Cores de guias dos Orixás na Umbanda
Cores de guias e colares é um assunto recorrente.
Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos Guias Espirituais.
O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos Guias Espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os Guias Espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus Guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria utilize efetivamente com essa finalidade.
A maioria prefere usar como para-raio protetor ou descarregador das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.
Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou esotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos Guias Espirituais e cada linha tem suas cores de guias iguais às dos seus Orixás regentes.
Como algumas cores de guias mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos Orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns.
Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos Orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções (Obaluayê = preto e branco), (Omolu = preto, branco e vermelho), (Nanã = branco, lilás e azul claro), (Exu = preto e vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
2ª — Há algumas exceções (Obaluayê = preto e branco), (Omolu = preto, branco e vermelho), (Nanã = branco, lilás e azul claro), (Exu = preto e vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores de guias e colares consagrados aos Orixás na Umbanda.E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.
Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas.
Para a Umbanda, vamos dar as cores das guias mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluayê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombagira = vermelho
• Oxum = azul vivo
• Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oyá-Tempo (Logunan) e Egunitá (Oroiná) não são cultuados regularmente.Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns Orixás foram incorporados por nós, pois ocupam polos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluayê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombagira = vermelho
• Oxum = azul vivo
• Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oyá-Tempo (Logunan) e Egunitá (Oroiná) não são cultuados regularmente.Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns Orixás foram incorporados por nós, pois ocupam polos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá (Oroiná) = laranja
• Oyá-Tempo (Logunan) = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa
• Oyá-Tempo (Logunan) = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa
Recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações “internas”.
Então, aqui há uma relação das pedras dos Orixás para seguir as cores de guias:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá (Oroiná) = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluayê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omulu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá (Oroiná) = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluayê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omulu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores de guias em cada espécie.
Texto extraído do Livro ” Formulário de Consagrações Umbandistas”, Editora Madras.
Foto: Bruna Prado/Reprodução. Casa de Caridade Caboclo Peri. Rio de Janeiro, 2016.