domingo, 15 de maio de 2022

Sentada nas margens do rio A rainha se banhava sozinha. Ijimu é uma cidade Mas por ser a cidade dela Oxum ganhou este nome para si, Se tornou Oxum Ijimu.

 Sentada nas margens do rio
A rainha se banhava sozinha.
Ijimu é uma cidade
Mas por ser a cidade dela
Oxum ganhou este nome para si,
Se tornou Oxum Ijimu.


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A rainha se banhava sozinha.
Ijimu é uma cidade
Mas por ser a cidade dela
Oxum ganhou este nome para si,
Se tornou Oxum Ijimu.
O único som era o doce tilintar da água
Quando então o som de passos
Pôde ser ouvido.
Ijimu não gosta de agitação
Ou bagunça,
Não tolera ser interrompida
Por isso ja se pôs nervosa
Olhando em volta atrás do entruso,
Quando então ela a vê,
A anciã de roupas púrpura
Vindo em sua direção
Caminhando entre as arvores.
Ijimu se ergue para receber a mulher,
Pois não era qualquer uma,
Aquela era uma como Oxum,
Era Orixá, era Nanã.

"A que devo a honra anciã?" - Oxum pergunta curiosa.

Nanã vinha de cabeça baixa
E estava visivelmente constrangida.
"Oxum... eu... eu venho em busca de ajuda."

Oxum ergue o queixo e rapidamente nega
"Não, sei que está em guerra com Ogun, mas eu não me tornei quem sou hoje lutando batalhas que não são minhas."

Nanã balança a cabeça
Como quem diz que entende
"Eu Luto sozinha, não vim em busca de aliados na guerra e sim de outra coisa."

"Ah... Então diga, se eu puder ajudarei."

A anciã se vira para a floresta e diz "podem vir."
E então de trás das árvores surgem
Muitas pessoas, dezenas,
Oxum se espanta a princípio
Mas logo percebe que não havia perigo,
Não eram guerreiros,
Eram apenas mulheres, crianças e idosos, aldeões.

Nanã ainda encarando o chão diz
"São meu povo, minha aldeia. Eu vou pra guerra, sou boa guerreira mas... sou velha. Se eu perder... o que vai ser da minha gente? Quando Ogun derrota um povo... ele não deixa inimigos vivos, você sabe. Não tenho medo por mim, mas temo pelos meus."

Oxum vira o rosto por respeito
Pois Nanã tinha lágrimas
Escorrendo pela face
E quando um valente chora
Se deve fingir que não.

"Eu os protegerei." - Oxum promete.

Nanã limpa as lágrimas a agradece,
Se despede de seu povo e parte para a batalha.
Oxum apanha uma cabaça
E com sua magia a faz aumentar de tamanho,
A cabaça se transforma
Em algo do tamanho de uma casa.
Oxum abre um buraco
E manda que os filhos de Nanã
Entrem nela, se escondam lá dentro,
Então ela sela o buraco
E inverte o feitiço
Fazendo a cabaça se tornar mínima novamente,
Então a leva para o fundo do rio
E esconde no leito de areia.
Dentro da cabaça não houve frio,
Nem sede, nem fome.
Os dias passaram,
A notícia de uma grande batalha se espalhou
Mas Oxum não saiu do rio
E durante todo o tempo
Vigiou a cabaça.
As um momento um som
Chama a sua atenção novamente,
Ela escuta passos na margem do rio.
Saí da água pronta para lutar
Quando então da de cara com Nanã
Que vinha suja, esfarrapada, muito machucada
Mas com um grande sorriso no rosto
E ao ver Oxum diz
"Venci! Eu derrotei Ogun!"

Oxum abraça a anciã e comemora
E logo tira a cabaça da água,
A abre e deixa o povo de Nanã sair,
eles todos vão de encontro com a anciã
E comemoram muito felizes
E muito orgulhosos.
Todos agradecem Oxum Ijimu
E vão embora.

Algum tempo se passa
E Oxum reconhece novamente
O som dos passos de Nanã
Macios na margem do rio.
Ela sai das águas e encontra a anciã
Que sem pestanejar a entrega
Um grande volume.
Oxum examina aquilo,
Era claramente um presente,
Tecidos roxos e lilás muito belos
E um abebe de madeira esculpido
Em forma de boneca,
Em forma de Akuaba.

Nanã diz
"Na minha casa não se usa nada de metal, então não posso lhe dar bronze ou Ouro, mas aceite isto que foi feito pela mãos de meus filhos com muito carinho."

Oxum Ijimu aceita com muito gosto
E ali sela o início de uma grande amizade
Que dura até os dias de hoje.
Nanã é amiga de Oxum, de Oxum Ijimu!

Ore Yeye Oxum Ijimu!
A que protege até os que não são seus filhos!
Que seja louvada todos os dias!
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Espero que tenham gostado!
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Muito obrigado!