sexta-feira, 29 de junho de 2018

Que Lugar Frequentar?

Há alguns anos freqüentando reuniões e palestras de cunho espiritualistas, conversando com pessoas necessitadas de auxílio e compartilhando experiências com amigos, percebo um problema comum a muitas pessoas:elas têm medo de freqüentar uma casa espírita, templo de Umbanda ou qualquer tipo de local religioso.
Nosso artigo, escrito com a humildade de quem vive em constante busca de conhecimento, tenta ajudar as pessoas com dificuldades ou medo de escolher o local para freqüentar.
Não podemos indicar O CAMINHO, porque cada um possui um temperamento, necessidade e graduação espiritual diferente, ligando-se ao local que satisfaça suas necessidades e o ajude a encontrar paz.
Considero esse artigo um agrupamento de dicas e cuidados que ajudarão muitos a criar coragem e buscar um local para ajudá-los na difícil caminhada rumo à iluminação interior. Servirá também para evitar as frustrações e abandonos, pois buscamos informar sobre os benefícios e cuidados que devem ser tomados.
2. Motivação para Buscar um “Lugar”
Existem os mais variados motivos que levam uma pessoa a buscar um local de estudo, palestra ou tratamento espiritual.
Vamos citar aqui os mais conhecidos:
Doenças incuráveis ou que se acumulam, não deixando o doente ter paz
Obsessão, Possessão
Desvios de conduta e de comportamento;
Enfraquecimento Extremo, Prostração; ou
Perda do Controle.
Curiosidade
Sensação de abandono
Mediunidade descontrolada
Visão de Vultos ou espíritos;
Barulhos “estranhos”;
Sensação de estar sendo perseguido;
Fenômenos de Projeção Astral (Experiências fora do Corpo);ou
Psicofonia (Incorporação) inconsciente e sem o controle do médium.
Vamos analisar cada um dos itens citados e comentar sobre suas características.
2.1 Os Doentes
As doenças levam muitas pessoas a casas espíritas ou templos de Umbanda.
No auge do desespero, depois de ter freqüentado incontáveis consultórios, tomado quantidades abusivas de remédios e já sem esperança, o doente faz “qualquer coisa” para se ver livre dos males que o afligem, mesmo que isso custe o seu orgulho.
Já presenciei muitos pais ou mães que deixaram o ceticismo religioso de lado e buscaram em uma casa espírita o lenitivo para o sofrimento do seu filho.
Outro tipo de doente que acaba fazendo tratamento espiritual é aquele que cada hora tem uma doença, não conseguindo suportar as diferentes crises que o perseguem.
Como diria qualquer palestrante espírita, “Uns vem por amor e outros pela dor!”. A grande maioria se enquadra no segundo grupo, buscando no auxilio espiritual a cura para suas mazelas.
Vamos falar sobre os benefícios do tratamento espiritual para os doentes, contudo, citaremos aqui os principais cuidados que os irmãos devem ter ao procurar uma casa de auxílio espiritual para curar suas doenças.
Casas Espíritas ou Templos de Umbanda NÃO COBRAM por serviços de cura. Alguns tipos de trabalho solicitam ajuda com materiais utilizados durante o atendimento somente para sobrevivência do trabalho assistencial e não visando o lucro. Tenha em mente que cobrar para atender e solicitar ajuda para manter são duas coisas bem diferentes.
Não existem regalias nesses locais, ou seja, rico ou pobre tem que entrar na mesma fila. Se em um local existem preferências para atendimento, desconfie. Somente casos de extrema urgência fogem a essa regra.
Não há necessidade de morte de animais ou OFERENDAS para realizar uma cura. Já estamos em uma idade espiritual onde é inaceitável imaginar que Deus ou Espíritos de Luz precisem de objetos materiais para serem felizes ou para nos ajudarem.
Sempre fique atento às atitudes dos médiuns de uma casa, sua postura, o teor de suas conversas, sua higiene, etc.
2.2 Obsediados
Os obsediados, ou seja, aqueles que estão sendo vítimas de obsessão, têm extrema dificuldade de freqüentar uma casa e, principalmente, de manter a freqüência regular.
Lembremos que o obsediado é aquele que deixou “brechas” para a aproximação de espíritos de baixo padrão vibratório ou vingativos, por isso, ele é o principal responsável pela situação em que se encontra. Não existe injustiça nas leis de afinidade e aproximação. Cada um terá de acordo com suas obras. A sua conduta, os seus pensamentos e suas emoções são obras do seu espírito, não visíveis no plano físico, mas plasmadas no plano astral (emoções) e mental (pensamentos).
O enfraquecimento, a prostração, desvios de comportamento e de conduta, sensações e reações diferentes que o irmão costuma ter, são alguns indicadores da presença de obsessores.
Um sábio preto velho me falou certa vez que, para saber se estamos obsediados, devemos nos conhecer; caso contrário acreditaremos que qualquer coisa de errado, se dá por causa dos obsessores e não é assim que funciona!!!
O maior problema da obsessão é que ela se desenrola aos poucos, de forma suave, muitas vezes sem que o irmão note as influências que recebe. Os irmãos das trevas são hábeis manipuladores e sabem muito bem “como” se aproximar dos espíritos invigilantes.
Em artigo futuro aprofundarei o assunto obsessão, bastando, por hora, essa pequena introdução sobre o assunto.
Podemos concluir que o principal obstáculo encontrado pela vítima de obsessão para freqüentar um centro é a influencia negativa de seu obsessor, que está ligado e, às vezes, até no comando das vontades do obsediado (possessão).
Além das influências negativas, ainda há o dia do “tudo dá errado”, seja no dia da palestra ou tratamento, ou no dia anterior. Eles fazem de tudo para desestimular o paciente, já que sabem que a freqüência do seu “brinquedinho” a um templo vai enfraquecer o seu domínio e acabar com a sua festa.A maior parte dos espíritos obsessores absorve as energias etéricas dos obsediados, a isso chamamos de vamprirização.
Diante disso, a pergunta óbvia que surge é Por que os espíritos de Luz não protegem o paciente??
A resposta é bem simples: eles protegem e inspiram sempre, contudo, sua influência é mais sutil e, o principal, eles não podem ser responsáveis sozinhos pela melhora do paciente, porque sabem que se fizerem isso, daqui a dois meses o paciente voltará com um novo grupo de obsessores.
É mais importante para o Pai que o filho se transforme aos poucos, fortalecendo seu interior, do que ele pare de sofrer de imediato. A dor é o agulhão que rompe com as tendências inferiores dos espíritos, os quais teimam em manter sua atitude mental e emocional doentia.
É necessário que o paciente mostre força de vontade, empenho, superação. Assim, além de se melhorar, ele arrastará seus perseguidores para a luz da verdade. Somente afastar os obsessores não adiantará, e, além disso, precisamos amá-los, porque eles, acima de tudo, são espíritos que sofrem pelo próprio erro e desespero.
Quando os obsediados vão ao centro, muitos dos seus obessores (os que se encontram mais abertos às idéias renovadoras) freqüentam também as reuniões de estudo, recebendo inspirações de mudança, perdão e amor ao próximo.
Bem, falaremos mais tarde sobre os benefícios que os obsessores e os obsediados recebem quando freqüentam um local adequado. Citemos agora os principais cuidados que devem ser tomados ao se procurar um tratamento:
Casas Espíritas ou Templos de Umbanda NÃO COBRAM para realizar desobsessão. Alguns tipos de trabalho solicitam ajuda para sobrevivência do trabalho assistencial e não para lucro. Lembre-se que cobrar para atender e solicitar ajuda para manter são duas coisas bem diferentes.
Não existem regalias nesses locais, ou seja, rico ou pobre tem que entrar na mesma fila. Se em um local existem preferências para atendimento, desconfie. Somente os casos de extrema urgência fogem a essa regra.
Não há necessidade de morte de animais ou OFERENDAS para espantar espíritos obsessores. Esse tipo de “tratamento” cria vínculos e dificulta ainda mais o afastamento das entidades obsessoras. Os espíritos que atuam nesse tipo de “desobsessão” afastam o obsessor a força e “cobram” por isso, ou seja, quando o paciente parar de “pagar”,o obsessor é solto. Se o paciente não realizou uma “reforma” interior enquanto o obsessor estava afastado (isso não acontece na maioria das vezes, porque o obsediado só queria se livrar do problema), então o problema volta, com mais intensidade e agressividade.
Sempre fique atento às atitudes dos médiuns de uma casa, sua postura, o teor de suas conversas, sua higiene, etc.
Existem casas que realizam as sessões de desobsessão na presença do paciente. Se você é uma pessoa facilmente impressionável peça para não participar.Se isso não for possível, procure uma casa que faça o tratamento sem que você esteja presente. A intransigência do dirigente do trabalho nesses casos pode levar o paciente a abandonar o tratamento e não freqüentar lugar nenhum.
A mensagem dos médiuns para com pacientes obsediados deve ser sempre a mesma: Amor e Compreensão para com os que te perseguem e Fé e Resignação, acreditando que eles não podem te fazer mal se você não permitir. Se os médiuns tiverem uma postura diferente dessa, desconfie.
2.3 Abandonado(a)
O abandonado(a) é um caso sério, com grandes chances de conhecer o lado dos charlatões e aproveitadores dos dons espirituais.
Chamamos de abandonado o homem ou mulher que está desesperado com o companheiro ou a companheira que o deixou ou que está às vésperas de fazê-lo.
No seu desespero incontrolável essas pessoas buscam em um centro respostas imediatas para as suas principais dúvidas:
Ele(a) me ama?
Vale a pena sofrer por ele(a)?
Eu serei feliz com ele(a)?
Ele(a)me amará novamente?
Muitas vezes, até conseguimos levar pessoas nessas condiçõespara ouvir palestras e receber tratamentos de socorro. Contudo, por estarem descontrolados, a ajuda não surte efeito quase nenhum. Elas saem da reunião acreditando que não adiantou nada e que as respostas necessárias não foram dadas.
O pior disso é que, muitas vezes, a tônica da reunião é sobre o que a pessoa busca, mas por não falar especificamente do seu caso, ela não consegue “captar” a mensagem.
Então, pode acontecer da pessoa sofrer e se recuperar aos poucos, aceitando a situação ou, desesperar-se ainda mais e procurar cartomantes, jogadores de búzios, enganadores que dizem trazer a pessoa amada em três dias, etc.
Nesses casos, além de abandonada a pessoa será explorada e, ainda, poderá ficar obsediada (exploramos esse assunto no artigo “O que é se Espiritualizar?”).
O pior caso é daqueles que buscam o “trabalho” ou feitiço para prejudicar ou trazer a pessoa amada de volta. O irmão ou irmã que comete esse erro contrai dividas de grande extensão para com a justiça divina e já começa a pagá-las aqui nesse plano, tornando-se joguete dos espíritos que realizam a sua vontade. Por terem feito-lhe um favor, os espíritos menos esclarecidos se acham no direito de fazer o que quiser com seus novos “amigos”. TOME MUITO CUIDADO!!!
O sofrimento é inevitável quando se acaba um relacionamento, principalmente para quem ama. A freqüência a um lugar sério poderá despertar o espírito para um novo rumo na sua vida. O mais importante é passar a mensagem de que nada é por acaso e que Deus está sempre nos impulsionando para o melhor, mesmo que não concordemos com isso.
2.4 O Médium Descontrolado
O médium é aquele que tem sua sensibilidade “potencializada” pela espiritualidade para servir de instrumento de auxílio e divulgação das verdades Espirituais.
Existe uma grande dificuldade por causa dessa hipersensibilização. O médium tem uma sensibilidade do mundo espiritual que não está de acordo com a sua graduação espiritual; chamamos esse tipo de mediunidade de prova. É um dom, requerido por esse espírito antes de reencarnar para acelerar seu processo evolutivo e ajudá-lo com as “dívidas” contraídas pelos erros no pretérito.
Do outro lado, temos a mediunidade natural, na qual o espírito mantém contato natural com o mundo espiritual. Os grandes mestres que perfumaram nosso conhecimento durante toda a história são exemplos de médiuns naturais.
O médium descontrolado é, com toda certeza, o MAIS DIFÍCIL de se convencer a ir a um centro. Vamos citar aqui os principais motivos que os inibem:
Ele não tem medo dos “troços” (termo usado para identificar os diferentes tipos de sensações que cada médium tem, dependendo da sensibilidade de cada um), ELE TEM PAVOR!! Só de imaginar que as sensações que ele tem em sua intimidade podem acontecer ali, em um centro, sem controle,fazem-no evitar a qualquer custo a visita.
Todo médium sem estudo acredita que, ao freqüentar um centro ou templo, vá perder o controle sobre si ou que tudo aquilo que ele sente vai piorar.Ele imagina que a sua sensibilidade do mundo espiritual se tornará incontrolável e, o principal, que os fenômenos que o atormentam (principalmente durante a noite, antes ou durante o sono) continuarão.
Ele tem medo de ser explorado ou mistificado e acabar se prejudicando.
Ele teme a famosa frase “Você tem que trabalhar sua mediunidade!!!” que muitos irmãos falam para os que sofrem com sua mediunidade descontrolada.
Não estamos falando especificamente sobre mediunidade nesse artigo, contudo, vale a pena tratar um pouco sobre as questões levantadas acima.
Diferente do que muitos médiuns imaginam, a freqüência a um centro espírita faz com que todos os fenômenos que ele sente se acalmem, ou seja, ao freqüentar um centro ele entra em um processo de “controle” da sua mediunidade. Esse controle necessitará de tempo e esforço próprio, mas um dia acontecerá.
O mais engraçado é que, muitas vezes, os fenômenos que o atormentavam cessam e ele passa a entrar em contato com a espiritualidade de forma mais sutil e, o mais importante, o sono e o trabalho não são prejudicados, porque os fenômenos passam a ser controlados. Podemos facilmente entender essa questão…
Os médiuns que se negam a freqüentar uma casa ficam a mercê do contato espiritual das entidades de baixo padrão vibratório, que entram em “delírio”, porque o médium é uma janela para o mundo espiritual. Assim ,fenômenos como a vampirização, mistificação, influência, ficam mais fácil de serem realizados com médiuns. Por isso é que muitas vezes as “coisas” que os médiuns sentem enquanto se recusam a freqüentar um centro são diferentes da que passam a sentir quando começam a freqüentar um centro. Os espíritos de luz realizam contato de forma mais sutil e menos agressiva.
Existem outras coisas a falar sobre os dois últimos parágrafos, contudo, abordaremos esse assunto nos artigos sobre mediunidade, para não fugir ao objetivo principal desse artigo.
Com o tempo, o médium que freqüenta o centro começa a suavizar o impacto da sua mediunidade, e, no aprimoramento mediúnico, ele transforma a mediunidade torturante em faculdade de ajuda para os irmãos menos esclarecidos e também para si próprio.
Devemos tomar cuidado com a frase “Você tem que trabalhar!”. A pessoa já vai com medo, traumatizada pelo contato espiritual que somente a faz sofrer e falamos para ele que tem que trabalhar???!!! É para qualquer um sair correndo!!! Tenho um conhecido que ia começar um tratamento e abandonou tudo porque já chegaram falando isso para ele.
É importante para o médium freqüentar um lugar que refaça suas energias e que ele possa estudar, aprender e se harmonizar. Trabalhar em favor do próximo e aprimorar a faculdade que ele pediu para ajudar o próximo deve ser escolha dele. Ele tem que ser responsável pelo uso bom ou ruim, ou até pelo não uso dos benefícios que solicitou para compartilhar com o mundo.
Seguem os cuidados que devem ser tomados pelo médium ao buscar ajuda:
Não busque ajuda de pessoas que cobram. Todos que vão freqüentar um centro passam por um tratamento inicial e depois desse tratamento podem ou não ingressar no APRIMORAMENTO mediúnico. NINGUÉM É OBRIGADO A FREQUENTAR APRIMORAMENTO MEDIÚNICO!!! Desconfie de centros onde você não passa por tratamento e estudo para fazer parte do corpo mediúnico.
Não se sinta obrigado a trabalhar. Não se sinta pressionado. Esse pensamento é mais das “pessoas” do que dos espíritos e mentores responsáveis pelo trabalho. Sua postura deve ser de harmonizar-se primeiro e depois resolver se realmente quer ajudar o próximo. Essa escolha deve ser sua. É claro que é importante o médium trabalhar, mas não se pode obrigar ninguém a nada. Acredito que mais vale um médium que vai à casa espírita, estuda e se aprimora do que aquele que trabalha durante um tempo e não consegue dar continuidade, abandonando tudo.
Não freqüente casas onde há morte de animais. A Umbanda trabalha com as energias da Natureza e não existe mais necessidade de se sacrificar animais para realizar nenhum trabalho. Os pretos-velhos e caboclos são exímios conhecedores das energias da natureza. Eles conseguem limpar ambientes, realizar curas e dar passes somente com as energias das plantas e ervas.
Cuidado com lugares onde se endeusa o mentor. Mentores são irmãos que nos guiam e estão um pouco a nossa frente,contudo, você é responsável por seus atos. Passe sempre pelo crivo da razão os conhecimentos e instruções de qualquer espírito. Lembre-se que você será responsável pelos seus atos.
Sempre preste atenção na postura e conduta dos médiuns da casa.
Não busque encontrar o lugar ideal, apenas pense na busca por um bom local para freqüentar e depois, quem sabe, trabalhar. É como um caminho: uns o encontram antes e, outros, depois; mas não se preocupe com isso, aproveite o caminho, ele é cheio de belezas.
Antes de encarnar o médium escolhe uma tarefa de auxílio, essa tarefa é o seu objetivo. Tenha sempre em mente que o caminho que teu coração traça para ti é o mais importante, sendo a casa o local escolhido pelo médium para realizar sua sublime tarefa de renúncia e amor ao próximo.
Um centro não é muito diferente dos grupos que temos na vida. Podem ocorrer desentendimentos, problemas internos. Aprenda a relevar isso e busque sempre o seu objetivo maior que é melhorar o seu interior e ajudar aqueles que necessitam de ti…
3. Os diferentes tipos de Templos
Enganam-se aqueles que acreditamque somente em determinadas religiões os necessitados são auxiliados ou que o contato com o Pai está diretamente vinculado com a Religião.
O contato, a religação com o Pai depende mais do tipo de vida que o espírito leva do que do lugar que freqüenta. Lembremos sempre do aviso do Mestre, que nos ensinava a construir nosso castelo sob o chão firme, para que ele não desmorone.
A ligação com o Pai não pode ser construída sob uma casa de pedras, madeiras e tinta. É no terreno fértil do coração, voltado para os bons sentimentos, que se ergue o verdadeiro templo da Fé.
Falanges de espíritos atuam em todos os tipos de religiões, ajudando em qualquer pátria, não distinguindo raça ou sexo e fazendo sempre o possível para impulsionar os irmãos encarnados a se libertarem mais rápido das paixões e vícios que o prendem aos ciclos reencarnatórios de sofrimento e dor.
Mesmo nas religiões que não acreditam em espíritos ou na vida após a morte, ali estão os espíritos. Se a obra for para o bem, para elevação das qualidades morais da alma, então lá se encontrarão os benfeitores, distribuindo a luz do nosso Senhor Jesus Cristo para todos os necessitados.
Contudo, nos lugares onde não se encontra elevação moral dos dirigentes, a indiferença pelo próximo é notória e não se trabalha na reeducação das qualidades espirituais dos freqüentadores.
Nesses lugares, não se pode esperar a freqüência dos espíritos iluminados e sim daqueles que se afinizam com este tipo de baixa vibração.
Por isso, não se preocupe com o nome da bandeira que você deseja abraçar, foque sua análise para o conteúdo, para o padrão vibratório dos freqüentadores.
Sobre esse tema retiramos um trecho interessante do livro “Entre o Céu e a Terra”, de Francisco Candido Xavier, ditado pelo espírito André Luiz:
“- Quanto a mim, coopero com minha neta nos serviços que lhe foram conferidos aqui, entretanto, a minha tarefa pessoal mais importante se verifica num templo católico, a que me vinculei profundamente, quando de minha última reencarnação”
– Aliás – ponderou o Ministro, sensato o auxílio divino é como o Sol, irradiando-se para todos. As instituições e as almas que se voltam para o Pai Celestial recebem o suprimento de recursos de que necessitam, segundo as possibilidades de recepção que demonstrem.
Interessado, porém, nos apontamentos que surgiam, cada vez mais valiosos, Hilário indagou:
– Em que base se formará o processo de auxílio nas igrejas? Com o impedimento de nossa comunicação direta, como será possível cooperar em favor dos nossos irmãos católicos romanos?
– Muito simplesmente – esclareceu Mariana, prestimosa -, o culto da oração é o meio mais seguro para a nossa influência. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural conosco…
– Mas não de maneira ostensiva – alegou o nosso companheiro, estudioso.
– Pelo pensamento – explicou a interlocutora, respeitável. – A intuição beneficia em toda parte, e, quanto mais alto é o teor de qualidades nobres na criatura, mais ampla é a zona lúcida de que se serve para registrar o socorro espiritual. O culto público, indiscutivelmente, qual vem sendo levado a efeito, nos tempos modernos, não favorece o contacto das forças superiores com a mente popular. Os interesses rasteiros, conduzidos à igreja, constituem sólido entrave contra o auxílio celeste. E a preocupação de riqueza e pompa, quase sempre mantida pelo sacerdócio nos ofícios, inutiliza por vezes os nossos melhores esforços, porque, enquanto a atenção da alma se prende a exterioridades, as forças contrárias ao bem e à luz encontram facilidades positivas para a cultura do fanatismo e da discórdia. Ainda assim, superando tais obstáculos, é sempre possível algo fazer em benefício do próximo.
– Durante a missa, por exemplo prosseguiu Hilário, observador -, é viável o seu trabalho de cooperação?
Mariana fixou uma expressão facial de bom humor e aduziu:
– Somos grandes falanges de aprendizes da fraternidade em ação. Por mais desagradáveis se nos mostrem os quadros de luta, a nossa obrigação é servir.
– E o tipo de assistência? é de renovação espiritual ou de mero socorro aos crentes encarnados?
– Ah! – comentou Mariana, sincera – o trabalho é complexo e divide-se em múltiplos setores. Não está limitado à esfera da experiência física.
Inumeráveis são as almas que, desligadas do corpo, recorrem aos altares, implorando esclarecimento… Outras, depois da morte, confiam-se a desequilibradas emoções, invocando a proteção dos Espíritos santificados… É preciso corrigir aqui e ajudar além… Agora, devemos injetar um pensamento reconstrutivo nessa ou naquela mente extraviada, depois, é imprescindível harmonizar circunstâncias, em favor desse ou daquele necessitado… A maioria das pessoas aceita a religião, mas não se preocupa em praticá-la. Daí nasce o terrível aumento das aflições e dos enigmas.”
4. Egrégora
A egrégora de um templo é a atmosfera que a envolve. Essa atmosfera fica impregnada do sentimento, pensamentos e emoções dos freqüentadores, tanto encarnados quanto desencarnados, já que a egrégora não se limita somente ao plano físico.
Se estivermos em um templo religioso onde as pessoas se dedicam a melhorar seus pensamentos, realizam orações, entregam seus corações a devoção, etc, é fácil imaginar o que impregna essa “atmosfera” que envolve o templo. Esses lugares têm uma egrégora positiva que beneficia a todos que ali freqüentam. É a famosa sensação do “… me sinto bem nesse lugar…”.
Por outro lado, em bares, boates ou prostíbulos, onde muitos se entregam à sensualidade, ao vício ou à violência, encontramos uma atmosfera impregnada de energias negativas. A maior parte dos médiuns “sente” a diferença quando entra em lugares deste tipo, sendo para muitos insuportável a permanência neles por muito tempo.
5. Benefícios Alcançados
Os benefícios alcançados por aqueles que vencem a inércia e se dedicam a freqüentar um templo religioso ou de meditação são imensos e facilmente notados.
Vale lembrar que os benefícios ou curas não aparecem da noite para o dia, é um misto do esforço próprio e ajuda que recebe do local que decidiu freqüentar.
Todo templo religioso ou de meditação, onde o objetivo é o crescimento espiritual dos participantes, é envolvido por uma egrégora, que protege, ampara e auxilia os freqüentadores da casa.
Os templos dedicados ao amor e à fraternidade são protegidos por sua egrégora e pelos responsáveis espirituais da casa. Sempre temos espíritos ligados ao trabalho de um templo, independentemente da religião.
Um dos principais benefícios sentidos por aqueles que adentram na casa é o desligamento temporário dos obsessores, que muitas vezes são “barrados” na entrada do templo (principalmente nas casas espíritas e templos de umbanda).
Esse é um dos principais motivos para eles de tudo fazerem para que você não vá ao templo religioso. Embora a casa de amor e caridade proteja o seu freqüentador, ela não impede a influencia mental à distância, que ocorre nos casos de obsessão complexa.
Nesses casos, é necessário um tratamento, para que aos poucos o obsediado se desligue de seu obsessor.
Nos templos há também falanges de espíritos que se dedicam ao auxílio magnético; por isso, durante a reunião, palestra ou missa o freqüentador é envolvido em fluidos, absorvidos de acordo com a receptividade do beneficiado. Os espíritos amigos também inspiram idéias e conselhos que buscam ajudar os freqüentadores.
Quando estamos vinculados a uma casa, também recebemos a visita e fazemos parte da corrente de auxílio dos trabalhadores espirituais, que tudo fazem para nos ajudar na conquista dos bens espirituais.
É muito importante que cada um faça a sua parte, modificando sua conduta e seus sentimentos, para que o auxílio surta efeito.
Somente em solo fértil a ajuda espiritual pode vingar.
6. A Cura
Muitos buscam as casas espíritas para se curar de doenças.
É muito importante entender que nem todas as doenças podem ser curadas. Os espíritos estão mais interessados na sua cura espiritual.
Por isso, não perca a esperança somente porque suas doenças não foram curadas. Muitas vezes elas são a porta de entrada para o seu crescimento espiritual.
Algumas doenças são expurgos de erros aterradores que cometemos no passado, por isso, a grande maioria de nós solicita o ingresso na carne com restrições físicas, para que assim possamos nos sentir redimidos perante a justiça divina. Nesses casos, os espíritos não podem nos curar, somente amenizar as dores.
O próprio Dr. Fritz (espírito que realizou um trabalho extenso de cura espiritual no Brasil) em entrevista dada no livro “Dr. Fritz, O Médico e sua Missão” fala o seguinte:
” 52 – Com respeito à cura do paciente, ele pode ser curado no primeiro atendimento ou ela pode demorar a ocorrer?
R. As condições espirituais do paciente e seu merecimento são os parâmetros que possibilitam a ocorrência da cura. Assim, a cura depende do término do “pagamento” dos débitos existentes junto a “contabilidade” Divina, dos carmas e da regressão da enfermidade. O paciente poderá ser curado na hora ou receber o tratamento e a enfermidade ir regredindo. Toda doença apresenta o processo evolutivo e o regressivo.”
Trataremos mais desse assunto em um artigo futuro sobre Karma.
Acredito que devemos buscar no templo religioso a força para carregar a nossa cruz.
7. O Caminho
O caminho na busca de um local para freqüentar é um tópico importante, já que muitos desistem por que não se adaptam ao local que escolheram.
Às vezes, é necessário que o médium ou paciente passe por vários lugares para chegar ao local com o qual se afinizará. É o caminho, que muitas vezes o prepara para o lugar onde ele ficará uma boa parte da sua vida.
Não existe regra, mas temos que acreditar no quanto é importante freqüentar algum grupo, seja de prece, de meditação, de estudo, centros espíritas ou templos de umbanda.
As pessoas que se sentem sozinhas encontram nos grupos companhia para conversar e para se distrair. É comum grupos de Ioga realizarem eventos ou passeios, o mesmo acontece em outros tipos de congregações, que realizam atividades extras para integração dos participantes, realizando diversões saudáveis e harmoniosas.
Se não conseguir se adaptar, mude de lugar. Hoje existe uma quantidade imensa de grupos, cada um com sua característica própria.
Não desista, o grupo é o local onde você receberá auxílio dos espíritos amigos e ainda a palavra confortadora daqueles que compartilham com você os ideais de fé e paz.

por Gustavo Martins