus Thoth, de corpo de homem, cabeça de pássaro e de sexualidade indefinida. 

Que ironia humana!

As travas que levam às trevas

É fácil observar como existem pessoas heterossexuais completamente travadas, desligadas das funções espirituais e só sabem botar filhos no mundo. Onde estão os pais das crianças e adolescentes abandonadas nas ruas, nas creches, nas instituições que não aprendem nada e acabam na marginalidade? O que dizer daqueles homens e mulheres que misturam e confundem sexualidade com sensualidade e viram produtos de mercado, sem amor, sem inteligência, sem criatividade e longe da procriação sadia? Há mulheres que travam suas energias sexuais em um pólo e passam a viver na sombra de homens tanto quanto há homens que procuram exatamente esse tipo de mulher para manipular, humilhar, maltratar, escravizar, utilizar como descarregamento de suas forças sexuais, sem saber que estão lutando contra a ignorância de suas próprias forças espirituais. 

A ignorância a respeito da força criadora da sexualidade pode levar uma pessoa rejeitada pelos pais, pela família ou por si mesma a ver nos outros a imagem daqueles que lhe rejeitaram. Homens afeminados e mulheres masculinizadas podem desenvolver o ódio por si mesmos por causa da rejeição que a sociedade lhes impõe. Essa rejeição pode ser o resultado de moldes gerados numa educação severa, punitiva, fechada em padrões religiosos antigos que fabricam mães duras, pais brutos, professores tiranos, líderes religiosos travados e todos eles colaboram para o atrofiamento da criatividade que atrasa a humanidade. 

As vítimas geralmente têm sensibilidade acima da média e prendem-se facilmente a padrões familiares tendenciosos. 

Não sabem como sair dessas garras daninhas. Nem sempre a homossexualidade e a heterossexualidade descontroladas são repetições cármicas. A educação e o autoconhecimento têm papel importante nessa direção.

Pais e educadores despreparados podem criar estereótipos negativos que a criança copia como verdadeiros, rejeita por discordar, odeia por lhe prejudicar, mas mesmo assim pode passar a vida inteira presa a essas âncoras, desperdiçando a vida sagrada que tem nas mãos. Tornam-se pessoas vulneráveis a todo tipo de dependência e falta de ambição e estima.

É preciso ter coragem, determinação, muito amor e vontade para reconhecer essas falhas e partir para a aquisição de novos padrões de vibração que cortem os elos, os laços, libertem as âncoras e o navio da vida eterna siga seu caminho no aprendizado da luz.

Brahmanismo - Bramanismo


Apesar da escassez de dados confiáveis para pesquisa, os historiadores citam a índia como berço do Bramanismo, uma das mais antigas religiões. A doutrina bramânica, nos seus primórdios, compunha-se de postulados esparsos, sem qualquer ordenação e era transmitida oralmente através de cânticos. Cerca de 14 séculos a.C., um sábio brâmane recebeu o nome de Vyasa (compilador) por seu trabalho, e ordenou adequadamente a religião brâmane. A sua fixação, entretanto, só ocorreu por ocasião do surgimento da escrita na índia, entre os séculos IX e VIII a.C.

Os ensinamentos védicos, escritos em sânscrito, passaram a constituir os Vedas ou Livros do Conhecimento Sagrado, a obra religiosa mais antiga de que se tem notícia. Rigveda, o mais conhecido dentre eles, consta de hinos de aparência simplesmente devocional, mas que encobrem o segredo da Criação. Apenas os sacerdotes e iniciados distinguiam a verdade escondida sob o véu das alegorias. 

O Bramanismo, também conhecido por Induísmo, exotericamente desenvolveu-se, sofreu modificações, foi adulterado e, com o passar dos tempos, entrou em decadência, como é usual acontecer com as religiões. A sua essência, no entanto, continua inalterada e preservada pelos Mistérios, em santuários da índia. 

A doutrina original pode ser resumida em Cinco Princípios, dos quais decorrem as demais diretrizes:

1 - Um Deus único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina). "O Ser Supremo se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal".

2 - A Natureza Eterna do Mundo "Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres saídos de Deus voltam a Ele por uma evolução constante".


3 - A Reencarnação "Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que cumpre aquecer com teus raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma? Umas vêm para nós e daqui partem, outras partem e tornam a voltar".

4 - O Carma "Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a contrair, ao morrerdes, novas ligações com outros corpos e outros mundos".

5 - O Nirvana "Estado de não desejo". O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em definitivo da roda das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As Escolas Iniciáticas demonstravam cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para atingir essa condição, o Ego precisa se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de sentimentos bons e altruístas. O Nirvana é um estado de consciência tão íntegro que toda doação é prestada naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.


As Castas

Supõe-se que não faziam parte do corpo doutrinário original. Apesar de ser um preceito bastante antigo, parece constituir um adendo incluído em remotas épocas, pela mão imperfeita do ser humano. Prega a divisão em castas como conseqüência do Carma, pela qual o indivíduo por comportamento de vidas anteriores, renasce em determinada posição social, sofrendo efeitos decorrentes dessa circunstância. Tal proposição, rejeitada pela maioria dos reformadores do bramanismo, conforma uma tese a ser discutida, demonstrando a pequenez do ser humano, razão pela qual deve ser extinta, pois existem inúmeras maneiras de a Lei ser exercida, sem o agravamento maior imposto pela sociedade. A aceitação da divisão em castas significaria o mesmo que aprovar a escravidão, já que seriam escravos apenas os que construíram, em vidas passadas, as causas que ocasionaram esse efeito. Fica exposta a tese para que cada um escolha a que mais lhe esteja de acordo.

Conforme ensinado sigilosamente nos santuários, Agni, o fogo, é o símbolo do Eterno Masculino ou Espírito Criador. Soma, o licor do sacrifício, é o símbolo do Eterno Feminino, Alma do Mundo, Substância Etérea. Em Sua união perfeita, esses dois Princípios Essenciais do Universo, essa dualidade, constituem o Ser Supremo - Zians, ou seja, Deus.

O céu, o inferno e o processo de vidas sucessivas, regulamentados pelas leis de Manu, constam do Manava-Darma-Sastra, ou Livro das Leis, com especial sistema de sanções. Nele, o inferno, denominado de Naraca, é apresentado como forma de planos, vinte e um dos quais são particularmente descritos. Para o povo, mostravam-no simbolicamente, como todas as religiões, como sendo local tenebroso de trevas e tormentos, onde o fogo que purifica,queimava os maus. O céu também é classificado em planos na doutrina secreta, e era designado por Svarga. 

Como o inferno, consiste em estados de consciência, difícil de ser compreendido mesmo pelos maiores conhecedores do assunto. Por isso, popularmente explicavam-no como um jardim de delícias, com a luz brilhando perpetuamente, onde os bons gozavam de bem-aventurança. Esses simbolismos, como todos os outros, tomados ao pé da letra, desfiguraram o verdadeiro pensamento, mostrado exclusivamente nas Escolas Iniciáticas. A massa, familiarizada apenas com as exterioridades, manteve esses conceitos desvirtuados, forma com que chegaram aos tempos de hoje, vez que a Verdade sempre permaneceu no hermetismo da doutrina. 

Outros Livros Sagrados complementam o acervo religioso da índia. 

Os Brâmanas, comentários sobre os Vedas, delineiam uma fase da modificação da primitiva doutrina. 

Os Upanixades, significando literalmente Sentar-se sob um Mestre, revelam período diverso de alteração dessa religião. Os ensinamentos neles contidos, antes de serem fixados pela escrita, eram transmitidos secreta e oralmente pelos sacerdotes que os consideravam demasiado sagrados para serem conhecidos por leigos. Posteriormente, quando transformados em Livros, continuaram reservados exclusivamente aos que tinham acesso aos Mistérios. Constituem a base da moderna filosofia hindu. Eis uma das mais poéticas pregações de Amor, contidas nos Vedas e repetidas com outras palavras em todas as religiões: "Sê, para teu inimigo, o que é a terra que recompensa com fartas colheitas o lavrador que lhe rasga o seio. Sê, para aquele que te aflige, o que é o sândalo, que perfuma o machado do lenhador que o corta".

A Grande Renovação do Bramanismo

Quando os ensinamentos védicos foram completamente esquecidos pelo povo e, em seu lugar surgiram as grandes aviltações da idéia-mãe, um iniciado com o nome de Krishna, criado por ascetas que viviam retirados junto ao Himalaia, saindo de seu isolamento, renovou a religião primitiva. 

A história de sua vida e os princípios por ele defendidos são conservados até hoje em Livros Sagrados, nos santuários do sul do Industão. Como Jesus, Krishna, acompanhado de discípulos, saiu a pregar pelas vilas e cidades, sacrificando-se para implantar a doutrina. Alguns historiadores atribuem a ele a autoria de dois Livros Sagrados da coleção religiosa da índia: Ramaiana e Maabárata. Outros, por falta de comprovação efetiva, julgaram mais prudente reputá-los como de autor desconhecido.

 Ramaiana significa As Aventuras de Rama e relata em cerca de vinte e quatro mil estâncias, as façanhas do deus Vishnu, o Preservador, quando em sua sétima encarnação apareceu como o príncipe Rama, para salvar a humanidade. Maabárata, ou A Grande História dos Irmãos, narra os acontecimentos de outra encarnação de Vishnu, como Críxena. São de difícil entendimento, expondo tanto a doutrina, quanto acontecimentos históricos do país. 

O Maabárata ficou famoso e até hoje é consultado, mesmo fora da índia, devido ao relato do 18º dia de uma batalha, durante o qual o general Arjuna discute com seu cocheiro Críxena o significado da vida e da morte. Tal narrativa é conhecida como Bhagavad-Gita, ou A Sublime Canção da Imortalidade. 

Mahatma Gandhi dizia que quando as decepções o avassalavam e não conseguia vislumbrar nenhum raio de luz, recorria ao Bhagavad-Gita, único bálsamo para suas desesperanças. Krishna, além de renovar os princípíos védicos, emprestando-lhes uma cara nova, poética e mais atualizada para a ocasião, falava aos discípulos de sua missão, aconselhando-os a guardar silêncio sobre as Verdades aprendidas com ele: "Revelei-vos os grandes segredos. Não os digais senão àqueles que os podem compreender. Sois os meus eleitos: vedes o alvo; a multidão só descortina uma ponta do caminho." Por essas palavras fica compreendido que, desde então, já os Mestres pregavam simbolicamente ao povo, reservando a poucos escolhidos os segredos dos Mistérios. As pregações populares de Jesus se assemelham muito as de Krishna. Eis apenas duas delas, para mostrar tal similaridade: "Se conviveres com os bons, teus exemplos serão inúteis; não receeis habitar entre os maus, para os reconduzir ao bem". Quando os fariseus criticavam Jesus por comer com os publicanos e pecadores, Ele disse: "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores." - "As obras inspiradas pelo amor de nossos semelhantes, são as que mais pesarão na balança celeste." Esta máxima representa o "Amai-vos uns aos outros", de Jesus. 

Todos os ensinamentos de Krishna traduzem nada mais do que os fundamentos védicos, e ponderados e meditados, podem trazer luz à alma, permitindo ao homem encontrar o caminho adequado para seu crescimento espiritual. Krishna forneceu a resposta mais sábia à pergunta constante e milenar dos que reclamam a elucidação da Essência e dos Desígnios de Deus: "Só o Infinito pode compreender o Infinito. Somente Deus pode compreender Deus". Selando sua Obra com o próprio sangue, deixou a Terra, legando à índia a mais bela e verídica concepção do Universo e da Vida. Nesse ideal superior ela se manteve durante milhares de anos.

Fonte: www.cacp.org.br/seitasorientais.htm

A Cabala e os Anjos

Um texto breve, que explica qual a influência da Cabala na descoberta dos nomes, número e hierarquia dos Anjos de Deus.

O povo judeu, ao longo de sua existência, sofreu continuas perseguições e exílios.
Desde o período bíblico, com os cativeiros no Egito e na Babilônia até sua execução em massa na Alemanha nazista, sua expulsão da Espanha e da Inglaterra, entre tantos outros acontecimentos, sempre se mantiveram unidos como um povo, mantendo intactas sua cultura e sua língua.
Para isso, valiam-se da Cabala, que condensa seus ensinamentos religiosos e, ao mesmo tempo, protege-os da extinção, pois é tão complexa e de difícil interpretação que poucos a ela têm acesso.

A palavra Cabala vem de uma raiz hebraica KBL, ou receber e, segundo consta, surgiu no primeiro século depois de Cristo. Seus livros mais importantes são o Zohar, ou Livro do Esplendor, o Livro da Criação e o Livro da Imagem.

A correta interpretação desses textos revelaria o mapa a ser trilhado pelas almas para percorrer esse caminho de volta ao seu Criador.



Através da numerologia, que se vale dos algarismos de 1 a 9, muitas revelações vão surgindo aos olhos do iniciado e dos poucos que tem o privilégio de compreenderem suas mensagens ocultas.

De qualquer forma, preciosas informações já foram assimiladas pelos estudiosos do assunto, fornecendo regras para o entendimento, ainda que precário, da relação dos homens com os Anjos e de como ter acesso a estes.

Angelólogos se debruçaram sobre isso ao longo dos séculos, chegando às informações que, hoje, já se encontram consolidadas e à disposição de quem delas queira fazer uso.

Para descobrirem os nomes dos Príncipes e dos Anjos de cada uma das falanges, os cabalistas partiram de um número inicial, o 72, que nada mais é que o resultado da inscrição do nome de Deus, Ieve ou Jehovah, dentro de um triângulo considerado sagrado e chamado de Tetragramaton, com a seguinte configuração:

I

I E

I E V

I E V E

Nesse triângulo, o I eqüivale a 10, porque corresponde a YOD, décimo caracter do alfabeto hebraico, que simboliza tempo, espaço, ciclos de existência, tudo que nasce, cresce, se reproduz e desaparece. O E eqüivale a HE, equivalente a 5, significando a dualidade do ser diante da natureza e do universo. O V corresponde a VAU, equivalente a 6, simbolizando a presença do espírito. Aplicando isso às letras do Tetragramaton, temos:

10

10 + 5

10 + 5 + 6

l0 + 5 + 6 + 5

Efetuando-se essa soma, obtém-se o 72, que foi a base inicial para a descoberta dos nomes dos Anjos.

Esse número aparece, também, em outras passagens bíblicas.
72 nações e línguas se originaram da intervenção de Deus na Torre de Babel.

Em todas essas línguas, o nome de Deus sempre foi escrito com 4 letras.
Eram 72 os anciãos das sinagogas e são 72 também o número de quinários, graus ou dias, do ano cabalístico, que se inicia em 20 de março, no signo de Áries. A partir desse número, os cabalistas descobriram que os versículos 19, 20 e 21 do Capítulo 14 do Êxodo, tinha cada um deles 72 caracteres hebraicos. Na tradução de João Ferreira de Almeida, são os esses os versículos citados:

(Ex 14:19)
"E o anjo de Deus, que ia diante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles."

(Ex 14:20)
"E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro."

(Ex 14:21) 
"Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se seco e as águas foram partidas."

Para chegar a esses nomes, os versículos foram dispostos paralelamente e os primeiros caracteres da esquerda dos versículos 19 e 21 foram ligadas ao primeiro letra da direita do versículo 20.

Aos três caracteres resultantes foram acrescentados a terminação HE ou VAU, extraídas do sagrado nome de Deus.

Feito isso, o processo é repetido com os segundos caracteres, até completar todos os setenta e dois.

Reduzindo-se numerológica e cabalisticamente o número 72, temos 7 +2= 9.

Nove foram, portanto, as falanges, cada qual com 8 Anjos, mais um Príncipe comandante, assim como nove eram os planetas do ano cabalístico.

Desse conhecimento surgiram os nomes dos Príncipes, totalizando 81 Anjos, cuja redução numerológica e cabalística também resulta em 9, como toda a hierarquia angelical, diga-se de passagem.