Obsessores na Vida Conjugal
Muitos casamentos fracassam devido a essas influências nocivas de espíritos de natureza má, que começam de forma sutil, sorrateira, evoluindo para verdadeiros processos obsessivos que comprometem irreversivelmente a união conjugal.
Tanto a vítima da obsessão quanto o cônjuge, na maioria das vezes, nada percebem, porquanto os obsessores não criam o mal na vítima; apenas identificam as tendências e as estimulam de forma intensa e persistente, procurando exacerbá-las.
[...] Os espíritos obsessores sondam os pensamentos mais íntimos do indivíduo visado procurando identificar a tendência para a infidelidade.
Constatando-a, passam a alimentá-la, através de sugestão mental.
Em seguida, pesquisam alguma pessoa, que por ele sente alguma atração e que igualmente apresente necessidades afetivas ou determinados desejos sensuais.
Dando continuidade ao 'trabalho', passam a influenciar os dois, facilitando os encontros e procurando despertar a afetividade.
Os obsessores não perdem a oportunidade de sugerir novos pensamentos, verdadeiras ideias fixas, que criam as condições para a união sexual infiel, que se consuma em clima de grande emotividade, pela carga adicional dos obsessores.
Segue-se um período de grandes prazeres que, entretanto, não é longo. Passada a fase de júbilo, de grandes satisfações, os obsessores mudam de tática.
O que lhes interessa é o sofrimento das vítimas e não a sua felicidade.
Sem a ajuda deles, as grandes emoções se reduzem, restando à vítima apenas a desilusão, a consciência do grande engano cometido."
Umberto Ferreira, Vida conjugal
pg. 113-115