quinta-feira, 26 de abril de 2018

ESPIRITISMO E FEITIÇARIA Parte 01

O ASSUNTO FEITIÇARIA NÃO FOI CONVENIENTEMENTE ESTUDADO
Há espíritas que não acreditam na possibilidade da existência dos conjuros, ou trabalhos feitos, como é
conhecida a Feitiçaria. Mas, um estudo cuidadoso do Livro dos Espíritos, e de algumas citações feitas por
Allan Kardec na Revista Espírita, mostra que essas manobras mediúnicas, com a finalidade de prejudicar o
próximo, são perfeitamente possíveis.
SERÁ QUE A FEITIÇARIA EXISTE MESMO?
OU A CRENÇA NA SUA EXISTÊNCIA SERIA PRODUTO DA IGNORÂNCIA OU SUPERSTIÇÃO?
Estas perguntas vem sendo feitas com frequência por quem participa dos trabalhos práticos de
Espiritismo, sem que se possa encontrar respostas convincentes.
No Livro dos Espíritos há algumas questões que tratam sobre o assunto:
• Pactos temos as questões 549 e 550
• Poder oculto, Talismãs e Feiticeiros temos as questões 551, 552, 553, 553a, 554, 555 e 556
• Bênçãos e maldições temos a questão 557
PACTOS
Questão 549 – Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com os maus Espíritos?
Resposta – “Não há pacto com os maus Espíritos. Há, porém, naturezas más que simpatizam com os
maus Espíritos e pedem a eles que pratiquem o mal, ficando então obrigados a servir depois a esses
Espíritos porque estes também precisam do seu auxílio. Nisto apenas é que consiste o pacto. Por exemplo:
queres atormentar o teu vizinho e não sabes como fazê-lo; chamas então os Espíritos inferiores que, como
tu, só querem o mal; e para te ajudar querem também que os sirva com seus maus desígnios. Mas disso
não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria
vontade”.
No trecho citado, o Espírito de Verdade demonstra de maneira muito clara que é possível uma criatura
evocar maus Espíritos para ajudá-la a causar mal a uma outra pessoa. Não há pactos, há formação de
vínculos de simpatia. É a Lei da Sintonia.
A resposta esclarece ainda, que este ato pode ser realizado por uma sequência de procedimentos
conhecidos como conjuração (Questão 553-a). Vai mais longe dizendo que a pessoa atingida pelo
malefício, poderá se livrar dele, por uma vontade poderosa ou por uma conjuração contrária àquela que foi
usada para fazê-lo. Um desconjuro, que nos terreiros de Umbanda se chama: desmanche.
FAZER O MAL COM O AUXÍLIO DE ESPÍRITO MAU
Na questão 551, pergunta-se ao Espírito de Verdade, se alguém poderia fazer mal ao seu próximo, com
auxílio de um Espírito mau que lhe fosse devotado.
A resposta do Consolador é taxativa: Não, Deus não o permitiria. Aparentemente parece encerrar a
questão. Entretanto, continuando o estudo vemos que ainda temos muito a aprender.
SÓ SE PROÍBE O QUE É POSSÍVEL ACONTECER
Recordando as bases nas quais se assentam os argumentos a favor da Doutrina, lembramos da
conhecida citação de Moisés, em que ele proibia o contato com os mortos. O legislador hebreu somente
proibiria algo que fosse possível acontecer; depondo assim a favor da comunicabilidade dos Espíritos.
As palavras do Consolador em relação à possibilidade de alguém valer-se de um Espírito inferior para
fazer mal ao seu próximo é uma situação semelhante. Deus só não permitiria, uma coisa que fosse
possível acontecer, o que por si mesmo, testifica a possibilidade da ocorrência do fenômeno obsessivo.
ESTUDEMOS CUIDADOSAMENTE A SITUAÇÃO
Quando o Espírito de Verdade responde que Deus não o permitiria, parece se contradizer, pois há duas
questões atrás, na 549, Ele disse que o conjuro é possível, e até demonstra como é que uma vítima pode
se livrar dele. Aqui, na 551 diz que Deus não o permitiria. Ora; se Deus não o permitiria não haveria
necessidade, nem razão, para Ele (O Espírito de Verdade), explicar lá atrás, as formas de libertação do
conjuro. Certamente tem alguma coisa a mais no ensinamento que passou despercebida. Procuremos!
Examinando os textos das perguntas seguintes, vamos encontrar a resposta a nossas dúvidas. Na
questão 557, a Verdade explica: “Deus não ouve uma maldição injusta”, Isso quer dizer que permite uma
maldição justa, ou seja, quando o indivíduo de alguma forma, ou por alguma razão, mereça aquele mal.
E elucida ainda: “… esta não fere o amaldiçoado se ele não for mau, e sua proteção não cobre aquele
que não a mereça”. Isto tudo na verdade é uma questão de sintonia, pessoas boas não sintonizam
seus pensamentos e sentimentos com energias densas e negativas e dessa forma se protegem.
Entende-se, pois, que o Espírito de Verdade não entrou em contradição, como se poderia pensar a
princípio. O Livro dos Espíritos é que precisa ser estudado com mais atenção.
O FEITIÇO
O DESCONHECIMENTO SOBRE O FEITIÇO
Em geral, as mentes comuns, pela sua ignorância ou pelo habitual descontrole mental e emotivo, são as
responsáveis pelo enfeitiçamento verbal, mental e físico, que ainda se manifesta na face da Terra.
O desconhecimento ou a descrença do feitiço não vos livra dos seus resultados ignóbeis e funestos,
ainda praticados por quase toda humanidade!
Aqui o cidadão comodista convoca o feitiço para expulsar certa família do apartamento que lhe foi
prometido; ali a noiva ou o noivo que rompeu o compromisso matrimonial, há de sofrer no leito o
embruxamento requerido pela outra parte frustrada; acolá o feitiço é feito até para se vingar o vizinho que
não prende a cabra daninha.
A BRUXARIA DEVERIA SER ESTUDADA COM CLAREZA
Não podemos fazer como o avestruz, que diante de qualquer perigo enfia a cabeça na areia!
A bruxaria é assunto a ser examinado e pesquisado com toda isenção de ânimo, sem qualquer
preconceito religioso, científico ou moral decorrentes de convenções e sentimentalismos humanos.
O correto é que os fenômenos provocados pela bruxaria fossem estudados para que pudessem ser
comprovados ou desmentidos. Porém a bruxaria não poderá ser investigada sob as mesmas fórmulas que
regem os fenômenos do mundo material, pois ela se disciplina por leis vigentes nos planos transcendentais,
só conhecidos dos magos e feiticeiros.
QUAL É O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE FEITIÇO?
Atualmente feitiço, sortilégio, bruxaria e enfeitiçamento significam operação de “magia negra” destinada
a prejudicar alguém. Antigamente, a palavra feitiço ou sortilégio expressava tão-somente a operação de
encantamento, ou no sentido benéfico de “acumular forças” em objetos, aves, animais e seres humanos.
Daí o feitiço significar, outrora a confecção de amuletos, talismãs e orações de “corpo fechado”, cuja
finalidade principal era proteger o indivíduo.
Logo surgiram magias, beberagens misteriosas e amuletos com irradiações nocivas, com finalidades
vingativas, a palavra feitiço, que definia “arte de encantar” a serviço do bem, passou a indicar um processo
destrutivo ou de feitiçaria! Agora, feitiço é o processo de evocar forças do mundo oculto para catalisar
objetos, que depois irradiam energias maléficas em direção às pessoas visadas pelos feiticeiros.
O ENFEITIÇAMENTO DE OBJETOS
OS OBJETOS PODEM IMPREGNAR-SE DE ENERGIAS
No livro “Nos domínios da Mediunidade Cap.26”, André Luiz trata da psicometria, que designa-se como a
faculdade de ler as impressões energéticas dos objetos. Demonstrando dessa forma que os objetos podem
ficar impregnados de energias.
Os objetos materiais utilizados para firmar a feitiçaria são apenas os “núcleos” de energia condensada
ou congelada, conforme considerou Einstein, sobre a verdadeira natureza da matéria.
Eles dinamizam a energia ou o eletronismo contido na intimidade dos mesmos, produzindo as
combinações fluídicas que depois se projetam funestamente através dos endereços vibratórios.
COMO O FEITICEIRO PREPARA OS OBJETOS DO ENFEITIÇAMENTO?
Estes funcionam como “acumuladores” e “condensadores” de forças, obedientes a vontade
experimentada dos feiticeiros, que transformavam os objetos em fontes catalisadoras de fluidos benfeitores
ou maléficos. Mas o êxito da bruxaria também depende da cooperação eficiente dos espíritos
desencarnados e comparsas do feiticeiro, os quais se encarregam de desmaterializar os objetos em
questão, transportando as matrizes ou duplos etéricos para serem materializados nos travesseiros, colchões
ou locais onde as vítimas permanecem frequentemente.
O QUE DEVEMOS ENTENDER POR ENDEREÇO VIBRATÓRIO
O “endereço vibratório” é o objeto ou coisa pertencente à vítima, e que o feiticeiro ajusta ao seu trabalho
catalisador de bruxaria. Serve de orientação para a carga maléfica tal qual os policiais fazem o cão de caça
cheirar um lenço ou algo fugitivo, do qual estão no encalço.
Ademais, as coisas impregnam-se das emanações dos seus possuidores, por cujo motivo devem servir
de “endereço vibratório” para as operações de magia à distância, conforme é de uso e necessidade a
bruxaria. Quanto aos efeitos atemorizantes que atuam sobre as vítimas enfeitiçadas, os feiticeiros os
conseguem através da “projeção“ de fluidos agressivos e enfermiços, que desdobram nos campos
eletrônicos dos objetos preparados sob o ritual de abaixamento vibratório.
OS RITUAIS SÃO UMA SUCESSÃO DE FASES
Na sua tarefa de enfeitiçar objetos, para atingir o climax proveitoso, o feiticeiro precisa seguir um ritual
gradativo e progressivo no seu trabalho, obedecendo as fases e as leis já consagradas e conhecidas
naquele processo. O ritual de enfeitiçamento, em sucessiva ordem processual, determina que o seu
operador primeiramente faça a atração das forças a serem mobilizadas na bruxaria; depois dessa fase
preliminar, então deve condensá-las nos objetos; em seguida gradativamente, dinamiza-as ou eletrizá-las, e
finalmente projetar as energias em direção à vítima escolhida para a carga enfermiça.
AÇÃO DOS OBJETOS ENFEITIÇADOS NO CAMPO PSÍQUICO
O campo magnético, à superfície dos corpos físicos, é rico de radiações, ou seja, partículas magnéticas
que se desagregam continuamente de todas as expressões da vida material.
Visto que se as criaturas humanas são também “energias condensadas”, elas então alimenta em campo
radioativo em torno de si, e que deixa um rasto ou uma pista de partículas radioativas por onde passam,
pelas quais os cães se orientam utilizando do “faro” animal.
OS OBJETOS ENFEITIÇADOS BAIXAM AS VIBRAÇÕES DO AMBIENTE
Os objetos usados e trabalhados pelos feiticeiros desempenham a função de captadores de energias
inferiores e servem de condensadores, que baixam as vibrações fluídicas do ambiente em que são
colocados.
Embora sendo matéria, os objetos vibram no campo etereoastral, porque são também energia
condensada. Sob a vontade rigorosa dos feiticeiros, que agem na intimidade eletrônica da substância, no
seu “elemental”, produz-se uma exitação magnética ou superatividade , mas em sentido negativo, que
depois atinge a aura da vítima a que eles estão vinculados pelo processo de bruxaria, rebaixando o campo
vibratório para alimentar expressões deprimentes de vida oculta.
O enfeitiçamento tanto provoca a doença psíquica na alma humana, por agir nos centros de forças do
comando perispiritual, como atrai nuvens de bactéria nocivas, que penetram na circulação fisiológica da
criatura. Os objetos ou seres transformados em fixadores de fluidos nefastos são os agentes do
enfeitiçamento, à guisa de projetores de detritos fluídicos a sujarem a aura perispiritual da vítima.
Criam em torno do enfeitiçado um campo vibratório de fluidos inferiores, o qual dificulta a receptividade
intuitiva de instruções e recursos socorristas a serem transmitidos pelos guias ou conhecidos “espíritos
protetores”, que operam em faixas mais sutil.
POR QUE OBJETOS DE ENFEITIÇAMENTO, EM GERAL,
SÃO ENCONTRADOS EM COLCHÕES, TRAVESSEIROS E ACOLCHOADOS?
Os condensadores de bruxaria absorvem maior cota de energias vitais humanas, quando também ficam
em contato mais frequente com a vítima, daí, a preferência por travesseiros, colchões e acolchoados,
casacos, etc.
DESAPARECIMENTO DOS OBJETOS ENFEITIÇADOS
Quando os espíritos malfeitores pressentem que os enfeitiçados desconfiam da bruxaria e pretendem
investigá-la, eles tratam de desmaterializar imediatamente os objetos.
Os objetos ou condensadores de bruxaria, colocados nos travesseiros ou colchões, aparecem e
desaparecem, conforme a vontade dos espíritos malfeitores, pois eles materializam e desmaterializam os
“moldes etéricos”.