Ilê Axé Opó Afonjá | |
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Tipo | arquitetura religiosa, patrimônio histórico, terreiro de candomblé |
Inauguração | 1910 (109 anos) |
Área | 39 000 metros quadrados |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Salvador |
País | Brasil |
Ilê Axé Opó Afonjá ("Casa sob o comando e o sustento do cajado de Afonjá") ou Centro Cruz Santa do Axé do Opó Afonjá é um terreiro de candomblé fundado por Eugênia Ana dos Santos e Tio Joaquim, Obá Sanyá[1], em 1910, na Rua Direta de São Gonçalo do Retiro, 557, no bairro do Cabula, em Salvador, na Bahia, no Brasil. O seu tombamento ocorreu em 28 de julho de 2000 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O seu livro histórico possui inscrição 559. Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Inscrição 124, número do processo 1432-T-98.
História[editar | editar código-fonte]
A história do Terreiro do Axé Opô Afonjá (outros nomes: Terreiro de Candomblé do Axé Opô Afonjá; Ilê Axé Opô Afonjá) assim como a do Terreiro do Gantois, está intimamente vinculada ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.
Segundo vários autores, este terreiro serviu de modelo para todos os outros, de todas as nações. Um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca, comandado por Eugênia Anna dos Santos, fundou, em 1910, numa roça adquirida no bairro de São Gonçalo do Retiro, o Terreiro Kêtu do Axé Opô Afonjá.
O terreiro ocupa uma área de cerca de 39 000 metros quadrados. As edificações de uso religioso e habitacional do terreiro ocupam cerca de 1/3 do total do terreno, em sua parte mais alta e plana, sendo o restante ocupado pela área de vegetação densa que constitui, nos dias de hoje, o único espaço verde das redondezas.
Por força da topografia do terreno, as edificações do Axé Opô Afonjá se distribuem mais ou menos linearmente, aproveitando as áreas mais planas da cumeada, tornando, no acesso principal, um "terreiro" aberto em torno do qual se destacam os edifícios do barracão, do templo principal - contendo os santuários de Oxalá e de Iemanjá -, da Casa de Xangô e da Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos.
A organização espacial do Axé Opô Afonjá mantém as características básicas do modelo espacial típico dos terreiros jejês-nagôs. Esses mesmos elementos são também encontrados nos terreiros da Casa Branca e do Gantois, apenas com uma diferença: no Axé Opô Afonjá, o barracão é uma construção independente, ao passo que, nos dois outros terreiros, ele está incorporado ao templo principal.