sexta-feira, 29 de junho de 2018

Sou apenas um cavalo de Umbanda. Quem faz tudo é o guia ou o protetor espiritual!

Esclarecemos que este texto é apenas um olhar de nossas práticas e não define a verdade máxima sobre o assunto.

(4.8)

Já ouviu alguém falando isso? Já? Pois é...

Em pleno século XXI onde a informação está livre, amplamente disponível ainda temos pessoas com este pensamento. Mas temos que entender, exatamente, o que querem dizer, e se de fato estão conscientes do que dizem e fazem.

Há muito tempo não temos notícias de médiuns que são completamente inconscientes, nestes casos excepcionais o médium, comparar-se-ia a uma marionete onde o controle de suas funções biopsicomotoras estariam temporariamente sobre controle irrestrito de um guia ou protetor. Este formato de incorporação foi muito utilizado no início pois a maioria das pessoas daquela época não acreditava nas comunicações mediúnicas, além de haver uma intenção em se aproveitar de possíveis comunicações do além para benefício próprio.

É importante buscarmos o sentido primordial da mediunidade. Qual o real objetivo em nascermos com a faculdade mediúnica disponível? Naturalmente temos a tendência de dizer que é para ajudar o próximo. Concordamos, mas perguntamos, quem? Caridade é sempre a primeira resposta quando o assunto é espiritualidade, espiritismo, Umbanda. É fácil buscar o argumento de ajudar, auxiliar a quem precisa. Mas e se essa pessoa for você?

Vejam, mediunidade é uma ferramenta valiosa ofertada por Deus para aqueles espíritos que, quando ainda desencarnados reconhecem suas necessidades emergenciais e optam por serem medianeiros entre 2 planos – material e espiritual. Até aí nenhum problema, está lá no plano espiritual, programando sua próxima encarnação, várias reuniões com os responsáveis... está definindo como será seu período aqui na Terra, então porque não ser médium?

Nesse momento você realmente assume um compromisso. Sim, compromisso! Com o seu próprio aprendizado. Afinal, estará em breve na melhor das escolas, estará encarnado! É pra valer a pena mesmo, porque você É O cara, ou A cara(como preferir), vai ser médium de Umbanda. Sim, porque na Umbanda é mais fácil, é só seguir o rito e pronto! Tudo resolvido! Um preto-velho no trabalho de hoje dá uns conselhos, na Gira de sábado vem um Caboclo, dá uns passes e pronto! Tudo resolvido! Faço umas doações ... resolvi minha encarnação!

É mais fácil obviamente porque é o guia ou protetor quem fala e faz tudo. Por isso escolhi ser médium aqui. Na verdade, eles é que sabem, e fazem tudo! sou apenas o “cavalo”.
E é aqui que começa a pegadinha... que você armou para você mesmo! Ao se “aproveitar” do esquecimento proporcionado pela nova encarnação, ESCOLHEU se omitir, escolheu desperdiçar esta encarnação – em verdade está deixando o Ego tomar conta....

Então você poderia perguntar-se, qual o objetivo da mediunidade? Aprendizado.Nada mais. E na Umbanda? Aprendizado. Aprender com humildade, com o pé no chão. Aprender com cada um que vem no terreiro em busca de alivio, em busca de uma luz.

Ser médium na Umbanda envolve um despertar amoroso para si mesmo. Envolve, pôr em prática um compromisso consigo mesmo, de amor a si e a Deus, aproveitando na totalidade a oportunidade de ser medianeiro entre dois planos.

Aquele médium que diz que o guia ou protetor faz tudo tem necessidade urgente de tratamento. Saibam, que o espírito que se dedica a nos instruir, apenas complementa o trabalho que o médium se propôs a executar. Ele usa o que o médium tem. E dessa forma não tem como o médium se eximir de estudar, de adquirir conhecimento, de abrir o coração e de praticar o evangelho. São estes atributos que eles vão usar. Mas quem faz primeiro, é o médium.

Quando o médium alega não saber ou não se lembrar do conteúdo dos atendimentos - é um total desrespeito consigo e com o guia ou protetor que o acompanha desde sua chegada, aguardando pacientemente você médium estar minimamente pronto para alguma caridade – e o médium é sempre o primeiro oportunizado ao socorro.

Amigos, estamos na hora certa, no lugar certo e com a informação certa. Por caridade a si, e gratidão profunda a Deus, aos guias e protetores, espíritos amigos que tanto nos auxiliam na caminhada terrena, vamos aproveitar a oportunidade de aprendizado, de troca, de experiências únicas onde em cada atendimento, um assistido nos permite resgatar algo de nossas sombras e nossos defeitos. Bendita oportunidade que temos de consertar alguns deles.

Então, é mesmo o guia ou protetor espiritual quem faz tudo?

 Zio Fio, assim é a Umbanda, compromisso dos dois lados da vida. Às vezes os fio-de-fé, nos questionam que verdade é essa, que não pode ser compreendida por todos?! Bom, este é um mistério que ainda estamos aprendendo, Zi Fio.
 Ispia isso! O homen de fé diz que toda vida vem de Deus, mas não hesita em matar um pobre animal para saudar a conveniência da festa doméstica do final de semana; o homem diz que devemos ter respeito para com as coisas SAGRADAS, mas não se incomodam em estragar o corpo fisíco que receberam para uma encarnação, são as bebidas alcoólicas, a medicação em excesso, o consumo de carne vermelha, a redução do sono e tantos outros; o homem fala de crescimentoespirituar, sabe tudo do céu e do inferno, mas não consegue ajudar seu parente mais próximo, um irmão de sangue, por conta das diferenças infantis. Zi fio, compromisso é compromisso, e bem disse o moço dos estudos: Foiocê quem escolheu!
  Encerramos este texto hoje, agradecendo o moço dos estudos, por sintonizar esta faixa vibratória, permitindo que mais de nossos companheiros pudessem oferecer algum serviço ai na Terra! Também dizer ao este povo-de-Deus, que apesar da hora chegada, das dificuldades que nesta época se multiplicam por dezenas de vezes. Temos esperanças que não irão desperdiçar estes últimos momentos, desta encarnação. Rogamos ao Criador que nos permita até o último segundo de nosso aprendizado neste planeta, revisarmos nossos pesadelos e retificar nossas obras ainda tão imperfeitas. Dizemos de coração que, oceis não estão sozinhos e que agradecemos quando ocêisdesejam o bem do outro.
Muito axé, muita paz e muita Luz.



Produção: Roberto Marques
Colaboração: Maximiliano Leite