quarta-feira, 14 de julho de 2021

O QUE É SABÃO-DA-COSTA?

 O QUE É SABÃO-DA-COSTA?


Pode ser uma imagem de comidaSabão de origem da Costa do Golfo da Guiné. Na África tem o nome de "ose", com a cor escura, mole e perfumado, usado em rituais tanto na África,como no Brasil nos cultos afro-brasileira.

Este sabão é muito importante e a composição original é conservada secreta. Hoje, existe muito sabão falsificado, o que é
uma pena, pois é um sabão muito usado nas ocasiões em que antecedem qualquer tipo de banho ritualístico. É aconselhável usá-lo sempre, ao menos duas vezes por semana, excluindo as sextas-feiras, sábados e domingos.

Se usa antes de dormir para descarregar maus fluídos adquiridos durante o dia, tendo assim, um sono tranquilo. De modo geral, o banho é feito desde os ombros até os pés,
sem tocar na cabeça. Só se usa o sabão-da-costa para lavar a cabeça, juntamente com o sabão-de-côco, quando desejamos aliviar a "mão" de alguém. Retirar o preceito feito anteriormente por Sacerdotes.

Quando terminarmos o banho, devemos ter junto uma vasilha com água (com açúcar) e largar nos quatros cantos do box do banheiro a fim de evitar larvas astrais às outras pessoas que o forem utilizar.

O sabão-da-costa é utilizado na preparação inicial de okutás e utensílios de um Ritual de Obrigação, com a finalidade de eliminar todos os maus fluídos e larvas astrais, tornando os objetos virgens e purificados para receber o Axé à ser feito e assentado.

Antes de qualquer tipo de serviço ou na falta de um banho de quebra, podemos usar o sabão-da-costa e também aplicar sua espuma
(e deixar por alguns minutos) em inchumes e feridas que custam a fechar. Depois se pode realizar um serviço, principalmente em feridas, tirando a espuma com água fervida ou soro fisiológico, secando o local e colocando azeite-de-dendê (epô) morno, cobrindo o local com folhas de mamoneiro, amarrando essas mesmas folhas com fitas mimosas rosa e verde, repetindo o processo até completar 7 dias. Dentro do meio religioso, são inúmeras as utilidades desse sabão.

Claudia Krindges