A POBREZA ESPIRITUAL DE UM SACERDOTE
A hierarquia de IFÁ (espiritual) põe cada sacerdote no patamar que merece por seus méritos e feitos.
Diante desta afirmação, as escrituras sagradas nos deixam claro que, o universo espiritual atua de forma justa e imparcial na avaliação de cada sacerdote na Terra. Ou seja, o merecimento, sem dúvida, definirá uma posição acima ou abaixo que um religioso ocupará dentro do contexto espiritual onde se desenvolva.
Seguindo o mesmo raciocínio baseado no ponto de vista de IFÁ, seria correto afirmar que ninguém jamais, JAMAIS ocuparia uma posição elevada dentro de nossa religião se esta não tenha sido conquistada através dos próprios méritos DIGNAMENTE.
De acordo com IFÁ, o talento, a fé, o esforço, as boas intenções, a dedicação, a ética, a aptidão, o sacrifício, a gratidão, a solidariedade, a generosidade, são exemplos de atitudes e ações (feitos) de um religioso que conquistam o reconhecimento espiritual, recebendo em troca o Ashé (bênção), justificando através do êxito, das conquistas, da prosperidade de um religioso, o mérito que a espiritualidade dá a ele como sacerdote. Simples!
Como diz IFÁ: “Se não é capaz de provar o que diz com feitos, não há dito nada”.
Nossa religião está embasada em uma filosofia. Devemos nos enquadrar em várias exigências e muitas dessas exigências consistem em melhorarmos como seres humanos para que nossos feitos tenham mérito. Porém, muitos não estão dispostos aos sacrifícios necessários para triunfar dignamente, acreditam que exista uma forma mais fácil, mais cômoda para crescer da noite para o dia, passando por cima de tudo, violando as leis estabelecidas por OLÓFIN e os ORIXÁS, mas logo se deparam com a realidade e se frustram. A partir daí é quando utilizam de meios que são considerados por IFÁ indignos, como a mentira, os falsos testemunhos, aliciamento de filhos de santo e afilhados de outros sacerdotes, desviando o destino dessas pessoas com um discurso de salvadores do mundo quando ainda não foram capazes de salvar a si mesmo.
Quando conseguem lucrar alguma coisa através dos meios obscuros citados, logo perdem, pois, passam por cima de princípios que são sagrados para IFÁ, pagando um preço alto como a infelicidade com os filhos, com o matrimônio, doenças, solidão, vergonha, perdas financeiras e por aí vai. Eu lhes pergunto: “Vale à pena? ”
Qual mérito em conquistar algo através da mentira? Através dos afilhados e filhos de santo dos outros? Através da calúnia? Nenhum, só estás mostrando que é um pobre espiritualmente, um incapacitado!
Segundo eles, uma pessoa que se dedique, estude, lute e conquiste resultados satisfatórios através dos seus próprios esforços, não merecem o que possui, ou seja, não são eles que são medíocres?!
Não é tão fácil como parece triunfar nesta religião, tenha visto que os muitos aventureiros que deslizam na lama e não saem do lugar há anos; uma hora ganha uma coisa logo perde outra, outros que não se conformam com os próprios resultados. São tão cegos que não compreendem as próprias limitações, pior, não conseguiram assimilar a própria religião que hipocritamente dizem professar, do contrário, entenderiam que seus fracassos também se justificam pela falta de mérito que possuem como religiosos. Poupariam seu tempo em levantar calúnias e mentiras das pessoas QUE INVEJAM E GOSTARIAM DE SER COMO ELAS e não se prestariam a esse papel de serem tão palhaços. Simples!
Resumo: suas vitórias e seus fracassos na religião estão relacionados ao mérito que possui como religioso diante das divindades, portanto, ponha-se no seu lugar, e respeite a história e trajetória dos outros.
A inveja nasce da sensação de impotência que uma pessoa sente diante dos feitos da outra, um sentimento que consome principalmente àqueles que são frágeis e não se aceitam, àqueles que buscam autoafirmação, visando curar os traumas emocionais que foram submetidos pela vida usando a religião. São covardes ao ponto de não terem coragem de encarar o pior inimigo, o monstro que se encontra dentro deles.
Graças também a esses parasitas nossa religião está em decadência.
Oluwó Siwajú Evandro Otura Aira Ifá Ni L’Órun