A religião tem sido associada com menores taxas de doenças cardiovasculares, menos acidentes vasculares cerebrais, menor pressão arterial, menos distúrbios metabólicos, melhor funcionamento imunológico, melhores resultados contra o HIV e a meningite e menor risco de desenvolver câncer: Cure a si mesmo: Espiritualidade e saúde.[Imagem: Utar Sigmal/Wikimedia] |
São cada vez mais reconhecidos os efeitos das práticas espirituais sobre a saúde e o bem-estar – particularmente das práticas meditativas.
Contra a depressão grave, por exemplo, já se sabia que a meditação é tão eficaz quanto os antidepressivos.
Mas o que mais tem chamado a atenção dos pesquisadores são os indícios de que as práticas espirituais provocam um espessamento do córtex cerebral em áreas associadas com a atenção e a integração emocional.
Faltava então costurar as duas coisas, e provar que a proteção contra a depressão vem mesmo desse engrossamento ou reforço das estruturas cerebrais.
Foi o que fizeram agora Lisa Miller e seus colegas da Universidade de Colúmbia (EUA).
Exames de ressonância magnética do cérebro revelaram um córtex mais espesso no cérebro de indivíduos que dão grande importância à religião ou à espiritualidade, em comparação com pessoas menos espiritualizadas.
O córtex relativamente mais espesso está nas mesmas regiões do cérebro que ficam mais finas em pessoas com alto risco para a depressão, sobretudo com histórico familiar da doença.
Em outras palavras, os resultados sugerem que a espiritualidade ou a religião podem proteger contra a depressão grave neutralizando o afinamento cortical que ocorreria nessas pessoas.
“O novo estudo associa este benefício protetor extremamente forte da espiritualidade ou da religião aos estudos anteriores que identificaram grandes extensões de afinamento cortical em regiões específicas do cérebro em filhos adultos de famílias com alto risco de depressão grave,” disse Miller.
Estudos anteriores da mesma equipe já haviam demonstrado uma diminuição de até 90% na depressão em adultos que disseram valorizar fortemente a espiritualidade ou a religiosidade e cujos pais sofreram com a doença.
A pesquisadora ressalta que os benefícios vieram de uma forte importância pessoal colocada na espiritualidade ou na religião, e não necessariamente na frequência regular a uma igreja ou templo.
Redação do Diário da Saúde
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/