sexta-feira, 21 de julho de 2023

HISTÓRIA DA POMBO-GIRA MARIA QUITÉRIA A Pombo Gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda.

 HISTÓRIA DA POMBO-GIRA MARIA QUITÉRIA
A Pombo Gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda. 


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HISTÓRIA DA POMBO-GIRA MARIA QUITÉRIA
A Pombo Gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda. Com um jeito peculiar, guerreira, forte, ela chama atenção por onde passa deixando sempre saudades quando parte.
Maria Quitéria atua na mesma legião da Pombo Gira Maria Padilha, e é normal uma médium bem preparada em seu desenvolvimento mediúnico, que tenha dona Maria Padilha na coroa e ter também a bela senhora Maria Quitéria.
Dona Maria Quitéria, é uma entidade muito forte, e sendo assim ela comanda uma enorme falange de mulheres, entre tantas se destaca Maria Navalha, que é sua subordinada direta. Maria Quitéria em terreiros bem firmes, sem mistificação e com médium preparado é acompanhada por sete Exus, Exus esses que formam uma legião de trabalho e proteção onde Dona Maria Quitéria for e estiver.
Essa vela entidade se apresenta sempre sem rodeios quando bem incorporada, porém se notar que seu médium não esteja tão preparado, ela simplesmente se vai, por não aceitar que seu trabalho seja prejudicado.
História de Maria Quitéria
- A história dessa Pombo Gira maravilhosa teve inicio na cidade de Lisboa em Portugal, em meados do século 19, quando nascia uma bela menina de olhos negros e penetrantes na casa de uma família economicamente abastada.
Seu nascimento fora uma festa para a família, pois sua mãe, uma jovem portuguesa, após alguns anos de matrimônio com um militar brasileiro, não conseguia realizar se um grande sonho, que era de ter um filho de seu amado. Após as esperanças se findarem, veio a grande surpresa, uma gravidez, gravidez essa que foi a grande felicidade de todos.
E então chegou o tão esperado dia, o nascimento de uma criança que já era tão amada e guardada.
O primeiro choro emocionou a todos, a jovem portuguesa, em lagrimas abraça o esposo e mostra a bela menina de pele não muito clara. Uma pequena princesa, que teve como nome a Tradicional Maria, para seguir a tradição familiar e o composto de Quitéria, pois a mãe da menina era muito devota e extremamente agradecida a Santa Quitéria.
Sete anos se passaram, a menina Maria Quitéria era muito esperta e falante, e assim criava muitas amizades com todos da região. Nessa época o Rei de Portugal estipulou uma lei na qual eram tomada a coroa e terras que mesmo produtivas viraram propriedades do poder, deixando os trabalhadores rurais sem ter onde morar e o que comer, E assim foi nascendo grandes revoluções e invasões em torno da região.
Em uma dessas invasões alguns malfeitores se entraram em meio dos trabalhadores rurais, e assim aproveitando a confusão, assaltavam as casas das pessoas que residiam na cidade, e faziam isso com extrema covardia, chegando a assassinar moradores inocentes.
E uma dessas casas foi a da pequena Maria Quitéria, que ao ver a invasão na casa de seus pais ficou desesperada, pois os assassinos já tinham alcançado os mesmos. Uma serviçal da residência ao notar o acontecido pegou a menina pela mão e saiu escondida pela parte de trás da casa, indo se esconder por entre as arvores que ficavam em um pomar.
E uma dessas casas foi a da pequena Maria Quitéria, que ao ver a invasão na casa de seus pais ficou desesperada, pois os assassinos já tinham alcançado os mesmos. Uma serviçal da residência ao notar o acontecido pegou a menina pela mão e saiu escondida pela parte de trás da casa, indo se esconder por entre as arvores que ficavam em um pomar.
Ficaram ali por horas escondidas, enquanto dentro da residência os malfeitores roubavam tudo, agrediam os pais de Maria Quitéria e os serviçais. Diante de uma fúria incontrolável esses larápios atacaram a todos que ali estavam com punhais pontiagudos, assassinando a todos e sem o menor arrependimento, os sanguinários atearam fogo por toda a casa queimando os corpos, até mesmo os que ainda não tinham desencarnado, sobre os olhos mareados de lágrimas da pequena Maria Quitéria que observava tudo.Os assassinos saíram apressadamente e sem olhar para trás deixaram aquela grande dor no coração da menina.Sem ter aonde ir, a serviçal levou a menina a um acampamento de Ciganos, implorando ajuda e explicando o que havia acontecido. Pedia ela que os Ciganos tomassem conta da pequena criança, pois não tinha condições de ficar com a menina.Sem ter aonde ir, a serviçal levou a menina a um acampamento de Ciganos, implorando ajuda e explicando o que havia acontecido. Pedia ela que os Ciganos tomassem conta da pequena criança, pois não tinha condições de ficar com a menina.O Povo Cigano tinha na alma a caridade extrema, e acolheram a menina como se fosse uma deles. E ali ficou dez anos, viajando de cidade a cidade em Portugal como uma verdadeira nômade, até que por questões do Rei, começaram perseguições implacáveis sobre os Povos Ciganos, fazendo assim com que o grupo no qual se encontrava Maria Quitéria, partisse para o Brasil.
E foi assim que Maria Quitéria veio para o Brasil, já uma jovem, linda, guerreira, sabendo as magias cigana
O tempo foi se passando e decida de em cidade, agora no Brasil. Maria foi tendo novas experiências, até que um belo dia o chefe do Clã Cigano na qual ela fazia parte decidiu retornar a Portugal, porém a jovem estava decidida a ficar, e assim houve a despedida dela daquele tão generoso Povo Cigano que a acolheu com tanto carinho e dedicação.
Ela então se tornou uma nômade solitária, como uma andarilha buscava lugares para pernoitar, e assim foi conhecendo muitas pessoas e tendo novas experiências. Entre essas pessoas ela passou por meio de grandes fazendeiros, de prostituas, de malandros, pessoas do bem e do mal, e a todas, ela buscava demonstrar palavras de auxilio, de luz, de caridade. Auxiliou diversas pessoas com o que aprendera com os Ciganos, trouxe paz aos desesperados, comida aos famintos, água aos sedentos, luz aos que se encontravam na escuridão.
Por viver nas ruas ela aprender a se defender e defender seus semelhantes, e tinha nessa colocação a sua dádiva de vida.E em um fato assim Maria Quitéria teve seu desencarne já com seus trinta anos, pois em uma das suas andanças pelas noites e sem destino, encontrou uma jovem prostitua desesperada a correr e chorando muito, vendo esse fato logo se pôs a tentar ajuda-la.
Á jovem esclarece que está sendo perseguida por covardes homens na qual ela não aceitou ceder a proposta que lhe fizeram, e com a negativa eles decidiram mata-la. E nesse momento chefa a frente delas um homem forte e com olhar covarde gritando que ela deveria o acompanhar, e a jovem em negativa se esconde atrás de Maria Quitéria, que toma a frente da situação, tirando de sua saia um punhal afiado. O homem avançava sobre as duas e nesse momento Maria Quitéria o ataca acertando o punhal na barriga, fazendo um grande e profundo corte. Ele cai, e as duas correm pela escuridão.
Nesse momento chega até o homem os outros que também estavam perseguindo a jovem prostituta, e ao vê-lo ao chão ferido e desacordado, ficam sem entender