quarta-feira, 1 de setembro de 2021

A prudência de Chico e seu desdobramento em companhia de André Luiz e Emmanuel...

 A prudência de Chico e seu desdobramento em companhia de André Luiz e Emmanuel...


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, pelo e casacos e jaquetasO caso que narro abaixo foi narrado pelo Chico, em meados da década de 80, na casa de sua irmã Luiza Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo (Minas Gerais).

I
A CAUTELA DE CHICO.

Estávamos conversando sobre o livro Nosso Lar, quando indaguei como seria a cidade de Nosso Lar e se ele já teria sido levado pelo espírito André Luiz para conhecê-la. Ele me disse que no capítulo do livro intitulado Bônus Hora¹, ele havia parado de psicografar por uns 15 dias. Ele pensou que estava sendo mistificado.² Segundo ele, André Luiz, percebendo que a dúvida poderia atrapalhar o desenvolvimento da obra, disse que em uma das quartas-feiras ele seria levado para conhecer alguns aspectos da cidade. Recomendou o Chico quanto aos cuidados em relação aos pensamentos e a alimentação. E aconselhou que ele deitasse em decúbito dorsal, procurando evitar qualquer posição desconfortável, principalmente para a região do pescoço. Chico disse que ele se deslocou do corpo e ficou aguardando a chegada de André Luiz, mantendo boa consciência.

II.
SEM PALAVRAS.

No horário marcado, André Luiz e Chico “caminham” na rua São Sebastião, em direção à rua Comendador Antônio Alves (rua principal da cidade), e ficam aguardando em frente a matriz. Lá permanecem por alguns minutos, quando Chico observa que um veículo na forma de um “cisne” aterrisa suavemente na rua. No lugar onde ficam os “órgãos do cisne” se localizavam as janelas e nos “olhos do cisne”, os condutores do veículo. Antes de entrar no veículo, André Luiz disse a Chico que a partir daquele momento ele não precisava articular nenhuma palavra, que se comunicariam através do pensamento. Entraram no veículo e Chico observou que todos os lugares já estavam ocupados, com exceção dos dois últimos. Chico perguntou mentalmente a André Luiz o que aquelas pessoas estavam fazendo ali e ele disse que muitas estavam indo à cidade de Nosso Lar para refazimento e outras, para orientação e instrução, sempre acompanhadas por algum amigo ou benfeitor espiritual.

II.
LUZES E CORES...

Chico observou que o deslocamento do veículo era muito diferente do avião comum que, para pegar altitude, tem de se dispor de muito espaço. Ao contrário. Aquele veículo pegava altitude rapidamente e foi exemplificado com as mãos que o veículo pegava altitude utilizando um movimento espiralado. Chico não soube precisar exatamente quanto tempo esteve no veículo, mas me relatou que acreditava ter ficado por volta de 40 minutos. Disse ainda que não era possível observar pela janela o que estava acontecendo na paisagem exterior e que, de repente, o veículo fez um movimento semelhante quando empurramos um objeto de plástico para o fundo da água e soltamos, ele volta um pouco acima do nível da água e depois se acomoda na superfície. Naquele momento, quando Chico olhou pela janela, o veículo estava sobre um oceano. Segundo André Luiz, na perspectiva de Nosso Lar os encarnados “estão vivendo em um mar de oxigênio”.
O médium relatou que o veículo deslizou por alguns minutos na horizontal e parou em uma espécie de porto. O comandante da “nave” disse a todos que deveriam estar novamente naquele local a uma determinada hora. Cada grupo seguiu a sua direção. Chico afirmou que no trajeto para a cidade existiam flores emitindo cores variadas. André Luiz disse que pela manhã as flores absorvem a luz solar e à noite emitem luz, permitindo um jogo de cores impressionante.

IV.
ENERGIA DE REFAZIMENTO

Chico não teve permissão de conhecer a Governadoria. Observou que as ruas eram bem largas e arborizadas. Conheceu algumas dependências do Ministério da Regeneração. Disse que entrou em uma espécie de hospital (acho que ele se referiu ao Santuário da Benção). Viu muitos enfermos. Observou que as lâmpadas neste local tinham a forma de um coração. André Luiz disse que durante as orações da Governadoria e de toda a comunidade, pontualmente às 18h, os enfermos recebem energias de refazimento através destas lâmpadas. André Luiz falou sobre o chamado Bônus Hora, explicando o seu mecanismo. Boa parte desta explicação consta no próprio livro. Retornaram no horário previsto.

Das obras psicografadas pela faculdade mediúnica do nosso Chico Xavier, na minha opinião, a série André Luiz representa uma fonte inesgotável de informação, consolo e esclarecimento. Precisamos estudá-la [- como se convém -] urgentemente.

(Jhon Harley Madureira Marques é autor do livro “O Voo da Garça...”.
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Bônus-hora.

(¹) “Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo.
Os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social.
As almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, ou o contato de orientadores sábios.
Mas, é esse o único título de remuneração? – Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia, não só na administração, como também na obediência.
A maioria dos homens encarnados está, simplesmente, ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana.”
Propriedade legítima, o bônus-hora sempre será moeda de troca junto à Economia Divina estando o espírito encarnado ou desencarnado, permitindo o acesso a todo tipo de benefícios para si mesmo e para outrem, segundo seus interesses e necessidades.
Se na Terra todos os serviços são remunerados, e quando o são parcamente, dá ensejo à atuação da Justiça dos Homens, diante da perfeição da Justiça Divina o mesmo não acontece, como garantiu Nosso Senhor Jesus Cristo ao dizer que a cada um é dado segundo suas obras.
Portanto, todos precisamos verificar, com isenção de consciência, antes de pedir o que quer que seja “aos Céus” e seus representantes, qual é o nosso saldo em bônus-horas – nosso Capital Espiritual – conquistados através de trabalhos voluntários no âmbito de nossa área de atuação reencarnatória, para que não passemos pela decepção de ver nossos desejos não atendidos, ou atendidos em parte.
(²)
Chico temia ser vítima de mistificação:
O verbo mistificar significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir, burlar, lograr, embair, embaçar”. Quem quer que se dedique à prática da mediunidade deve estar atento a essa ocorrência. A mistificação pode ser provocada pelo encarnado e também pelos desencarnados. Em ambos os casos, é preciso cautela para não se deixar ludibriar.

As mistificações constituem, segundo Kardec, os escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático. É simples, porém, o meio de evitá-las: basta não pedir ao Espiritismo senão o que ele possa dar. Ora, sabendo que a finalidade maior do Espiritismo é o melhoramento moral da Humanidade, dificilmente seremos enganados se não nos afastarmos desse objetivo, visto que não existem duas maneiras diferentes de se compreender a verdadeira moral.
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Amilcar Sobreira.