A IMPORTÂNCIA DOS PONTOS CARDEAIS (NORTE, SUL,...) NA MAGIA CERIMONIAL E NA PRÁTICA PAGÃ!
A IMPORTÂNCIA DOS PONTOS CARDEAIS (NORTE, SUL,...) NA MAGIA CERIMONIAL E NA PRÁTICA PAGÃ!
Introdução:
1- O altar
1.1- O altar deverá conter a representação dos quatro elementos, possuir um pentáculo e duas velas para a Deusa e o Deus e uma vela que será a chama perpetua da sua Bruxaria. O Pentáculo poderá estar no centro do altar ou na posição norte. O Pentáculo é o Pentagrama circundado por um círculo.
1.2- O altar poderá estar posicionado em qualquer uma das direções cardinais. O mais comum é que se localize no norte ou no leste. O meu por exemplo, se localiza no sul.
1.3- Ao traçar o círculo, pode-se traçar a partir do norte ou do leste, ou da posição cardinal que você preferir. Logo, logo eu vou explicar o porquê dessas posições cardinais. Traça-se no sentido horário o círculo para formá-lo e no sentido anti-horário para desconstruí-lo.
1.4 Aconselho o uso de uma bússola para localizar perfeitamente aonde está o leste, norte, oeste e sul. Só é possível predizer que o leste é aonde o sol nasce, nos equinócios. Fora disso há um ligeira alteração no ponto exato de nascimento do sol. Portanto a bússola é indispensável.
2- O porquê da importância e o significado das direções cardinais:
Geralmente se associa o norte ao elemento terra, o leste ao ar, o sul ao fogo e o oeste à água, nas operações com pentagramas. Nas operações com hexagrama temos: fogo/leste, terra/sul, ar/oeste e água no norte.
Olhando a árvore cabalística percebemos o porquê da variação entre se traçar e/ou se posicionar o altar no leste ou norte. É em direção ao leste que está direcionada a primeira esfera Sefirótica, Kether. É de Kether que emana toda a criação segundo os cabalísticos. Mas, ao mesmo tempo Kether é quase inacessível sendo somente alcançada por meio de Tiphareth.
(A Árvore da Vida e as posições dos pontos cardeais está na imagem que acompanha esse texto.)
KETHER, A PRIMEIRA SEPHIRAH
Título: Kether, a Coroa. (Em hebraico, כתר : Kaph, Tau, Resh.)
Imagem Mágica: Um velho rei barbado, visto'de perfil.
Localização na Árvore: No topo do Pilar do Equilíbrio, no
Triângulo Supremo.
Texto Yetzirático: O Primeiro Caminho chama-se Inteligência Admirável, ou Oculta, pois é a luz que concede o poder da compreensão do Primeiro Princípio, que não tem começo. É a Glória Primordial, pois nenhum ser criado pode alcançar-lhe a essência.
Títulos Conferidos a Kether: A Existência das Existências. O Segredo dos Segredos. O Antigo dos Antigos. O Velho dos Dias. O Ponto Primordial. O Ponto no Círculo. O Altíssimo. O Rosto Imenso. A Cabeça Que não Existe. Macroprosopos. Amém. Lux Occulta. Lux Interna. He.
Nome Divino: Eheieh.
Arcanjo: Metatron.
Coro Angélico: As criaturas vivas a sagradas. Chaioth ha Qadesh.
Chakra Cósmico: Rashith ha Gilgalim. Primum Mobile. Primeiros Remoinhos.
Experiência Espiritual: A União com Deus.
Virtude: Consecução. A Realização da Grande Obra.
Vício: Não tem
Correspondência no Microcosmo: O Crânio. O Sah. Yechidah. A Centelha Divina. O Lótus de Mil Pétalas.
Simbolos: O ponto. A coroa. A suástica.
Cartas do Tarô: Os quatro ases: Ás de Paus: raiz dos Poderes do Fogo; Ás de Copas: raiz dos Poderes da Água; Ás de Espadas: raiz dos Poderes do Ar; Ás de Ouros: raiz dos Poderes da Terra.
Cor em Atziluth: Esplendor.
Cor em Briah: Esplendor branco, puro.
Cor em Yetzirah: Esplendor branco, puro.
Cor em Assiah: Branco, salpicado de ouro.
Observe a árvore da vida, na verdade observe apenas a parte superior da árvore em que posicionamos as direções (imagem que segue com o texto):
No Norte temos o princípio feminino primordial ao que os Pagãos chamam de A Deusa. No norte temos Binah a terceira sephirah.
Quem é Binah?
BINAH, A TERCEIRA SEPHIRAH
Título: Binah, Entendimento, (Em hebraico, בינה : Beth, Yod, Nun, Hé.)
Imagem Mágica: Uma mulher madura. Uma matrona.
Localização na Árvore: No topo do Pilar da Severidade, no Triângulo Supremo.
Texto Yetzirático: A Terceira Inteligência chama-se Inteligência Santificadora, Fundamento da Sabedoria Primordial; chama-se também Criadora da Fé, a suas raízes são o Amém. É a mãe da fé, a fonte de onde emana a fé.
Títulos Conferidos a Binah: Ama, a Mãe estéril obscura. Aima, a Mãe fértil brilhante. Khorsia, o Trono. Marah, o Grande Mar.
Nome Divino: Jehovah Elohim.
Arcanjo: Tzaphkiei.
Coro Angélico: Aralim, Tronos.
Chakra Cósmico: Shabbathai, Saturno.
Experiência Espiritual: A visão da dor.
Virtude: O silêncio.
Vício: A avareza.
Correspondência no Microcosmo: O lado direito do rosto.
Símbolos: O yoni. O Kteis. A Vesica Piscis. A taça ou o cálice. O Manto Extremo do Ocultamento.
Cartas do Taró: Os quatro três: três de Paus: força estabelecida; Três de Copas: abundância; Três de Espadas: dor; Três de Ouros: trabalhos materiais.
Cor em Atziluth: Carmesim.
Cor em Briah: Negro.
Cor em Yetzirah: Marrom-escuro.
Cor em Assiah: Cinza salpicado de rosa.
No sul temos o princípio masculino primordial ao que os Pagãos chamam de O Deus. No sul temos Chokmah a segunda sephirah.
Quem é Chokmah?
CHOKMAH, A SEGUNDA SEPHIRAH
Título: Chokmah, Sabedoria. (Em hebraico, חכמה : Cheth, Kaph, Mem, Hé.)
Imagem Mágica: Uma figura masculina, barbada.
Localização na Árvore: No topo do Pilar da Misericórdia, no Triângulo Supremo.
Texto Yetzirático: O Segundo Caminho chama-se Inteligência Iluminadora. É a Coroa da Criação, o Esplendor da Unidade, que a iguala. É exaltada sobre todas as cabeças, a os cabalistas a chamam de Segunda Glória.
Títulos Conferidos a Chokmah: Poder de Yetzerah. Ab. Abba. O Pai Supremo. Tetragrammaton. Yod do Tetragrammaton.
Nome Divino: Jehovah.
Arcanjo: Ratziel.
Coro Angélico : Auphanim, rodas.
Chakra Cósmico: Mazloth, o Zodíaco.
Experiência Espiritual: A Visão de Deus face a face.
Virtude: Devoção.
Vício: Não tem
Correspondência no Microcosmo: O lado esquerdo da face.
Símbolos: O lingam. O falo. O Yod do Tetragrammaton. O Manto Interno da Glória. O pedestal. A torre. O cetro ereto do poder. A linha reta.
Cartas do Tarô: Os quatro dois: Dois de Paus: domínio; Dois de Copas: amor; Dois de Espadas: paz restaurada; Dois de Ouros: mudança harmoniosa.
Cor em Atziluth: Azul-suave puro.
Cor em Briah: Cinza.
Cor em Yetzirah: Cinza-pérola iridescente.
Cor em Assiah: Branco salpicado de vermelho, azul a amarelo.
No oeste temos o abismo, a morte, o local da queda. No oeste temos a sephirah oculta Daath.
Quem é Daath?
O Abismo, o precipício que se localiza entre o Macroprosopos e o Microprosopos, assinala uma demarcação na natureza do ser, no tipo de existência que prevalece sobre os dois níveis. É nesse Abismo que Daath, a Sephirah Invisível, tem sua estação, a poderíamos chamá-la corretamente de Sephirah do Devir. Ela se chama também Conhecimento, termo que poderia ser interpretado, ademais, como Percepção, Apreensão, Consciência.
E é através de Daath que subimos ou descemos de planos. Nós humanos estamos no plano do meio, e é através de Daath que acessamos os planos superiores da ordem ou os planos inferiores do caos.
E como Daath está associada ao oeste e a morte, costuma-se proceder uma iniciação em Bruxaria ou Ordens à partir do oeste. Pois o aspirante deve morrer para renascer como um novo eu, como um iniciado.
3- Questões a serem pensadas:
Mas a Deusa não é associada à Lua? Portanto, Yesod, e portanto oeste? A Deusa, principio feminino universal é Binah, mas não conseguimos acessar a Deusa por Binah, apenas miramos nela, A Deusa de Binah se faz presente para nós em Yesod, a Lua, a Filha de Deus. Assim como o Deus, Chokmah, princípio masculino primordial se manifesta para nós no sol, na esfera de Tiphareth. Por isso o Deus é associado ao sol pela Bruxaria moderna.
Então temos outras coisas para se pensar:
1- Você considera a Deusa como elemento principal da sua Bruxaria? Se sim, seu altar deve estar no norte e você deve traçar à partir do Norte.
2- Você considera o Deus como elemento principal da sua Bruxaria? Se sim, seu altar deve estar no sul e você deve traçar à partir do sul.
3- Para você o equilíbrio harmônico das polaridades deve ser observado? Se sim, seu altar deveria estar no leste e você deveria traçar a partir do leste.
Meu caso: Meu altar está no sul pois trabalho sozinho e para mim o princípio masculino universal deve se fazer presente em meus trabalhos, pois sou homem. Mas Tenho sempre a Deusa comigo, mas o contato visceral é com o Deus. E mesmo meu altar estando no sul sempre traço a partir do norte, tanto por ser aonde a Deusa está, tanto pelo fato de no norte estar o elemento terra, sem esse elemento nada se materializa, nada se concretiza, nada se manifesta nesse mundo, ficaria apenas no plano do mental, emocional, astral, mas a magia não se faria presente e palpável neste plano. Porém em magia com egrégora não pagã, costumo traçar a partir do leste. Todos os 4 Ritos clássicos menores e maiores do pentagrama e do hexagrama, traça-se à partir do leste (Kether).
Cada ponto cardeal é guardado por um Guardião. Chamado de Guardião das Torres de Observação.
Introdução:
Os Guardiões das Torres de Observação, são Seres que existem anteriormente à criação da Terra e da vida material na Terra. Portanto, Eles conhecem toda a história da Terra, e de cada história humana em particular. Os sistematizamos, dentro da mágicka, como os seres que protegem e possibilitam a criação do círculo mágicko. Geralmente, os organizamos no norte/terra, leste/ar, sul/fogo, oeste/água.
Dentro do círculo mágicko, existimos em uma realidade multidimensional. Não que não existimos em tal realidade, agora mesmo, sem círculo algum. Mas, dentro do círculo, fazemos isso de forma deliberada, controlada e consciente. Dentro do círculo, existimos no entre-mundos. Nele, podemos nos dirigir a qualquer realidade ou dimensões. Nele, rompemos o véu de Maya e saímos da realidade da ilusão, para a realidade plena. É claro que podemos ainda sermos iludidos por Maya, se não realizamos o rito de abertura do círculo mágicko corretamente. Mas mesmo em Maya, estamos em outra realidade no círculo. Estamos no entre mundos. É aí que os guardiões das torres de observação realizam seu papel. Com a mágicka deles, rompemos o véu da Ilusão, e nos projetamos para a realidade que se pretende na abertura do círculo. Eles além de nos possibilitarem esse romper de véu, protegem o círculo, para que nada que não condiz com o rito, entre no círculo. Ter além Deles no círculo, uma outra força divina ajuda grandemente no caráter de transposição de mundos e na proteção do mago/bruxo. Essa força pode ser Deuses, ou o sagrado anjo guardião. Nos processos iniciáticos, apresentamos o neófito aos Deuses, e aos Guardiões das Torres de Observação. Se o processo iniciático requer um novo nome ao néofito, esse novo nome deve ser dito aos Guardiões das Torres de Observação. Lembrando que os guardiões devem aceitar o néofito no círculo e seu novo nome. Para tal, é necessário um coração sincero, uma vontade firme, uma palavra poderosa, e uma fé sólida. Não tente enganar esses Seres, como dito acima, Eles conhecem toda a história da Terra. Eles conhecem suas palavras antes que elas saem de sua boca. Eles conhecem seu coração, mesmo que você tente escondê-lo. Não dá pra mentir para esses seres. Na melhor das hipóteses, você se auto iludirá. Na pior das hipóteses, você ganhará terríveis inimigos com forças descomunais.
Conteúdo:
O que muitos não sabem, é que os Guardiões das Torres de Observação, não são os mesmos sempre. Dependendo do rito e intenção mistérica, convidamos os seres certos ao propósito mágicko.
Na abertura do círculo, invocamos os guardiões através de seus nomes, algumas palavras que os caracterizam, e com os pentagramas apropriados. Como disse, norte/terra, leste/ar, sul/fogo, oeste/água. Não que não haja sistemas diferentes, como nas operações com hexagramas.
Você deverá dizer o nome adequado do Guardião, traçar o pentagrama adequado, e dizer algumas palavras de suas atribuições.
1- Prática pagã:
Norte/terra:
“Vós senhores da Atalaias do norte, vós senhores da terra; Bóreas, tu guardião dos portais do norte; nós vos convocamos, incitamos e intimamos a testemunharem nossos ritos e protegerem o círculo.”
Leste/ar:
“Vós senhores da Atalaias do leste, vós senhores do ar; Eurius, tu guardião dos portais do leste; nós vos convocamos, incitamos e intimamos a testemunharem nossos ritos e protegerem o círculo.”
Sul/fogo:
“Vós senhores da Atalaias do sul, vós senhores do fogo; Notus, tu guardião dos portais do sul; nós vos convocamos, incitamos e intimamos a testemunharem nossos ritos e protegerem o círculo.”
Oeste/água:
“Vós senhores da Atalaias do oeste, vós senhores da água; Zephyrus, Senhores da morte e da iniciação, tu guardião dos portais do oeste; nós vos convocamos, incitamos e intimamos a testemunharem nossos ritos e protegerem o círculo.”
(Esse sistema e as palavras ditas, foram retirados do livro: “Oito Sabás para Bruxas” de Janet and Stewart Farrar)
Bóreas/Boreas:
Bóreas ou Boreas (em grego: Βορέας), na mitologia grega, é o vento norte, e, de acordo com Hesíodo, filho de Astreu e Eos, e irmão de Héspero, Eósforos, Euro, Zéfiro e Noto. Ele mora em uma caverna no Monte Haemon, na Trácia. Nas lendas da Ática, ele raptou Orítia, filha de Erecteu, com quem teve vários filhos, dentre os quais os boréadas, Zetes e Calais, Quione a deusa das neves e Cleópatra, esposa de Fineu.
Durante as Guerras Médicas, Bóreas ajudou os atenienses, destruindo os navios dos bárbaros. Ele também ajudou Megalópolis contra Esparta, e era honrado em Megalópolis com festivais anuais. De acordo com a tradição homérica, Bóreas foi o pai de doze cavalos com as éguas de Erictônio, o que é explicado como sendo uma forma figurativa de dizer que estes cavalos eram muito velozes. Na arca de Cípselo ele estava representando raptando Orítia, e no lugar de suas pernas havia serpentes. Festivais de Bóreas eram celebrados em Atenas e outros lugares.
(William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology)
Eurius/Eurus/Euro:
Euro (em grego: Εύρος) é o nome dado ao vento do leste na mitologia e geografia da Grécia Antiga. Seu nome entre os marinheiros romanos era subsolanus.
Higino lista Favônio como um dos quatro ventos, filhos de Astreu e Aurora (os outros são Zéfiro, Bóreas e Noto) mas, segundo Aulo Gélio favonius é o nome romano do vento que sopra oposto ao Euro. Este vento não é mencionado por Hesíodo como os filhos de Eos e Astreu (que são Zéfiro, Bóreas, Noto e as estrelas).
(Ovídio, Metamorfoses, Livro I, 52-68 / Aulo Gélio, Noctes Atticae, Livro II, Capítulo 22, Informação sobre o vento chamado Iápix e sobre os nomes e os quadrantes de outros ventos, derivados dos discursos de Marco Favônio / Higino, Prefácio / Hesíodo, Teogonia, Os Deuses Titãs, 378-382)
Notus/Noto:
Na mitologia grega, Noto é responsável pelo vento do sul. Na mitologia Romana, está associado a Austro. Ao contrário dos seus irmãos Zéfiro e Bóreas, a mitologia não registra nenhum filho de Nótus.
Zephyrus/Zéfiro:
Na mitologia grega, Zéfiro (em grego Ζέφυρος, Zephyros) é o vento do oeste. Foi casado com Íris e vivia numa caverna da Trácia. Um dos mitos em que Zéfiro aparece mais proeminentemente é o de Jacinto, um belo e atlético príncipe espartano. Zéfiro enamorou-se de Jacinto e cortejou-o, tal como Apolo. Ambos competiram pelo seu amor, que veio a escolher Apolo, fazendo que Zéfiro enlouquecesse de ciúmes. Mais tarde, ao surpreendê-los praticando o lançamento do disco, Zéfiro soprou uma rajada de vento sobre eles, fazendo com que o disco golpeasse Jacinto na cabeça ao cair. Quando Jacinto morreu, Apolo criou a flor homonima com o seu sangue. Na história de Psiquê foi Zéfiro quem serviu a Eros transportando Psiquê até sua morada.
2- Prática pagã:
Nesse sistema, balança-se o incenso pra frente e pra trás, quatro vezes em cada quadrante (norte até oeste sentido horário). Depois se diz a conjuração e toca-se um sino três vezes em cada quadrante e faça-se a invocação. Porém, eu traçaria os pentagramas apropriados também.
Diga a conjuração, de preferência de frente ao altar que poderá estar aonde for possível, porém é preferível que esteja no norte ou leste se possível. Depois se diz o nome apropriado dos guardiões.
"Eu vos conclamo, ó Anciãos!
Vós que viveis além dos Reinos,
Vós que uma vez reinastes no Tempo antes do Tempo.
Vinde! Ouve o chamado!
Ajudai-me a abrir o Caminho, dai-me o Poder!
Descerrai os portais dos Reinos dos Deuses
E aparecei por estes nomes:"
Vá ao norte:
Toque o sino três vezes e chame por Tago! (Eu traçaria o pentagrama apropriado, nesse caso da terra. E o pentagrama apropriado em cada quadrante).
Vá ao leste:
Toque o sino três vezes e chame por Alpena!
Vá ao sul:
Toque o sino três vezes e chame por Settrano!
Vá ao oeste:
Toque o sino três vezes e chame por Meana!
Depois bata a varinha três vezes no altar.
Obs: Tentei descobrir a origem desse nomes e não achei!
(Esse sistema e as palavras ditas, foram retirados do livro: “Bruxaria Hereditária” de Raven Grimassi)
3- Prática estelar:
Nos antigos cultos estelares da mesopotâmia, havia quatro estrelas Reais (conhecidas como senhores), as quais eram chamadas de Guardiões. Cada uma dessas estrelas regia um dos quatro pontos cardeais. Esse sistema data de aproximadamente 3000 antes da era comum.
Aldebaran, assinalava o equinócio de primavera, Guardião do Leste.
Regulus, assinalava o solstício de verão, Guardião do Sul.
Antares, assinalava o equinócio de outono, Guardião do Oeste.
Fomalhaut, assinalava o solstício de inverno, Guardião do Norte.
(“Mistérios Wiccanos” de Raven Grimassi)
4- Prática elemental:
Em magia elemental, pode-se chamar os guardiões pelos nomes apropriados de quem governa os seres elementais.
Gob, terra/norte, senhor dos Gnomos.
Paralda, ar/leste, senhor dos Silfos.
Djin, fogo/sul, senhor das Salamandras.
Necksa, água/oeste, senhor das Ondinas.
5- Na magia angelical:
Rafael no leste/ar
Miguel no sul/fogo
Gabriel no oeste/água
Uriel no norte/terra
6- Na magia infernal:
Azazel/fogo/sul
Azazel – Eu te invoco Djinn do fogo do Quadrante do Sul, a tocha que me inflama, sacrifico-me em sua presença, como seu filho no caminho da Sombra na Luz.
Samael/ar/leste
Samael – Grande Dragão transformado, eu te invoco fulminante Lúcifer, a Estrela da Manhã do Leste, a Serpente-Anjo de Corvo Esmeralda que caiu na terra – desperte agora e abra adiante os portais da imaginação do Ar e dos Sonhos.
Mahazael/terra/norte
Mahazael – Pai dos Espíritos dos Bruxos, que abençoa e pragueja sob a oculta e resplendente lua, Eu o evoco em mim, iniciador da chama e do ferro, venha manifestar-se neste círculo. Besta Chifruda e Anjo Perfeito, desperta para o meu chamado no Norte! Na lareira e floresta tu caminhará comigo; no vale das sombras andará como eu; no deserto e na montanha você conduzirá meu corpo no círculo do teu ser! Mahzael, incarnado interiormente!
Azael/água/oeste
Azael – Como a vela queima no derredor e o sol que desaparece dentro da escuridão, Eu te chamo Azael – Espírito dos Portões do Oeste, do crepúsculo e da sepultura, eu te invoco adiante. Mostre até mim sua máscara dos mortos e envolva-me no espírito do teu ser, Eu desejo caminhar entre a luz e a escuridão. Eu venho à ti como Besta do Oceano, a insurreição do Dragão!
Abram adiante o caminho das serpentes! Abra-se o caminho do Dragão!
Hekas! Hekas! Hekas!
(Extraído do livro “Luciferian Goetia” Michael W. Ford)
Porém, Agrippa associa Samael ao fogo, Azazel ao ar, Azael à água e Mahazael à terra.
7- Outro exemplo:
Oh ORIENS, distinto rei que reina e governa no Leste, cujo domínio e reinado teve início no começo do mundo e que durará até o final dos tempos;
Oh PAYMON, poderoso e glorioso rei, que tens domínio sobre a região Ocidental do céu;
Oh EGYN, rei forte, cujo reinado e império se estendem até as regiões frias do Norte;
Oh AMAYMON, nobilíssimo rei, que tem domínio sobre as regiões do Sul.
(EXPERIMENTO DE AMOR E COMO ELE É REALIZADO – “The key of Solomon the king” S. Liddell MacGregor Mathers.)
Considerações finais:
Essa foi uma parcial dos vários tipos de sistemas que atribuem diferentes nomes aos Guardiões das Torres de Observação. Dependendo do sistema, se trata de egrégoras que não se tocam, ou de uma questão hierárquica. Para cada sistema, uma atribuição.
Autoria: Eosphorus Pluto Eleutherios
Blog: Bruxaria Sem Dogmas
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