segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Certo dia Iansã partiu para o reino de Obaluayê com o objetivo de descobrir seus mistérios (e também para conhecer o seu rosto, conhecido apenas por suas mães, Nanã e Yemanjá).

 

 Certo dia Iansã partiu para o reino de Obaluayê com o objetivo de descobrir seus mistérios (e também para conhecer o seu rosto, conhecido apenas por suas mães, Nanã e Yemanjá).


Pode ser uma imagem de 1 pessoaCONTOS DE IANSÃ

Certo dia Iansã partiu para o reino de Obaluayê com o objetivo de descobrir seus mistérios (e também para conhecer o seu rosto, conhecido apenas por suas mães, Nanã e Yemanjá).

Chegando ao reino de Obaluayê ela perguntou como estava o senhor das Chagas e, de prontidão, ele perguntou o que ela desejava em seu reino. Iansã então disse que gostaria de ser sua amiga, conhecer e aprender os seus mistérios e que para provar a sua amizade e honestidade dançaria para ele a dança dos ventos.

Durante muito tempo a Orixá dançou para ele, mas não foi capaz de emocioná-lo e nem de atrair a atenção de Obaluayê. Ele jamais se relacionou com ninguém e Iansã tentou aprender seus segredos de qualquer maneira, então disse ao Orixá tudo o que aprendeu com cada rei.

Após sua insistência Obaluayê perguntou se ela realmente queria aprender e disse que a ensinaria a tratar os mortos. Durante algum tempo Iansã relutou, mas a sua vontade de aprender era tão grande que ela acabou sendo guiada por seus instintos e aprendeu a viver com os eguns (os espíritos desencarnados) para controlá-los, e para conseguir aprender aquilo que tinha vontade.

Outra versão do mito conta que Iansã se tornou a Senhora dos Eguns, sendo a única – além de Obaluayê – que tem poder sobre os mortos e que não os teme depois de vê-lo em uma festa.

Ao chegar de viagem na aldeia em que havia nascido Obaluayê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orixás, mas ele não se sentia a vontade para participar por sua aparência ser desagradável aos olhos das pessoas e dos outros Orixás.

Ressentido e com vontade de participar ele espreitava por uma fresta, até que Ogum, ao perceber sua dor o cobriu com uma roupa de palha que possuía um capaz de cobrir o seu rosto feio e adoentado. Dessa forma, o convidou para entrar e para aproveitar as comemorações e festejos.

Com muita vergonha Obaluayê entrou mas ninguém se aproximava dele, nenhuma mulher o chamou para dançar. Iansã, que acompanhava tudo, se compadeceu da tristeza de Obaluayê e se aproximou dele, soprando suas roupas de palha com o seu vento.

Nesse momento a ventania de Iansã fez com que as feridas de Obaluayê pulassem para o alto e se transformassem em uma chuva de pipocas fazendo com que todos descobrissem que na verdade ele era um jovem belo e encantador, passando assim, a ser aclamado por sua beleza.

De felicidade e gratidão o Orixá das doenças e dos mortos, em recompensa, dividiu com Iansã os seus mistérios, conhecimentos e o seu reino. E a Deusa dançou com alegria para mostrar que possuía poderes sobre os espíritos.

E foi assim que Obaluayê e Iansã tornaram-se amigos, e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos e dos mortos sendo eles os únicos que possuem o poder de abrir e fechar as portas entre o mundo dos homens e das almas.

Eparrey minha mãe ...
Eparrey bela Oya ...

Jorge d'Ogum
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