Vamos descobrir?
Hoje é muito comum ouvir, Òrìṣà é ancestralidade, Ẹgbẹ́ ọ̀run é ancestralidade e por aí vai...
Importante entender que Òrìṣà não é ancestralidade, Òrìṣà são seres espirituais criados pelo próprio Olódùmarè (Deus) que tiveram reencarnações humanas para transmitir sabedoria aos humanos.
Ẹgbẹ́ ọ̀run, sociedade (grupo) do plano espiritual não são nossos ancestrais, são companheiros espirituais, espíritos que interagiram com o nosso espírito antes da nossa chegada ao ayé.
Então quem são nossos ancestrais, ou, antepassados?
Simples, todos da nossa linhagem familiar sanguínea que viveram aqui no mundo antes de nós, os chamados òkú ọ̀run, que são cultuados normalmente nos seus túmulos, ou em um local com terra demarcado com um pó sagrado.
Os òkú ọ̀run, também podem ser cultuados através de cultos à algumas forças espirituais que estão relacionadas a ancestralidade, como o culto de Egúngún, Gẹ̀lẹ̀dẹ́, Orò e alguns outros bem conhecidos na terra Yorùbá.
A finalidade de cultuar os nossos ancestrais veneráveis, é justamente nos socorrer da sabedoria e experiência que eles possuíam em vida e também depois do regresso deles ao ọ̀run.
Para os Yorùbá, os espíritos dos ancestrais gostam de continuar auxiliando seus descendentes aqui na terra, cabe a nós sempre estarmos dispostos e disponíveis a cultuar os mesmos.
Cuidar dos ancestrais é algo diário, lembrar dos que amamos e já se foram e honrar o nome e o sobrenome que carregamos também é uma ótima maneira de manter a memória dos ancestrais vivos e de deixar os mesmos sempre alegres.
Se você se perder do seu ancestral, se perderá de você, se olhe no espelho, lembre quem é você e lembre dos que lhe trouxeram até aqui.
Um ancestral que tem filho na terra, não dorme.
Uma criança que tem ancestral no ọ̀run, jamais estará desprotegida.