Manoel Philomeno de Miranda
Manoel Philomeno de Miranda, segundo a ortografia vigente Manuel Filomeno de Miranda, (Conde- BA, 14 de novembro de 1876 — Salvador-BA, 14 de julho de 1942) foi um destacado colaborador[1] espírita brasileiro. A partir da década de 1970, o seu nome foi adotado em psicografias, através da mediunidade de Divaldo Franco.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Manoel Philomeno de Miranda, diplomou-se pela Escola Municipal da Bahia,[2] hoje Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, colando grau na turma de 1910, como Bacharel em Comércio e Fazenda.[3] Exerceu sua profissão com muita probidade, sendo um exemplo de operosidade no campo profissional. Ajudava sempre aqueles que o procuravam, pudessem ou não retribuir os seus serviços. Tomou conhecimento da Doutrina Espírita em 1914 através do médium Saturnino Favila. Na mesma época, conheceu o conceituado espírita baiano José Petitinga, passando a frequentar a União Espírita Baiana (atual Federação Espírita do Estado da Bahia), fundada em 1915.
Presidia as reuniões mediúnicas e os trabalhos do Grupo Fraternidade, e a partir de 1921 passou a integrar a Diretoria da UEB. Sucedeu a José Petitinga na Presidência da União Espírita Baiana, função que exerceu até desencarnar. Durante esse longo período Miranda foi um baluarte do Espiritismo. Onde estivesse, aí estaria a doutrina e sua propaganda exercida com proficiência de um abnegado. Delicado no trato, mas heróico na luta.
Livros de sua autoria[editar | editar código-fonte]
Em defesa da doutrina, publicou diversas obras sob pseudônimo, entre as quais:
- Resenha do Espiritismo na Bahia;
- Excertos que justificam o Espiritismo; e
- Porque sou Espírita (opúsculo em resposta ao então Padre Huberto Rohden);
O espírito Manoel Philomeno[editar | editar código-fonte]
Em 1950 o médium Francisco Cândido Xavier psicografou para Divaldo Pereira Franco uma mensagem assinada pelo espírito de Manoel Philomeno,[4] mas somente em 1970 é que esta entidade se apresentou a Divaldo como um trabalhador atuante na área da desobsessão quando em vida, e que teria prosseguido nesses estudos, após a morte física.
Teve início, desse modo, uma parceria mediúnica que trouxe a público diversas obras enfocando o tema "obsessão", visando auxiliar o seu entendimento e oferecer suporte aos trabalhos mediúnicos nessa área desenvolvidos pelos Centros Espíritas no Brasil.
Livros psicografados[editar | editar código-fonte]
As obras de Manoel Philomeno, psicografados pela mediunidade de Divaldo Franco, têm sido publicados pela Federação Espírita Brasileira e pela Editora Leal, de Salvador. Entre os principais títulos, destacam-se:
- Nos Bastidores da Obsessão 1970 FEB
- Grilhões Partidos 1974 LEAL
- Tramas do destino 1976 FEB
- Nas Fronteiras da Loucura 1982 LEAL
- Painéis de Obsessão 1984 LEAL
- Loucura e Obsessão 1988 FEB
- Temas da Vida e da Morte 1996 FEB%
- Trilhas da Libertação 1996 FEB
- Tormentos da Obsessão 2001 LEAL
- Sexo e Obsessão 2003 LEAL
- Entre os Dois Mundos 2006 LEAL
- Reencontro com a Vida 2006 LEAL
- Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos 2009 LEAL
- Transição Planetária 2010 LEAL
- Mediunidade: Desafios e Bençãos 2012 LEAL
- Amanhecer de Uma Nova Era 2012 LEAL
- Perturbações Espirituais 2015 LEAL
Em Amanhecer de uma Nova Era, penúltima obra, o autor enfoca a transição do Planeta Terra (de Mundo de Expiação e Provas para Mundo de Regeneração). Trata-se da continuação do livro Transição Planetária; Perturbações Espirituais, a última obra, de alguma forma faz parte da série que inicia com o Transição Planetária e o Amanhecer de uma Nova Era, abordando os desafios modernos em forma de obsessões coletivas e individuais, especialmente nas Sociedades Espíritas sérias dedicadas à renovação da sociedade, bem como nos grupamentos humanos que se dedicam ao progresso e à felicidade das criaturas.