Tobossi ou Tobosi é considerado um dos estados de "transe” de uma Vodunsi nos cultos de Vodun tanto nas Religiões tradicionais africanas como nas religiões da Diáspora africana encontradas em vários países para onde foram transplantadas.
Esse estado de transe que sempre é posterior ao do Vodum, é mais leve, intermediário entre o estado de Vodum e o estado lúcido da vodunsi, e é intercalado durante o período de iniciação (que pode durar até um ano ou mais) onde o iniciante passa todo o período em transe, ora com o Vodun, e na maior parte do tempo com Tobossi.
É Tobossi que cumpre todas as necessidade da inciante, come, bebe, toma banho, vai ao banheiro, aprende a dançar, cantar e rezar. Usa uma linguagem característica própria que corresponderia ao comportamento de uma criança na fase dos quatro ou cinco anos de idade, tem nome próprio sempre relativo ao Vodun de que é parte. Com algumas diferenças é equivalente ao estado de Erê do Candomblé Ketu.
- Na África
As tobosi no culto Nesuhue, é uma instituição religiosa dos Nesuhue (grafado Nesuxwé em fongbe) está baseada no culto dos ancestrais divinizados da família real de Abomey, os dirigentes do antigo reino do Dahomey (grafado Daxomè em fongbe). Parte da atividade ritual desse culto origina-se em práticas dos vizinhos povos Mahi (grafado maxi em fongbe), em especial dos Agonli, que foram apropriadas e importadas em Abomey pelos reis daomeanos no século XVIII e institucionalizadas como “culto nacional” no início do século XIX.[1]
- No Maranhão
Nunes Pereira conta sua infância ao lado de sua mãe que era iniciada na Casa das Minas, templo de Tambor de Mina no Maranhão. Em seu livro "A Casa das Minas" fala que somente as vodunsis com muitos anos de iniciadas cultuavam uma divindade feminina infantil chamadas de Tobossis, Aziri-Tobossi associada em outras nações a Oxum, Iemanjá, Samba Kalunga, Kukuetu.