sexta-feira, 6 de maio de 2022

Omulu O Orixá Omolu, também conhecido como Obaluaiê, é uma poderosa manifestação de Olorum (Deus), associada à terra, à saúde e à riqueza para o povo iorubá e tem o seu nome traduzido como “senhor de todos os espíritos da terra”.

 

 Omulu
O Orixá Omolu, também conhecido como Obaluaiê, é uma poderosa manifestação de Olorum (Deus), associada à terra, à saúde e à riqueza para o povo iorubá e tem o seu nome traduzido como “senhor de todos os espíritos da terra”. 


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O Orixá Omolu, também conhecido como Obaluaiê, é uma poderosa manifestação de Olorum (Deus), associada à terra, à saúde e à riqueza para o povo iorubá e tem o seu nome traduzido como “senhor de todos os espíritos da terra”. Orixá da renovação dos espíritos, senhor dos mortos e regente dos cemitérios, é considerado o campo santo entre o mundo material e o mundo espiritual.

Omolu, misericórdia divina com a humanidade, ajuda aos cientistas e estudiosos a investigarem as doenças para descobrirem os remédios para os tratamentos e curas. É ainda reconhecido carinhosamente como “médico dos pobres”, por trazer o alívio às dores dos seres humanos.
No campo da evolução humana, atua no momento do encarne – cria a ligação energética entre o espírito reencarnante e o corpo material que irá se desenvolver no ventre materno, promovendo ainda a redução do corpo plasmático do ser que está se ligando à matéria, para que este agora acompanhe nova jornada evolutiva noutra formação física em adaptação.

Age também no momento do desencarne, isto é, na passagem do plano material para o espiritual, no sentido de paralisação das forças físicas, sendo conhecido também como “Senhor das Passagens”.

Agente da misericórdia, ainda leva o amor divino, a guarida e proteção a todos aqueles seres que caíram, pelas suas impetuosidades, impulsividades, egoísmos e vicissitudes, para que todos esses filhos caídos possam retornar novamente à trilha do progresso.

Este grande Orixá se manifesta à visão humana com o corpo coberto de palha da costa, elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à morte e ao sobrenatural.

Carrega um símbolo chamado Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas e com pequenas cabaças que representam a sua posição de curador, pois porta os remédios. Com estes instrumentos, capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como “varre” as doenças, impurezas e males sobrenaturais, mostrando, assim, sua ligação com a terra.

Os devotos de Omolu lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas (deburus), em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.
Omolu também está ligado ao interior da terra (ninù ilé) e isso denota uma íntima relação com o fogo, já que este elemento, como comprovam os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta.

É homenageado no dia 16 de agosto, quando há uma grande festa, o Olubajé, que tem como finalidade mostrar aos homens, por meio da comida, da bebida e da dança, que eles devem ser amigos dos seus semelhantes.

Os filhos de Omolu são geralmente pessoas muito reservadas, calmas, pacatas, que possuem uma existência sóbria, capazes de se abster da própria vida em prol de outros. São sinceras, inteligentes, excelentes alunos da vida, bons observadores e assimilam com facilidade tudo que veem. Não se esquecem das mágoas sofridas e reprimidas, mas não fazem disso um vale de lágrimas.

Divino Orixá que traz a luz violeta para transmutar toda carga negativa, ilumina, ilumina, ilumina os seus filhos para o novo dia da renovação. Atotô!

Aspectos Gerais

Dia: Segunda-feira
Símbolo: Xaxará e lança de madeira
Metal: Chumbo
Elemento: terra e fogo do interior da terra
Cores: branco, preto, vermelho, marrom
Folha: mamona
Bebida: Aruá
Domínios: Doenças epidêmicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
Sincretismo: São Roque (16/08) ou São Lázaro (17/12)
Saudação: Atotô!