sexta-feira, 1 de julho de 2022

Morrigan: A deusa irlandesa da guerra, cultuada no Samhain

 

Morrigan: A deusa irlandesa da guerra, cultuada no Samhain

Morrigan: A deusa irlandesa da guerra, cultuada no Samhain

Mas um Samhain se aproxima é para não ser redundante, vou postar um pouco sobre as divindades que são evocadas neste sabat e inicio com Morrigan.
"Samhain, o fim e o início do Ano Sagrado, quando o Tempo das Trevas começa. Esta é a última colheita."
Esclarecendo que Morrigam não é um espírito  e sim uma divindade pertencente ao Panteão Celta, mais precisamente ao Celta Irlandês. E que é cultuada e evocada somente por seguidores da Old Religion Traditional (adimitindo que é um coven difícil de se encontrar e de se integrar) e mais facilmente adaptada pela Wicca.


MORRIGAN: Deusa, rainha, deusa trina, ou divindade

Divindade  da mitologia celta associada à guerra e à morte, reverenciada especialmente no Samhain.
Morrigan tem muito em comum com as deusas Inanna / Ishtar , Kali e Hecate, em sua relação com o lado sombrio e terminal  da vida física.
Era reverenciada por guerreiros, que procuravam cultuá-la e oferendá-la, antes das batalhas. De modo ainda bélico, era temida e costumava-se atribuir sua presença à proximidade da morte. A deusa da morte escura que carrega a alma em suas asas negras para o renascimento, trazendo a consciência da natureza temporária da vida.

Como uma Mãe Ancestral abissal pode ser facilmente comparada as Iyami Oshoronga da cultura Yorubá, entidades misteriosas pouco conhecidas nos cultos afro-brasileiros. Vejo pouca possibilidade de se fazer uma analogia entre Morrigam e Iansã, pois a primeira é profetisa e controladora da morte enquanto  Iansã é a guerreira que domina os espíritos.

A principal forma de Morrigan é de uma velha, envolta em uma capa de penas de corvo negro. Às vezes, ela assume a forma de corvo anunciando a morte. Mas pode aparecer como um lobo, um outro animal ou ainda uma mulher bela e sensual.

Suas oferendas incluíam sacrifícios de animais, libação com vinho tinto e sangue, e nos primórdios de seu culto, o sacrifício humano também ocorria.
Profetisa de toda a desgraça nas batalhas, tendo o conhecimento do destino, do momento do desencarne. Mas essa relação com a morte, é focada no desencarne violento, através de lutas.
Em sua função de protetora, ela capacita o indivíduo para enfrentar os desafios com grande força pessoal, mesmo diante de dificuldades aparentemente insolúveis. Sendo capaz de dar a vitória a um exército, ou a um guerreiro em desvantagem absoluta em relação a um poderoso e preparado adversário.
Outro aspecto sombrio é a relação com a fúria e a vingança.

Morrigan no Ciclo de Ulster ou Ciclo do Ramo Vermelho (narrativas da mitologia Irlandesa) tem uma relação de amor e ódio com o herói Cúchulainn. Oferecendo seu amor e sendo desprezada, empenha-se em vingar-se do herói, culminando em sua morte.

Outros nomes e títulos

Mor Righ Anu
Morrigan ou Morrigu
Morgan - (MOHR-Gahn) de Galês mor "mar" ou mawr "grande, grande" + pode "brilhante" ou não pode "círculo" ou geni ". Born"

Atributos: Deusa, divindade ou rainha,  arquetípico de morte, guerra e amor apaixonado.
Representação:
como um corvo negro , que se alimenta do guerreiros mortos após a batalha.
Relações: esposa ou amante de Dagda, Filha de
Oferendas: sacrifício de sangue
Animal sagrado: corvo
Cores: vermelho e preto
As plantas sagradas: artemísia, yew e salgueiros.
Armas: lanças, espadas e escudos

Os cultos à Morrigan na atualidade não usam mais o sacrifício de sangue. Onde semelhante ao culto das Iyamis Yorubás, lhe são ofertados nas terras de bosques: vinho e ovos crus (alguns inteiros e outros quebrados sobre a terra e regados com vinho tinto seco), velas pretas, vermelhas e brancas.

Invocação de Morrigan

Como a Terra cai no sono a Rainha dos Espíritos escolhe aqueles que irão para o caldeirão do renascimento. Ela é Morrigan, a Grande Rainha dos mortos. Ela é o Corvo de Batalha, a Mulher Vermelha, Mestra do  Caldeirão.
Ouve-nos agora, Grande Rainha, Senhora da Colher, da guerra da  Profecia.
Nós seus filhos pedimos para que estejas conosco, que veja  com bons olhos nosso rito sagrado, que sua presença aqui no bosque nos abençoe.
Seja bem-vinda entre nós Morrigan, Grande Rainha, aceite a nossa homenagem!

Oração aos mortos no dia de Samhaim
Na planície da alegria;
Na terra Abaixo da terra;
Na terra da juventude;
Na terra da sempre vida.
Descanse em sete luzes,
Descanse em sete alegrias,
Descanse em sete sonos.
O Bosque do Caldeirão,
Santuário Morrigan é.
A sombra da morte está em sua face,
Mas o caldeirão do renascimento espera por você.
Então em paz, entregue-se ao descanso que antecede a renovação.
Descanse, na sabedoria de todas as sabedorias,
Descanse no amor de todos os amores,
Descanse na Senhora da Vida e da Morte,
Descanse até o tempo de retorno
Até o Mistério do Caldeirão

Por Claudia Baibich