domingo, 8 de maio de 2022

ZÉ PILINTRA ENSINOU Liberte-se dos maus hábitos.(Uma mania "nojentinha").

 

ZÉ PILINTRA ENSINOU

Liberte-se dos maus hábitos.(Uma mania "nojentinha").

Liberte-se - ZÉ PILINTRA ENSINOU

Liberte-se dos maus hábitos.(Uma mania "nojentinha").


Certa noite, pedi para conversar com seu Zé Pilintra.
Falar com ele é sempre um momento de felicidade, pois sua energia vibrante, leve e contente contagia.
A intenção inicial era receber sua benção e trocar algumas palavras, mas saí de lá com uma lição e muitas interrogações sobre meus hábitos.
Assim que cheguei seu Zé me perguntou:
— Como estas cabritinha? Tudo certo?
— Sim, tudo bem! E o senhor?
Ele respondeu faceiro:
— Eu to bem! Trabalhando e feliz com a oportunidade de ajudar meus irmãos encarnados na terra! — E tu cabritinha, não tem nada de novo para me contar?
— Não, nada de novo!
Ele me olhou interrogativo e falou:
— Soube que você andou levando uns “puxões de orelha” dos guardiões! É verdade?
Sorrindo respondi:
— É verdade, mas não sei por que puxam tanto minhas orelhas! Estou tentando fazer tudo que me aconselham! — Não consigo ver o que estou fazendo de errado! O senhor pode me dizer?
Ele balançou a cabeça negativamente sorrindo:
— Cabritinha, eu sei o que é, mas não posso dizer! Vocês querem tudo de mãos beijadas, não podemos sair falando tudo, se fosse assim aonde estaria o mérito de vocês? Precisam reconhecer em vocês mesmo os hábitos que precisam ser modificados, nós A-J-U-D-A-M-O-S, mas não vamos fazer o trabalho por vocês! Se os guardiões tem te puxado as orelhas é por que tem motivos! É ou não é? Estou errado?
Fiquei calada. Ele continuou:
— Cabritinha, escute, trabalhar com a espiritualidade é assim mesmo, nenhum de nós pede nada em troca, ajudamos e trabalhamos por nossa evolução e amor ao próximo, mas vocês precisam vencer certos hábitos que prejudicam vocês mesmos. — Não podemos falar tudo que gostaríamos, pois poderíamos interferir demais em suas vidas e em seu livre arbítrio que é sagrado. Ta entendendo?
— Sim seu Zé, entendo! Mas não sei que hábito é esse que preciso mudar!
— Cabritinha, vou te dizer só uma coisa! — é uma mania N-O-J-E-N-T-I-N-H-A essa sua!
Arregalei os olhos assustada! Surpresa com a declaração respondi com um sorriso envergonhado:
— Nossa! Nojentinha? É tão feio assim?
Gracejando ele respondeu:
— É feio! Vixi! Feio demais! — Te digo que é uma mania nojentinha mesmo! Nem te conto!
Respondi:
— Meu Deus! — Mas que hábito é esse? Tenho tentado observar minhas atitudes mas não consigo ver!
Batendo as mãos levemente em minhas costas ele completou:
— Se olhe mais Cabritinha! Se enxergue! Você precisa começar a reconhecer suas qualidades e perceber um pouco mais suas manias! — Quer um conselho? — Comece a se olhar de fora! — Já te dei umas dicas, não posso falar mais nada sobre isso! Agora é com você!


Terminada a conversa saí pensativa, voltei para casa pensativa, fui dormir pensativa, no outro dia...acordei pensativa! O que poderia ser aquele hábito tão “nojentinho”?
Era um domingo, eu e meu marido decidimos ir até a feirinha passear um pouco, estacionamos o carro, descemos e logo fomos abordados por um pedinte, meu marido e eu nem sempre chegamos a um consenso sobre quando e quanto dar nesses casos, tínhamos opiniões diferentes.
Então comecei a tentar convencer meu marido sobre meu ponto de vista, comecei com um blá, blá, blá, andando pela feirinha, então notei que ele apenas ouvia, mas o olhar parecia aborrecido, cansado, então me calei.
Naquele olhar encontrei a resposta que eu procurava, em segundos passou em minha mente várias cenas onde eu tentava convencer as pessoas a aceitarem meus pontos de vista, usava inúmeros argumentos, que por vezes causavam mal-estar em quem os ouvia, eram moralistas demais! Eram bons argumentos, mas expressados da maneira errada. Não percebia que estava desrespeitando o direito do outro em pensar o que quisesse, estava desrespeitando o tempo do outro em compreender, quase obrigava as pessoas a pensarem como eu, sem falar que era chata!
Então lembrei do seu Zé....havia achado o hábito “nojentinho”
Fiquei triste em ver como meu hábito havia machucado pessoas que amo, feliz por ter encontrado, e preocupada em muda-lo.Voltei para casa, conversei com meu marido e pedi desculpas por todas as vezes que fiz aquilo, então me senti mais leve.
Alguns dias depois conversando com seu Zé novamente contei feliz que havia achado o nojentinho.
Ele me respondeu sorrindo:
— Esta vendo cabrita! Era ou não era um habito nojentinho?
— É verdade, é mesmo!
— Cabritinha, cada pessoa tem seu tempo para compreender certas coisas, seus pontos de vista não são errados, mas o erro está em querer que as pessoas pensem como você. Cada um tem uma maneira de ver e entender a vida, você não precisa concordar, mas precisa respeitar e permitir que as pessoas pensem como quiserem! Deixe que sejam como são! Se quer mudar alguém então que seja você mesma! Trabalhe em sua mudança e deixe que as pessoas sejam como querem ser!
— Agora me sinto mais aliviada, posso mudar o hábito!
— Verdade Cabritinha, pode mudar e começar a procurar os outros!
— Outros? Ainda tem mais?
Seu Zé sorriu e falou:
— Vixi cabrita! Você nem imagina quantos! Todos tem muitos! Se não tivessem nada para mudar estariam fazendo o que aqui na terra? Encontre um de cada vez e combata todos! Esse é o caminho da evolução!

Depois dessa lição tento ouvir com atenção, dar minha opinião sem tentar mudar a maneira como o outro vê a vida. Devem perguntar se consegui, digo que, por vezes me pego indo pelo mesmo caminho, quando isso acontece mudo o curso. Cada vez que percebo um hábito que precisa ser mudado lembro que encontrei um “nojentinho” então começo a luta para transforma-lo em algo bom. Depois desse encontrei outros, e sei que ainda encontrarei mais durante minha caminhada na terra. O importante é não desistir e marchar para frente, sempre com o foco na luz, pois é lá que encontramos força.
Abraços a todos

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