Maria da Purificação Lopes
Maria da Purificação Lopes, Mãe Bada de Oxalá, Olufan Deiyi,[1] (Salvador, meados do século dezenove — 1941) Iyá kékeré,[2] assumiu temporariamente os destinos do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, após o falecimento de Eugênia Anna Santos, Mãe Aninha, Ọbá Biyi.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Mãe Bada assumiu temporariamente o dia-a-dia do Axé, após o falecimento de Mãe Aninha. Segundo relato de Mãe Stella[3]:
Segundo o Sr. José de Ribamar Feitosa Daniel,[4] Mãe Bada ajudou muitos terreiros a solidificarem-se, iniciou várias pessoas em outros terreiros da Bahia,[5] a exemplo do reconhecido Oxumarê, na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, e o terreiro de Ciriaco (Manoel Ciriáco de Jesus)[6] Neste último, no ano de 1936 iniciou na nação yorubá (nagô, ketu) o jovem Taoiá (falecido) e a menina Carmelita Luciana de Souza (Carmelita Luciana Pinto, depois do casamento), então com sete anos. Carmelita (Carmélia) também filha de Oxoguiã é conhecida por "Xagui". Mãe Xagui, quase octogenária, é a iyalorixá de terreiro sito no Pero Vaz (Salvador) fundado por sua mãe Archanja Maria de Brito (Cassutu) filha de Xangô iniciada pela gaucha Maria Nenem, a qual fora igualmente a mãe-de-santo de Ciriaco e Bernardino do tradicional terreiro angola Bate Folha.
Deoscóredes Maximiliano dos Santos, Mestre Didi, em seu livro História de Um Terreiro Nagô, escreve[7]:
Ver também[editar | editar código-fonte]
I. Relacionados ao Ilê Axé Opô Afonjá:
1. Ialorixás do Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador: (ordem cronológica)[8]
- Eugênia Anna Santos ou "Mãe Aninha" - 1910 a 1938
- Maria Purificação Lopes ou "Mãe Bada" - 1939 a 1941
- Maria Bibiana do Espírito Santo ou "Mãe Senhora" - 1942 a 1967
- Ondina Valéria Pimentel ou "Mãe Ondina" ou "Mãezinha" - 1968 a 1975
- Maria Stella de Azevedo Santos ou "Mãe Stella" - desde 1976
2. Ialorixás do Ilê Axé Opô Afonjá, Rio de Janeiro: (ordem cronológica)
- Agripina de Souza ou "Agripina de Xangô Aganjú" ou "Obá Deyi"
- Cantulina Garcia Pacheco ou "Mãe Cantu - Ayrá Tolá" ou "Tia Cantu - Ayrá Tolá"
3. Outros:
- Rodolfo Martins de Andrade, "Bamboxê" ou "Bangboshê Obitikô",
- Joaquim Vieira da Silva, Obá Sanyá, Tio Joaquim, um dos fundadores do Ilê Axé Opô Afonjá.
II. Relacionados à Casa Branca do Engenho Velho:1. Ialorixás da Casa Branca do Engenho Velho:
- Iyá Nassô Oió Acalá Magbô Olodumarê, foi a primeira Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho.
- Marcelina da Silva, Oba Tossi, foi a segunda Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho.
- Maria Júlia Figueiredo, Omonikê, foi a terceira Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho.
- Maximiana Maria da Conceição, Iwuin Funké, Tia Massi, foi a quinta Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho.
Referências
- ↑ Bada (Olufan Deiyi) quer dizer “guerreiro que anuncia sua chegada”. SANTOS, Maria Stella de Azevedo. Meu Tempo é Agora. São Paulo. Editora Oduduwa. 1993. Página 113.
- ↑ Geralmente conhecidos como "mãe" ou "pai pequeno". É um cargo auxiliar da mãe-de-santo e a substitui na sua ausência. Quando morre uma Iyálorixá, a Iyá kékeré toma conta da casa até que seja feito o jogo para indicar a sucessora.
- ↑ SANTOS, Maria Stella de Azevedo. Meu Tempo é Agora. São Paulo. Editora Oduduwa. 1993. Ver seção Bibliografia.
- ↑ Transcurso do centenário de criação do Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá.
- ↑ «Universidade Federal da Bahia, O Discurso da Luz, Por Cleidiana Patrícia Costa Ramos» (PDF). Consultado em 2 de abril de 2017. Arquivado do original (PDF) em 4 de julho de 2016
- ↑ «Ricardo Pereira Aragão, Ser Rodante É Ser-Com-Outros, A possessão como experiência de alteridade num candomblé de Salvador.» (PDF). Consultado em 2 de abril de 2017. Arquivado do original (PDF) em 5 de julho de 2016
- ↑ SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos. História de Um Terreiro Nagô, [1]página 16. Ver seção Bibliografia.
- ↑ Orí apéré ó: o ritual das águas de Oxalá, Por Maria das Graças de Santana Rodrigué, página 58