Palha-da-costa
Palha da costa[1] é a fibra de ráfia conhecida como ìko pelo povo do santo. É extraída de uma palmeira chamada Igí-Ògòrò pelo povo africano e que, no Brasil, recebe o nome de jupati, cujo nome científico é Raphia vinifera.
No candomblé, representa a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação, sendo utilizado na confecção das roupas dos orixás, em especial Obaluayê e Omolu (Sakpata). Seu uso é indispensável na iniciação (feitura de santo) no sentido de proteger a vulnerabilidade dos neófitos.
Outras finalidades[editar | editar código-fonte]
Esta mesma palha trançada com espessura de um dedo mindinho e comprimento de um metro, chama-se Ikan, popularmente chamado de "contraegum" pelos leigos e até mesmo pelo povo de santo. Geralmente, é amarrado nos braços e cintura dos iniciados, com a finalidade de afastar as energias negativas e espíritos malévolos, impedindo a incorporação de eguns (espíritos de mortos).
Tipos[editar | editar código-fonte]
- Umbigueira (recebe este nome quando é amarrado na cintura).
- Mokan (recebe este nome quando é ornado com búzio da costa): é um colar de palha trançada que é usado no pescoço junto com o delogun e seu comprimento é até o umbigo.
- Contraegum (recebe este nome quando é amarrado na dobra da parte inferior da junção entre braço e ombro).
Referências[editar | editar código-fonte]
- [1]
- Cossard, Giselle Omindarewá, Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.