domingo, 27 de março de 2022

RAMATÍS FALA SOBRE O SUICÍDIO (DO LIVRO: “A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO” RAMATÍS, ATANAGILDO/HERCÍLIO MAES )

 RAMATÍS FALA SOBRE O SUICÍDIO
(DO LIVRO: “A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO” RAMATÍS, ATANAGILDO/HERCÍLIO MAES )

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(DO LIVRO: “A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO” RAMATÍS, ATANAGILDO/HERCÍLIO MAES )

Pergunta: Supondo-se que alguns encarnados que se suicidaram no passado se rebelam em futuras encarnações contra as novas provas dolorosas de retificações espirituais e resolvam suicidar-se novamente, quais serão os recursos empregados pelo mentores espirituais, a fim de que esses infelizes irmãos não possam fugir às provas redentoras?

Ramatís: Não é preciso que os prepostos espirituais criem situações propositadamente punitivas para que esses espíritos rebeldes não fujam de suas provas, pois eles mesmos criam suas condições expiatórias quando avançam em demasia na sua revolta e ficam manietados aos resultados de suas próprias ações. Assim como o trovão desfere o raio, que carboniza as substâncias na atmosfera carregada de eletricidade, os espíritos revoltados também produzem venenos mentais e astrais violentos, que os vitimam sob terrível intoxicação e os debilitam, minando-lhes até o senso psíquico de coordenação mental. Sobrecarregam-se de corrosivos produzidos pela mente em rebeldia, como produtos da cólera, da raiva ou do ódio, e que na lei de correspondência vibratória se condensam e incrustam na superfície delicada do perispírito, tornando-o terrivelmente enfermo.
Durante a reencarnação, o perispírito é obrigado a reduzir-se até se encaixar perfeitamente na forma fetal que se encontra em gestação no corpo feminino para, então, despertando aos poucos, desenvolver-se aglutinando os novos elementos biológicos da linhagem hereditária a que se encontra ligado e que hão de constituir-se no seu novo corpo carnal. À medida que vai crescendo o embrião no ventre materno, o perispírito vai se libertando gradativamente de sua carga astral venenosa, que se transfere para o organismo tenro em formação, para mais tarde surgir a mesma enfermidade em toda a sua eclosão perniciosa. Em certos casos, o encarnante drena com demasiada violência o conteúdo tóxico do seu perispírito para o novo corpo físico, ainda em vida uterina, resultando que, ao nascer, já se apresenta com terrível lesão, enfermidade ou estigmas congênitos. Em verdade o corpo carnal é a materialização completa do perispírito na matriz uterina, e se plasma sob o princípio atualmente esposado pela ciência, de que a matéria é energia condensada. Deste modo, todas as forças envenenadas do psiquismo doentio, que se geraram pela rebeldia, cólera, irascibilidade ou fúria suicida, baixam vibratoriamente durante a acomodação do perispírito no órgão etérico da gestante e, à medida que vai se constituindo o novo corpo, também absorve os venenos da veste perispiritual do encarnante. A carga tóxica transfere-se desta última para o corpo tenro, que depois será, então, um instrumento de sofrimentos e dificuldades para o seu próprio dono, vítima de suas tropelias e invigilâncias pretéritas. Então o indivíduo poderá nascer com o corpo coberto de chagas incuráveis, lesado no sistema circulatório, nervoso ou linfático, ou enfermo de outros órgãos vitais do corpo. Em certos casos, as perturbações nos plexos nervosos ou na zona cerebral são as responsáveis por angustiosas paralisias, quadros mórbidos de alucinações vividas no astral inferior, ou ainda pelos estados confrangedores da epilepsia. Justifica-se, então, a existência dessa tenebrosa caravana de criaturas teratológicas, imbecilizadas ou portadoras das mais aberrativas atrofias, que expõem os seus molambos de carne pelas ruas das cidades ou se arrastam grotescamente como inquilinos torturados de um mundo infernal, e em ânsias frementes de viver! São infelizes almas que há muito tempo vêm se estertorando no resgate dos mais trágicos desatinos do passado ou, então, inveterados suicidas que fugiram da vida esfrangalhados sob veículos ou por quedas desesperadas, carbonizados pelo fogo, envenenados pelos corrosivos ou aniquilados pelas armas de fogo ou pelos punhais. A Lei Cármica então os manietou aos resultados dos próprios tóxicos e lesões perispirituais que em momentos de vingança geraram contra os princípios harmônicos da vida humana. Em conseqüência, aqueles que se suicidaram em uma encarnação e que, em novo ato de rebeldia, se trucidam em reencarnações retificadoras, são apanhados pelo próprio cientificismo regulador da Vida e agravam, ainda mais, as suas situações dantescas. O Carma os enlaça novamente e eles retomam ao mundo físico amordaçados aos próprios ergástulos de carne; muitas vezes renascem imbecilizados e com fugidio sopro de consciência flutuando sobre o vigoroso instinto de vida animal, que então se encarrega de impedir-lhes a coordenação psíquica para efetuarem qualquer novo ato de suicídio.

Pergunta: Mas, voltando à pergunta anterior: Devemos supor que tais tipos de suicidas sempre hão de se reencarnar impedidos da consciência de si mesmos, ou então privados de sua liberdade orgânica no mundo físico?

Ramatís: Da mesma forma como pode existir diferença de recursos terapêuticos para os enfermos com igual manifestação patogênica, o cientificismo do mundo espiritual - embora usando de técnica diferente - também consegue obter resultados diversos nos mesmos casos de suicidas inveterados. Muitos suicidas rebeldes renascem sob condições tão enfermiças que, perturbando-lhes parte da razão, também os impedem de cogitações filosóficas demasiadamente mórbidas e perigosas, passíveis de induzi-los novamente à autodestruição. Sofrem por isso de amnésia parcial na consciência espiritual, ficando com os seus poderes e raciocínios reduzidos, e que assim não revelam toda a sua velha estrutura psíquica já acumulada no tempo.
Outros retornam ao mundo com a sua inteligência bastante velada e nascem no meio dos brutos e ignorantes, onde atuam sem a grande capacidade do passado, incapazes de uma compreensão psicológica além do ramerrão da vida cotidiana. Não ficam imbecilizados, sem a consciência de suas ações, mas também não gozam totalmente do poder arguto da análise e dos seus requintes filosóficos habituais; as suas necessidades intelectivas e morais são poucas, pois nessa piedosa readaptação à existência humana, pouco mais exigem do que é necessário para o animal doméstico! Normalmente, só comem, bebem, dormem e procriam, sem que lhes passe pela mente qualquer outra ansiedade além dessas satisfações rudimentares.

Pergunta: Que tipo de suicidas foram essas almas, no passado?

Ramatís: Trata-se de almas que, em face de sua excessiva agudeza mental e raciocínios perturbadores no passado, saturaram-se dos propósitos comuns da vida humana, sem ainda haverem compreendido os seus sublimes objetivos espirituais. Algumas, em vidas sucessivas, fartaram-se epicuristicamente com os requintes intelectivos e sem objetivos de estímulos espirituais, para depois se deixarem dominar pelo prazer da pura abstração ou especulação filosófica, terminando intoxicadas pelo invencível tédio e pessimismo, que as abateu sem lhes colimar um objetivo justo. Muito antes de perceberem a finalidade inteligente e gloriosa da existência humana e dos objetivos do espírito imortal, destruíram seus corpos pelo suicídio insano. Petrificaram suas emoções de alto nível angélico,confundindo a inesgotável capacidade eterna da consciência espiritual com o limite do intelectualismo puro do homem encarnado. São tipos de suicidas inveterados, vítimas de sua excessiva intelectualização, pois, supondo-se mestres de arguta sensibilidade no trato da matéria, na verdade não passam de infelizes vítimas de saturação intelectual, que acreditam ter resolvido o destino da vida examinando a fenomenologia provisória do mundo físico através das acrobacias no trapézio da mente humana.