Terreiro Viva Deus | |
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Tipo | templo |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Cachoeira |
País | Brasil |
Asepo Eran Opé Oluwá, Terreiro Viva Deus[1], Axé de Zé do Vapor, é um terreiro de Candomblé originalmente de tradição Nagô-Vodun, Está localizado na cidade de Cachoeira, Bahia. Foi inaugurado em 23 de junho de 1911, completando mais de 100 anos de atividades ininterruptas.
Embora pouco conhecido pela adeptos do Candomblé no eixo Salvador-Rio de Janeiro-São Paulo, tem o reconhecimento de sua importância do contexto afro-religioso em território baiano, sedimentado nas páginas de diversos livros como, por exemplo, "Gaiaku Luíza e a trajetória do Jeji-Mahi na Bahia", de Marcos Carvalho; "Nagô. A nação de ancestrais itinerantes", de Vilson Caetano de Souza Junior; “A Formação do Candomblé. História e ritual da Nação Jeje na Bahia”, PARÉS, Luís Nicolau e, finalmente "O Poder do candomblés. Perseguição e resistência no Recôncavo da Bahia", de Edmar Ferreira Santos. Seu fundador, José Domingos de Santana – “Zé do Vapor”, foi contemporâneo de figuras ilustres do candomblé Cachoeirano do século passado. No exemplar “Gaiku Luíza”, de autoria do pesquisador e religioso Marcos Antônio Lopes de Carvalho (Mejitó Marcos de Bessen), lançado pela Editora Pallas encontramos um depoimento dessa adorável religiosa, relatando detalhes do Axé de “Zé do Vapor” e de seu fundador:
“... fomos vizinhos de um pai-de-santo chamado Zé-do-Vapor. O terreiro dele era nagô, se chamava Terreiro Viva Deus, e ficava em Terra Vermelha. ....” pág 74
Outra obra que cita o fundador dessa comunidade de Axé é “A Formação do Candomblé. História e ritual da Nação Jeje na Bahia”, PARÉS, Luís Nicolau, Editora UNICAMP. O autor transcreve depoimentos que dão conta da importante figura que representava Zé do Vapor no contexto religioso Cachoeirano da época: “Nos subúrbios de Cachoeira, no caminho de Terra Vermelha, José de Vapor, neto de escravos nagôs, fundou o Terreiro Viva Deus”. pág 197 , “... Zé de Vapor da Terra Vermelha (....). Ele tinha um filho de santo chamado Edgar de Oya que era muito considerado na Roça do Ventura (...)”. pág 218