ALTAR OU CONGÁ EM CASA, PODE?
ALTAR OU CONGÁ EM CASA, PODE?
Quando se pensa se fazer um altar em casa, sendo umbandista, não é necessário requintes, pois muitas vezes não há sequer espaço suficiente, ou nem todas as pessoas da família aprovam. Mas é importante haver um local onde se possa refletir e orar, e este local se transformará em um ponto de Força e conexão com as esferas espirituais às quais somos ligados. O conga ou altar caseiro irá funcionar como um portal, que irradia as energias positivas, e deve estar sempre arrumado e “nutrido” com a água que abençoa e dilui as energias deletérias, e com a vela, que carreia a luz que nos coloca em contato com os Orixás. Devemos ter sempre uma vela acesa ao nosso Anjo da Guarda, acompanhado de um simples copo com água pura, e se possível, outros copos com água e velas para nossos guias. Quem sentir a intuição, pode também colocar imagens dos Orixás, que de acordo com a casa que frequenta, devem ser firmadas pelo chefe espiritual da mesma, e pedras, que são poderosos veículos de imantação gerando segurança e saúde para toda a família. Não deve ser um local para se colocar pensamentos de mágoa, inveja e vingança, mas sim onde se busca a Paz e a resposta para os problemas do dia a dia, como o trabalho, as relações e o autoencontro. Ainda pode se colocar o copo de água e a vela para nossos queridos benfeitores, os pais velhos, de nossa coroa, que vão iluminar e trazer refrigério em nossas preocupações e necessidades. Para nossos amigos caboclos e boiadeiros, pode-se colocar um recipiente com água , onde se imergem os olhos de boi e olhos de caboclo, geralmente em número de três. Também pode-se adicionar os cristais de quartzo para os Ciganos e o Povo do Oriente nos darem sua Luz e sua Sabedoria. Há que se ter cautela ao acender as velas, pois elas irão se conectar aos nossos pensamentos, que devem estar puros e livres de pensamentos de discórdia. Qualquer ritual deve ser feito com reverência e respeito, e não transformá-los em mais uma rotina de nossos dias, nunca caberá automatismos e sim uma verdadeira conexão, se buscamos entrar em contato com as forças Invisíveis e poderosas que nos conduzem em Segurança por esta terra tão cheia de armadilhas e provas. Cada iniciado da umbanda, deve seguir os preceitos do terreiro que frequenta, e respeitar seus fundamentos, perguntando ao chefe da casa como se conduzir, sempre que houver dúvidas, e acima de tudo, acreditar que se constrói em casa um ponto de firmeza e conexão com a grande egrégora protetora e abençoada a que faz parte. Sem ostentação, e com muita Fé e Esperança, poderemos dia a dia, nos aproximarmos dos Mentores, Mestres e Avatares, que guiarão e aconselharão nossas melhores condutas, nossas respostas mais certas e a sabedoria necessária para vencermos os desafios que com certeza encontraremos a cada passo. A travessia não é nada fácil, lágrimas e esforço, sempre existirão, mas sabemos também do grande bem estar e emancipação do nosso espírito que nos traz estarmos conectados com o mundo espiritual, sem necessidade de sermos sisudos ou moralistas, mas sim leves e fluidos, atravessando os dias com maior utilidade e empreendimentos. Que seja o altar mais singelo, mas que ali o alimento seja o Amor, a Paz e interligação com os melhores sentimentos e atitudes que possamos cumprir. Que cada um tenha as melhores intuições, e as intenções mais elevadas ao confeccionar seu altar caseiro, e usufrua das Bênçãos e Proteção que ele pode trazer em suas vidas.
Saravá a todos, e que as Sete Linhas Sagradas da Umbanda imantem os melhore fluídos em seu recanto sagrado.
Fonte: Alex de Oxóssi
Foto: Templo de Umbanda e Quimbanda Ogum 7espadas e Rainha do Mar