Quem viu o homem rustico galopar para o longe segurando com firmeza a doce moça dormindo em seus braços jamais esqueceu da cena
Quem viu o homem rustico galopar para o longe segurando com firmeza a doce moça dormindo em seus braços jamais esqueceu da cena.
Sete Saias é um nome de Falange, ou seja é usado por muitas entidades.
Uma das mais antigas é a Cigana, e alguns dizem que foi a primeira mulher a usar este nome.
Ela é a Sete Saias que usa a saia de arco-íris.
As outras Sete Saias usam as suas saias em barrados de vermelho e preto ou vermelho e dourado, Mas a Cigana das Sete Saias usa a saia das sete cores para mostrar seu sangue puro de linha oriental.
Ela era de um clã Kalon.
Os Kalon eram famosos pela beleza e pelos talentos, afinal a palavra Kalon significa "Agradavel".
Um dia quando ela ainda era criança caiu uma chuva muito forte sobre seu acampamento, assim que a chuva se dissipou ela viu pela primeira vez surgir no céu um arco-íris.
Se maravilhou com aquela vista, para ela ver o arco-íris era como ver o próprio Deus.
Pediu então a mãe fazer uma saia com as cores que ela viu no céu, com muito amor a mãe fez.
Então toda vida ela usou saias assim coloridas como o arco-íris.
Sophia cresceu e se tornou uma moça linda, alegre, talentosa que adorava tocar pandeiro e castanholas nas festas do clã.
Mas a Europa não estava facil, ainda mais nas terras espanholas onde a perseguição aos ciganos era grande demais.
Decidiram partir para as colônias, mais precisamente para o Vice Reino, mas vieram de navio junto há muita gente.
Porém odiaram o Vice Reino, era frio e as vezes nevava como as terras russas, assim decidiram partir dali para o outro lado e se estabeleceram na Colonia de Portugal, o Brasil.
Sem duvidas era uma terra encantadora, mas o mais encantador era a beleza das pessoas, gente mestiça com ar de novidade.
E foi por um peão pernambucano que Sophia se apaixonou.
Serafim era um homem gentil, mas sem instrução ou dinheiro.
Aos olhos de Sophia ele era encantador, já sua mãe o achava horrendo, mas nãpo pela aparencia ou modos pois era até simpatico e muito educado, tratava Sophia com muito respeito mas a mãe abominava a ideia da filha se casar com um gadje, um homem não cigano.
Os tempos pareciam ter enfraquecido as tradições e todos os ciganos contavam histórias de jovens dos clãs mais antigos abandonando tudo para se casar com brasileiros, coisa que era desastrosa para o futuro do bom sangue Kalon.
Sophia estava perdidamente apaixonada mas a mãe temeu perdê-la, assim foi até os lideres do clã e acabou por denunciar a própria filha.
Quando os ciganos do clã acataram a denúncia e descobriram Sophia estava se envolvendo com um homem que não tinha sangue do oriente eles apoiaram o medo que mãe tinha e também temeram que Sophia deixasse o acampamento fugisse o peão.
Como era tradição, os Ciganos dormiam em carruagens a noite.
Certa manhã Sophia acordou com sua carruagem em movimento, ao tentar sair se deu com a porta e as janelas trancadas.
Gritou desesperada até que a voz de um de seus primos respondesse vindo de fora dizendo que estavam indo para Catamarca onde ela iria se casar com o chefe de outro clã Kalon que residia lá.
No meio do caminho abriram a carruagem para dar-lhe de comer e beber, mas ela recusou.
Chegou em Catamarca três semanas depois tendo comido apenas os bocados de pão que os primos a forçaram a engolir, em três semana emagreceu tanto que parecia que iria quebrar de tão fragil.
Em seus sonhos ela podia ouvir os cascos do cavalo de Serafim a buscando por todos os lados sem conseguir encontrá-la.
O Noivo a recebeu muito preocupado, mas o casamento nunca chegou a acontecer.
Os Ciganos do acampamento de Catamarca souberam de um homem brasileiro que estava perguntando em todo lugar sobre acampamentos ciganos, então eles mesmos deixaram que ele soubesse onde estavam.
Serafim chegou desesparado, facão e pistola na mãe pronto para guerrear com aquele povo, mas ninguém fez resistência.
Apontaram para um tenda no fundo do acampamento, e ele correu até lá berrando o nome dela para ver se respondia.
Abriu a tenta e caiu de joelhos, a mão largou o facão e cobriu a boca em espanto e horror.
Ela estava linda em seu vestido de muitas cores, deitada em uma cama estranha, uma cama cheia de flores a qual os olhos de Serafim logo entenderam ser um sigelo caixão aberto.
Sophia faleceu dormindo um dia antes do casamento.
Os Ciganos observaram em silencio o homem sair da tenta com aquela moça fria nos braços.
Com força Serafim subiu no cavalo levando o corpo de sua amada no colo.
Alguns Ciganos ficaram muito confusos ao ver o homem galopando para o longe na estrada empoeirada, confusos pois alguns juraram ver os braços finos da moça abraçando o homem pela cintura.
Serafim galopou sem saber para onde, os olhos embaçados de poeira e lagrimas.
Nunca voltou a pernambuco, ninguem soube de seu paredeiro.
Dizem há boca miuda que Serafim cavalgou para um mundo fora deste, e que hoje ainda calvaga com sua amada no colo pois no outro mundo não há morte e sim apenas amor.
As jovens moças ciganas as vezes contam que viram vez ou outra um sertanejo acampado nas clareiras das matas, ele tocando viola e diante de si uma Cigana de Muitas cores em sua saia dançando alegremente por ter finalmente se casado com o homem que tanto amou.
Foi assim que a história se espalhou, começou com crendice e fantasia das jovens ciganinhas que criaram o habito de oferendar doces, frutas e perfumes a Sophia, os cestos de palha enfeitados com sete fitas nas cores do arco-íris ainda são encontrados por ai nas matas, cheios de pedidos para que ela as ajude a ser feliz no amor.
Arte e texto por Felipe Caprini
Espero que tenham gostado!
Não copie o texto ou reposte a arte sem dar os créditos! Seja Honesto!
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Sete Saias é um nome de Falange, ou seja é usado por muitas entidades.
Uma das mais antigas é a Cigana, e alguns dizem que foi a primeira mulher a usar este nome.
Ela é a Sete Saias que usa a saia de arco-íris.
As outras Sete Saias usam as suas saias em barrados de vermelho e preto ou vermelho e dourado, Mas a Cigana das Sete Saias usa a saia das sete cores para mostrar seu sangue puro de linha oriental.
Ela era de um clã Kalon.
Os Kalon eram famosos pela beleza e pelos talentos, afinal a palavra Kalon significa "Agradavel".
Um dia quando ela ainda era criança caiu uma chuva muito forte sobre seu acampamento, assim que a chuva se dissipou ela viu pela primeira vez surgir no céu um arco-íris.
Se maravilhou com aquela vista, para ela ver o arco-íris era como ver o próprio Deus.
Pediu então a mãe fazer uma saia com as cores que ela viu no céu, com muito amor a mãe fez.
Então toda vida ela usou saias assim coloridas como o arco-íris.
Sophia cresceu e se tornou uma moça linda, alegre, talentosa que adorava tocar pandeiro e castanholas nas festas do clã.
Mas a Europa não estava facil, ainda mais nas terras espanholas onde a perseguição aos ciganos era grande demais.
Decidiram partir para as colônias, mais precisamente para o Vice Reino, mas vieram de navio junto há muita gente.
Porém odiaram o Vice Reino, era frio e as vezes nevava como as terras russas, assim decidiram partir dali para o outro lado e se estabeleceram na Colonia de Portugal, o Brasil.
Sem duvidas era uma terra encantadora, mas o mais encantador era a beleza das pessoas, gente mestiça com ar de novidade.
E foi por um peão pernambucano que Sophia se apaixonou.
Serafim era um homem gentil, mas sem instrução ou dinheiro.
Aos olhos de Sophia ele era encantador, já sua mãe o achava horrendo, mas nãpo pela aparencia ou modos pois era até simpatico e muito educado, tratava Sophia com muito respeito mas a mãe abominava a ideia da filha se casar com um gadje, um homem não cigano.
Os tempos pareciam ter enfraquecido as tradições e todos os ciganos contavam histórias de jovens dos clãs mais antigos abandonando tudo para se casar com brasileiros, coisa que era desastrosa para o futuro do bom sangue Kalon.
Sophia estava perdidamente apaixonada mas a mãe temeu perdê-la, assim foi até os lideres do clã e acabou por denunciar a própria filha.
Quando os ciganos do clã acataram a denúncia e descobriram Sophia estava se envolvendo com um homem que não tinha sangue do oriente eles apoiaram o medo que mãe tinha e também temeram que Sophia deixasse o acampamento fugisse o peão.
Como era tradição, os Ciganos dormiam em carruagens a noite.
Certa manhã Sophia acordou com sua carruagem em movimento, ao tentar sair se deu com a porta e as janelas trancadas.
Gritou desesperada até que a voz de um de seus primos respondesse vindo de fora dizendo que estavam indo para Catamarca onde ela iria se casar com o chefe de outro clã Kalon que residia lá.
No meio do caminho abriram a carruagem para dar-lhe de comer e beber, mas ela recusou.
Chegou em Catamarca três semanas depois tendo comido apenas os bocados de pão que os primos a forçaram a engolir, em três semana emagreceu tanto que parecia que iria quebrar de tão fragil.
Em seus sonhos ela podia ouvir os cascos do cavalo de Serafim a buscando por todos os lados sem conseguir encontrá-la.
O Noivo a recebeu muito preocupado, mas o casamento nunca chegou a acontecer.
Os Ciganos do acampamento de Catamarca souberam de um homem brasileiro que estava perguntando em todo lugar sobre acampamentos ciganos, então eles mesmos deixaram que ele soubesse onde estavam.
Serafim chegou desesparado, facão e pistola na mãe pronto para guerrear com aquele povo, mas ninguém fez resistência.
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Abriu a tenta e caiu de joelhos, a mão largou o facão e cobriu a boca em espanto e horror.
Ela estava linda em seu vestido de muitas cores, deitada em uma cama estranha, uma cama cheia de flores a qual os olhos de Serafim logo entenderam ser um sigelo caixão aberto.
Sophia faleceu dormindo um dia antes do casamento.
Os Ciganos observaram em silencio o homem sair da tenta com aquela moça fria nos braços.
Com força Serafim subiu no cavalo levando o corpo de sua amada no colo.
Alguns Ciganos ficaram muito confusos ao ver o homem galopando para o longe na estrada empoeirada, confusos pois alguns juraram ver os braços finos da moça abraçando o homem pela cintura.
Serafim galopou sem saber para onde, os olhos embaçados de poeira e lagrimas.
Nunca voltou a pernambuco, ninguem soube de seu paredeiro.
Dizem há boca miuda que Serafim cavalgou para um mundo fora deste, e que hoje ainda calvaga com sua amada no colo pois no outro mundo não há morte e sim apenas amor.
As jovens moças ciganas as vezes contam que viram vez ou outra um sertanejo acampado nas clareiras das matas, ele tocando viola e diante de si uma Cigana de Muitas cores em sua saia dançando alegremente por ter finalmente se casado com o homem que tanto amou.
Foi assim que a história se espalhou, começou com crendice e fantasia das jovens ciganinhas que criaram o habito de oferendar doces, frutas e perfumes a Sophia, os cestos de palha enfeitados com sete fitas nas cores do arco-íris ainda são encontrados por ai nas matas, cheios de pedidos para que ela as ajude a ser feliz no amor.
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