quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Mães Divinas da Umbanda: As Yabás

 Mães Divinas da Umbanda: As Yabás


Nenhuma descrição de foto disponível.IEMANJÁ
Rainha do mar é a Iemanjá, na Umbanda. Orixá dos mais populares do Brasil, é a mãe de todos e protetora dos marinheiros, viajantes do mar e pescadores. Sua casa, o mar e o oceano, devolve trabalhos e vibrações. Ordena o lar e família, odoyá!
OXUM
Orixá das mulheres, da fertilidade, do ouro e do amor. Rainha das cachoeiras, Oxum é protetora da juventude e das gestantes. Representa a pureza e a riqueza na Umbanda, pois sua morada são as cachoeiras. Um exemplo de mãe que nunca deixa um filho na mão. Ajuda a todos sem distinção.
IANSÃ
Rainha dos ventos e das tempestades. Por isso é a responsável pelas reviravoltas e transformações na Umbanda. Combate os trabalhos feitos contra seus filhos, isso quer dizer que quando um filho sofre com uma feitiçaria, ela desfaz. Exerce domínio sobre os eguns, por isso, também é considerada a guardiã dos mortos. Forte, é uma guerreira e sua magia afasta as influências do mal.
NANÃ
O orixá mais velho da Umbanda é Nanã. Difícil identificar sua origem, nenhuma pesquisa conseguiu até o momento. Ela é a dona da alma no fundo dos rios, a lama. Serviu para modelar os homens. Assim, é o nascimento, vida e morte. Nanã significa mãe nos dialetos africanos.
OBÁ
Obá é uma yabá que conhece profundamente a verdade, ela sabe o que é verdade, sabe o que se eterniza na mente e no tempo. Tem a natureza concentradora e geradora vegetal – que rege todos os seres, podendo estimular o raciocínio e desenvolvimento.
EGUNITÁ
Egunitá é uma Yabá ativa que controla o fogo da Purificação. É ela quem liberta os vícios e desequilíbrios de todos os seres. Onde existe qualquer desequilíbrio, ela utiliza de seu magnetismo para utilizar esse fogo purificador. Em seu lado oposto, essa incandescência pode esgotar ou cegar. Todos nós temos esse fogo cósmico de Egunitá, mas diluído. No momento em que nos desvirtuamos, Mãe Egunitá acende esse fogo em nós para nos colocar no rumo. Ela é sincretizada com Santa Sara Kali, a protetora dos ciganos.
LOGUNAN
É a yabá de atuação do tempo no campo religioso. Ela é a representação da onda divina, da irradiação cristalina. Atua junto aos seres apáticos e emotivos além de incidir sobre os descrentes. É a orixá que pune quem usa de práticas religiosas para enganar os outros explorando fé alheia e quem é fanático.
POMBA GIRA
Pomba gira se classifica enquanto um dos mistérios de Deus se difere de Pomba Gira entidade, que trabalha incorporando médiuns à esquerda da Umbanda.
Rubens Saraceni diz que enquanto Orixá o nome Pomba Gira nunca foi revelado na teogonia nagô. Ela se encontra oculta entre os mais de 200 Orixás que também permanecem desconhecidos. Sobre sua nomenclatura na Umbanda disserta
Mas, como ela se revelou na Umbanda com esse nome e já deu provas e mais provas sobre sua importância, seu poder e suas funções, compete a nós, os umbandistas fundamentá-las em Deus, entre os Orixás, na Criação, na Natureza e em nós mesmos, elevando-a à condição de Orixá.
Mestre Rubens Saraceni também explica, que as entidades manifestadas nos terreiros denominadas Pomba Giras fizeram-se presente por meio da manifestação desse mistério divino. Mesmo não sendo revelada no culto africano ou de matriz africana e ainda cercada de enigmas, esta divindade vem cada vez mais se mostrando na Umbanda.
Trazendo essas concepções, Alexandre Cumino pontua “assim como para a entidade Exu tomamos emprestado o nome do Orixá Exu, para Pomba Gira por recomendação de Pai Benedito de Aruanda, temos a oportunidade de fazermos o contrário, pegar o nome Pomba Gira emprestado para identificar a divindade doadora do Mistério, puro e simplesmente isso.“
Fonte: Júlia Pereira