Era dia de gira de preto velho em um terreiro no Rio de janeiro. Aos poucos foram chegando os médiuns e a assistência.
Contos de Pai Joaquim de Angola!
Era dia de gira de preto velho em um terreiro no Rio de janeiro. Aos poucos foram chegando os médiuns e a assistência.
Os procedimentos foram realizados a gira foi aberta e foi chegando os pretos velhos.
O atendimento ocorria de forma natural até que chegou um Homem falando alto e dizendo:
Preciso falar com a entidade chefe deste terreiro com urgência. O cambono pediu que o homem se acalmasse e falasse baixo, pois, os trabalhos espirituais já estavam abertos e os pretos velhos, já estavam realizando os atendimentos é que ele deveria aguardar a sua vez na fila.
Foi aí que o Homem riu na cara do cambono e disse:
Que fila que nada! Eu pago o que for preciso! Eu pago o dono deste TERREIRO agora!
Pago quem se encontra na minha frente!
Esse povo aqui o problema deles deve ser dinheiro o meu não!
O cambono relatou que não era assim que era o atendimento feito no terreiro. Pai Joaquim de Angola que chefiava a gira. Pausou a consulta com uma assistente e disse:
Filho senta é espera a sua vez! Aqui sua moeda não tem valor!
Todos aqui são iguais!
Antes de entrar em meu TERREIRO Tire esse anel de doutor!
Tire essa prepotência, arrogância, pois, foi ela que lhe fez ter o problema que fez você vir aqui pedir ajuda.
O terreiro todo ficou em silêncio! Aquele homem mesmo contra sua vontade sentou na assistência de cara amarrada e ficou reclamando mentalmente.
Este homem não sabia que o preto velho estava lendo todas as energias que eram emitidas por ele através do seu pensamento.
A gira continuou todos foram atendidos e finalmente chegou a vez daquele homem.
O cambono conduziu ele até pai JOAQUIM de Angola que chefiava a sessão. Foi aí que o homem disse:
Você que é dono do recinto?
Você quem manda aqui?
Você é tipo o presidente do espaço?
Quero falar com quem manda com o mais forte?
Pai Joaquim com sua paciência sorriu para o Homem. Pegou seu cachimbo tirou o seu chapéu de palha olhou dentro dos olhos do Homem e disse:
Não sou dono do recinto só cuido do ambiente.
Não mando em nada aqui, pois, todos trabalham em conjunto.
Caboclos, pretos velhos, criança, Exus, Pombagiras demais espíritos e os médiuns.
Não sou o presidente de nada. Só tenho a Responsabilidade de conduzir a gira, porém, não tô acima de nenhum espírito aqui encarnado ou não.
Eu não sou o mais forte não. Todos aqui trabalha em conjunto. Nossa força é coletiva. Por isso todos aqui são fortes.
O Homem já ia começar novamente a falar foi quando pai Joaquim disparou:
Não precisa falar nada não filho. Sei porque você veio até aqui falar com alguma Entidade.
O seu problema é achar só porque tem muitas moedas no bolso, muito dinheiro como se fala na terra você pode comprar tudo é a todos.
Só se compra aquilo que não tem valor, aquilo que não tem carácter. Você tentou comprar o terreiro e as pessoas assim como você faz lá fora. Aqui não funciona assim. Você sentado esperando em seu pensamento sem abrir a boca falava:
Posso comprar dez espaços desse!
Posso comprar todas as pessoas que tá! Aqui!
Eu Posso, eu tenho nunca esperei nada em minha vida. Sempre comprei tudo o que quis chegando aqui esse povo me faz esperar.
Filho você sempre comprou aquilo que não é verdadeiro.
Por isso você está buscando ajuda. Porquê você tentou comprar o amor, amizade, honestidade, carinho e afeto, mas não conseguiu.
Você tentou comprar o amor de pessoas e esperava verdade e lealdade, mas não conseguiu. Você viu que o dinheiro não compra a verdade desses sentimentos.
Diferente dos bens materiais e de pessoas, os verdadeiros sentimentos não se compra. São bens que se conquista, através da confiança, da solidariedade e do respeito mútuo.
Só se vende quem não conhece o valor do carinho, afeto, amizade, respeito, união, amor, verdade e respeito.
O dinheiro compra aquilo que tem preço. O que tem valor, se conquista. Então filho conquiste não compre.
Há tesouros que o dinheiro não compra, e o Amor, amizade, carinho e afeto é um deles
Pai Joaquim de Angola.