quinta-feira, 14 de julho de 2022

A HISTÓRIA DE SEU EXU SETE DA LIRA

 

 A HISTÓRIA DE SEU EXU SETE DA LIRA


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Lendas

Rei das Sete Liras é conhecido como uma entidade da Umbanda, mas o que quase ninguém sabe é a sua história, que começa na Idade Média e vai até a sua reencarnação no século dezenove. Realmente, o que muitas pessoas ouviram falar foi de um centro de Umbanda, no Rio de Janeiro, denominado Sete da Lira, que foi freqüentado por artistas famosos, como Tim Maia e até mesmo Freddie Mercury e alguns integrantes da banda Kiss. Na Espanha Medieval, havia um casal interessante: Caio e Zelinda. Caio era um descendente de gregos, que tocava e fabricava instrumentos musicais, especialmente liras. Zelinda era uma bela negra africana, que escondida dos poderosos da época, fazia rituais mágicos. Estas duas pessoas tinham um filho chamado José, que era inteligente e tocava instrumentos como ninguém. Este garoto gostava de tocar e fabricar liras. Ele construía sete diferentes modelos de lira. Desde muito cedo, José demonstrava possuir poderes paranormais: curava pessoas doentes, movia objetos com o olhar, tinha sonhos premonitórios, via a aura das pessoas. Quando ele entrou para a adolescência, este paranormal passou a incorporar espíritos enquanto tocava, uma destas almas seria a do bíblico Rei Davi. Além de possuir poderes sobrenaturais, ele era muito carismático, por isto foi apelidado, carinhosamente, de Rei das Sete Liras. Como José fazia muito sucesso entre as mulheres, um marido ciumento inventou para os representantes da igreja que o Rei das Sete Liras era um bruxo. Assim, o pobre foi queimado na fogueira pela Inquisição. Mas, no século dezenove, José reencarnou numa criança, que se tornou um excelente músico e um fabricante de liras, também. Nesta reencarnação, ele também tinha poderes paranormais, como realizar curas, ver auras, interpretar sonhos. Mais tarde, bem depois da sua morte, ele foi adicionado na Umbanda, como uma entidade, que auxilia os artistas, principalmente os músicos. No século vinte, surgiu no Rio de Janeiro um centro de Umbanda chamado Sete da Lira, em homenagem a este músico.

Povo da Lira

Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha, sendo na verdade seus nomes kimbandeiros Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblê (ou Rainha das Marias). Seus apelos kimbandeiros mostram justamente sua afinidade pêla dança, a musica e a arte ( lira e candomblê). Dentro do reino da Lira, que tambêm as veces é chamado "reino do candomblê" não pêlo culto africanista aos orixás, sinão por ser issa palavra sinônimo de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exu que tem que ver com a arte, a musica, poesia, bohemia, ciganeria, malandragem, etc.

Características:

Exu 7 da lira, usa roupagem fluídica muito parecida com a do senhor exu marabô e ambos trabalham na mesma linha vibracional dos ciganos (exú e pomba gira cigana) sendo que , as entidades ciganas do oriente (vibração de direita) utilizam-se dessa energia e auxílio para poderem trabalhar na linha de exu em terreiros.

Bebida: Aguardente (Marafo), uísque, vinho tinto e branco, gim, conhaque e licores finos.

Comida: Farofa de farinha de mandioca e farinha de milho misturadas com cachaça, regada com epô (azeite de Dendê) e óleo de pimenta. Tem preferência por carne bovina, portanto, um bom bife acebolado (cebola roxa) levemente frito no óleo de dendê pode ser servido por cima da farofa. Nossa corrente oferta sete qualidades de frutas doces cravejadas de cravos da índia (tempero) e regadas com mel. Enfeita-se o prato com sete moedas douradas e três notas de pequeno valor.

Fuma: Charutos finos, cigarros e cachimbo.

Objetos de Poder: Tridentes, punhais, moedas antigas e novas, cordas de instrumentos musicais, pentes, dados, bolas de bilhar, navalhas, lenços de bolso vermelhos, correntes e anéis de prata ou ouro, dentre outros itens.

Flores: Cravos e rosas vermelhas

Dia da Semana: quartas, sextas-feiras e sábado

Ponto de Força: Todos os locais onde exista grande fluxo de comércio, nas encruzilhadas de casa de prostituição, nos jardins de museus e bancos financeiros, nas encruzas de casa de espetáculos, nas estradas movimentadas, nas encruzilhadas de escolas e universidades.

REINO DA LIRA

1) Povo dos Infernos - Chefiado por Exu dos Infernos
2) Povo dos Cabarés - Chefiado por Exu do Cabaré
3) Povo da Lira - Chefiado por Exu Sete Liras
4) Povo dos Ciganos - Chefiado por Exu Cigano
5) Povo do Oriente - Chefiado por Exu Pagão
6) Povo dos Malandros - Chefiado por Exu Zé Pelintra
7) Povo do Lixo - Chefiado por Exu Ganga
😎 Povo do Luar - Chefiado por Exu Malé
9) Povo do Comércio - Chefiado por Exu Chama Dinheiro.

Ponto cantado

Sou exu, trabalho no canto
Quando canto desmancho quebranto
Sete cordas tem minha viola
Vou na gira de lenço e cartola bis

Viola é tridente
Cigarro é charuto
Bebida é marafo

Sou sete da lira
Derrubo inimigo
Ponteiro de aço

Ponto Riscado

Ponto riscado do Exu Rei da Lira usado para evocação e invocação. A “estrela de seis pontas” carrega o poder da ancestralidade e o pentagrama invertido demonstra seu controle sobre os impulsos bestiais dos homens e mulheres. Esse Rei pode libertar ou acorrentar sob mesmo sigilo, bem como fornecer energias de elevação e crescimento ( espiritual e material) contínuo.

Exu Rei das Sete Liras (Exu Rei da Lira) - Texto T.Q.M.B.E.P.N Direitos Autorais reservados.

O “Trono” de Exu Rei das Sete Liras é ocupado pelo primeiro espírito coroado pelo “Grande Dragão Negro”. Esse espírito ostenta forças dinâmicas e receptivas que regem todo Reino da Lira, todavia, a expansão do Reino agregou muitos sub-reinos. Para ocupar a função suprema, tais espíritos são diferenciados dos demais em vários aspectos. Todo Exu Rei das Sete Liras trata-se de um Exu que evoluiu da linha de Exu da Lira e após receber o título de “Mestre Sete” (“Sete Liras” ou “Sete da Lira”) foi coroado. Em algumas vertentes, o título de “Mestre Sete” não é usado na formação nominal, mas isso não modifica em nada seu reinado.

Os Exus de Lira são espíritos que desenvolvem suas atividades dentro dos pontos de força do comércio, dinheiro, entretenimento/cabarés, estudo, literatura, artes e política. Suas essências contêm tanto os poderes dinâmicos quanto os receptivos e são os espíritos com maior capacidade de influencia de todo Reino da Quimbanda. Uma das características mais manifestas desses seres é a movimentação que proporcionam nos pontos de força que regem e isso ocorre pela constante necessidade de descargas energéticas. Porém, também existem Exus de Lira responsáveis na manutenção e proteção de certas instituições. Citaremos um exemplo da ação do Reino da Lira para que os adeptos não tenham dúvidas. Um Exu de Lira que está dentro de uma “Casa de Valores” age constantemente na movimentação do dinheiro, bem como na entrada e saída das pessoas, porém, necessita de uma força protetora para esse local. Dessa forma, comunica-se com Exus de outros Povos para que desenvolvam suas atividades concomitantemente. Esse exemplo mostra o dinamismo do Exu nas movimentações e sua essência receptiva que atrai o lucro para tais comércios. A ação política ocorre quando o mesmo busca em outros Reinos forças para que possa exercer suas atividades. Os “Exus de Lira”, juntamente com os “Exus de Encruzilhada” são os maiores responsáveis pela movimentação do mundo.

O “Reino da Lira” também possui espíritos brutais. Por tal, o “Rei das Sete Liras” são espíritos que além de possuírem um poder diplomático notável, são exímios estrategistas. Nada passa despercebido por eles e suas cobranças são rápidas e precisas.

Exu Rei das Sete Liras e Lúcifer

Um dos maiores erros dentro da Quimbanda é a associação entre o “Exu Rei das Sete Liras” (Também conhecido como “Rei da Lira”) e Lucifer. É até plausível que os antigos tenham associado os mesmos correlacionando características, pois segundo alguns grimórios medievais, Lucifer está adjunto às artes, música e beleza. Mas mesmo que nosso Orgulhoso Deus Lucifer tenha tais associações, o direcionamento de suas forças é muito mais amplo e está conectado à busca pela Sabedoria Libertadora. O Exu Rei das Sete Liras tem essa chama luciférica em sua essência, todavia, não existe fundamento em fundir os dois. Trata-se inclusive, segundo nossa visão, de um desrespeito à Hierarquia.

"Saravá Seu Sete Rei da Lira
nosso grandioso amigo de fé!
Saravá suas forças e suas magias!
Axé Seu Sete da Lira
Abra nossos caminhos!"

Autor desconhecido

Adm: @fernanda_rayra
Povo da Calunga