segunda-feira, 6 de junho de 2022

Crenças da Strega Na Itália e nas cidades da América com grandes populações de italianos ou descendentes, bruxas da “velha escola” podem ser encontradas.

 Crenças da Strega


Na Itália e nas cidades da América com grandes populações de italianos ou descendentes, bruxas da “velha escola” podem ser encontradas.


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Na Itália e nas cidades da América com grandes populações de italianos ou descendentes, bruxas da “velha escola” podem ser encontradas. Em quase todas as cidades ou vilas, alguém poderá te apontar uma strega que possa colocar ou tirar o Malocchio (mal olhado), ou usar óleo de oliva para curar ou para adivinhações. No coração da strega vivem os “espíritos do antigo”, pois está é uma antiqüíssima crença. Sente-se com elas e te contaram estórias dos elfos ou das fadas que são conhecidas como Os Antigos. Você aprenderá sobre a sacralidade do fogo, sobre as forças por traz da natureza. A voz do vento sussurrará aos teus ouvidos enquanto a strega fala... você sentirá e conhecerá.
As crenças das streghe envolvem amuletos para repelir ou atrair energias. Gestos de poder, sinais que podem ser lidos em toda a natureza. A Deusa coroada com um crescente e o Deus Astado são adorados pelas strega. Também são conhecidos por diversos nomes: Tana e Tanus, Fana e Faunus, Jana e Janus. Os nomes mais comuns para os Deuses da Stregheria são : Diana e Dianus (Lúcifer); e os nomes mais antigos são Uni e Tagni.
A natureza é vista como a manifestação das forças ou leis espirituais. A Magia é a arte de entender e interagir com estas forças, de uma forma que possam ser influenciadas. Como este sistema é mantido em ordem por espíritos e deidades, existem técnicas milenares de interagir e lidar com estes seres astrais – de forma que façamos nossas influencias e vontades.
No norte da Itália, existe uma região chamada Toscana. Lá uma forma de stregheria um pouco mais peculiar é desenvolvida. Esta forma é extremamente simples, mas pouco lembra os rituais cerimoniais modernas. Há uma grande influencia etrusca nesta forma de bruxaria, onde os Deuses e espíritos são de origem etrusca. Estas bruxas raramente fecham um círculo sagrado para fazer seus feitiços e rituais. O importante para elas é que haja um campo onde possam trabalhar. Elas utilizam uma varinha (o instrumento mais primário da bruxaria) e gestos de poder com encantamentos (chants).
Os Deuses reverenciados pelas streghe toscanas são a Deusa Uni e o Deus Tagni. A natureza também é reverenciada pelos elementais: Fauni e Silvani são espíritos dos bosques; Monachetto são espíritos da terra, como os gnomos; Linchetto são os espíritos do ar. Na bruxaria toscana o norte é considerado um local de muito poder. Os seres elementais do norte são chamados Palla; no sul Settiano, que são espíritos do Fogo Elemental; os espíritos do oeste são os Manii; e os do leste são os Bellaire.
As streghe acreditam em espíritos do clã, chamados Lare que protegem as casas e as famílias. Além disso, ajudam as streghe a renascerem entre seus entes queridos. Pequenos templos são feitos na parte oeste da casa em honra a estas entidades. Tradicionalmente são feitas oferendas de vinho, mel, leite em um pequeno recipiente e uma vela é acesa.
O folclore italiano também se estende a objetos inanimados, que se acredita possuírem poder. Entre os mais comuns estão as chaves feitas de outro ou prata, ferraduras, tesouras, pérolas e corais. Outros objetos incluem o alho, fita vermelha e sal que é empregado para a proteção.



2. Bruxaria Italiana

Em 1892 Charles Leland publicou o livro Etruscan Magic & Occult Remedies baseado em suas vivencias na região toscana. Em todos seus livros relacionados ao assunto da bruxaria e magia, ele coloca a religião bruxaria em tempo presente, o que nos mostra que ela é mais antiga que a Wicca apresentada por Gardner – o que é notável que vários aspectos da velha religião italiana é incorporada na wicca gardeniana e porque não dizer a Wicca em geral. Nesta mesma obra Leland coloca que na Itália do séc. XIX haviam tanto bruxas “boas” como “más”: buone e maladette.
Para resumir, aqui está uma tabela sobre a Bruxaria Européia:
700ac: Hesíodo, em sua Teogonia, fala da bruxa, Circe.
30ac: o poeta romano Horácio em seu Epopéias de Horácio associa as bruxas com a Deusa Diana em um culto de mistério.
314dc: o Conselho de Ancyra “rotula” como hereges as bruxas que pertenciam à “Sociedade de Diana”. O Conselho acrescentou que elas eram enganadas por Satã.
662dc: São Barbato converte Romuald (Duque de Benevento) ao cristianismo. Quando isto ocorreu à árvore das bruxas de Benevento –uma nogueira - foi cortada. O mesmo São Barbato esteve no Conselho de Constantinopla e reportou o “mal” das bruxas de Benevento.
906dc: Regino de Prum, em suas instruções a seus bispos, disse que os pagãos adoravam Diana em um culto que chamou de “Sociedade de Diana”.
1006dc: no 19o livro do Decretum (entitulado Corrector) associou a adoração a Diana com as pessoas pagãs.
1280dc: o Conselho da Arquidiocese de Conseranos associa o “culto das bruxas” com uma Deusa pagã.
1310dc: o Conselho de Trier associa as bruxas à Deusa Diana (e Herodias) .
1313dc: Giovanni de Matociis escreveu em seu Historiae Imperiales que muitas pessoas acreditavam em uma sociedade noturna presidida por uma rainha a quem chamavam de Diana.
1390dc: uma mulher milanesa é julgada pela Inquisição por pertencer a “Sociedade de Diana” e esta confessou que adora a Deusa da Noite e que “Diana deu suas bênçãos a ela”.
1457dc: três mulheres julgadas em Bressanone confessaram fazer parte da “Sociedade de Diana” (como registrado por Nicolas de Cusa).
1508dc: o inquisidor italiano Bernardo Rategno escreveu em seu Tracatus de Stigibus que a rápida expansão do culto das bruxas havia se iniciado 150 anos antes daquela data. Ele concluiu de seu estudo de manuscritos de julgamentos dos Arquivos da Inquisição em Como, Itália.
1519dc: Girolamo Folengo (poeta italiano) associou uma dama conhecida como Gulfora com bruxas que se reuniam para fazer rituais em sua corte, em Maccaronea.
1576dc: Bartolo Spina escreveu em seu Quaestrico de Strigibus uma lista de informações que juntou das confissões, nas quais as bruxas se reuniam à noite para adorar “Diana” e que tinham negócios com espíritos da noite.
1647dc: Peter Pipernus escreveu em seu De Nuce Maga Benventana e Effectibus Magicis de uma mulher chamada Violanta, que confessou adorar Diana perto de uma árvore de nozes em Benevento.
1749dc: Girlamo Tartarotti associou o culto das bruxas com o antigo culto de Diana, em seu livro Del Congresso Nottorno Delle Lammie. Em seu A Study of the Midnight Sabats of Witches ele escreveu: “a identidade do culto dianico com a bruxaria moderna e visto e provado.”
1890dc: Charles Leland associou o culto das bruxas com a Deusa Diana, tal qual a sobrevivência dos caminhos antigos em seus livros: Etruscan Magic $ Occult Remedies e Aradia; the gospel of the witches.



Pesquisado e editado por Negah San