COMO ENTRAR EM UM CEMITÉRIO ?
Como têm muitas pessoas que costumam visitar o túmulo de seus familiares, este é um tema que gerou muitas dúvidas e portanto vou falar um pouco sobre ele seguindo os fundamentos da Umbanda.
Como costumo sempre dizer, cada Casa tem sua doutrina e forma de trabalhar, de orientar seus filhos.
Independe se vamos para um enterro ou para fazer alguma oferenda ou obrigação dentro do Cemitério, procuramos estar sempre com roupas claras.
Vou em um velório de branco?
Minha resposta é SIM, nós Umbandistas usamos o branco ao invés do preto que é mais comum entre as pessoas em sinal de luto, mais por que o branco?
O branco estabelece o equilíbrio e a harmonia entre o corpo, a mente e as emoções.
Quando pisar na calçada do cemitério já estaremos nos domínios de Ogum de Ronda e Ogum Megê, devemos pedir a licença e saudá-los, estamos no domínio deles.
Chegando no portão de entrada do cemitério, faça a saudação a Obaluaê e aos nossos Guardiões, pedir a licença para que possa entrar neste campo sagrado de domínio deles.
Não esquecer de saudar as Almas ao passar pelo Cruzeiro, uns do lado de dentro outros do lado de fora do cemitério.
Faça suas obrigações e no momento da saída, repita o mesmo procedimento, porém de forma contrária, primeiro fazendo a saudação e pedindo permissão para sair aos Guardiões e a Obaluaê, no portão de saída peça a licença para sair pelo lado sagrado da criação e ao pisar na calçada faça saudação a Ogum Megê e Ogum de Ronda, peça a eles a proteção daquele local até a chegada na tua casa.
Sempre entramos e saímos com pé direito, porém na saída sempre de costas e com três passos para trás.
No meu aprendizado, se o cemitério tem mais de um portão de acesso, o ideal seria entrar por um portão e sair pelo outro.
Não devemos entrar com os calçados que pisamos no cemitério dentro de casa, tira-los na porta de casa e entrar descalços.
Importante ressaltar que, independente do que for fazer dentro do cemitério, não é recomendado ficar olhando para os túmulos e lendo os nomes dos desencarnados, muitos menos fixar-se nas fotos que estiverem nas catacumbas, pois isso pode estimular acompanhamentos e obsessões.
Axé a todos!
Alexandre Mariano