ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE AS ENTIDADES DA UMBANDA
1) Quais são as principais linhas de trabalho da Umbanda?
As linhas principais são: caboclo, preto velho e criança. Além disso, hoje a linha dos exus e pombagiras são tão importantes quanto às primeiras. E para complementar, existe o que é chamado de linha complementares, que surgiram depois da criação da Umbanda: baianos, ciganos, marinheiros, boiadeiros, malandros, orientais.Há, ainda, outras linhas, mas sua existência é um assunto controverso. Muitas casas não aceitam, enquanto outras têm trabalhado com elas já há alguns anos. Como, por exemplo, piratas e bruxas.
2) Por que existem linhas de trabalhos diferentes? Não seria mais fácil todas as entidades serem caboclos ou pretos velhos?
Cada linha possui o seu conhecimento, a sua especialidade, a sua forma de trabalhar. Da mesma forma que na Terra as pessoas são muito diferentes umas das outras, assim também é no astral. Se, por exemplo, você tiver um problema de saúde, pode até passar por um clínico geral; mas a depender da gravidade do caso, será necessária a consulta com o especialista.
3) Por que as entidades têm sotaque e falam “errado”?
Quando a Umbanda surgiu, ela buscou se distanciar de um certo elitismo presente em certos segmentos do espiritismo vigente. Saibam que os guias possuem um conhecimento muito além do que o nosso; se quisessem, poderia se utilizar dos vocabulários mais rebuscados. Mas eles querem ser entendidos, principalmente pelos mais humildes. Por isso, usam uma linguagem simples e popular.
As entidades têm um jeito de falar que nos faz ver a vida por outros prismas, as quais não conseguimos enxergar por estarmos a tanto tempo presos nos mesmos padrões de pensamento. Elas falam diretamente para o nosso coração. Não estão preocupadas em mostrar erudição, apenas em levar um pouco luz para aquele filho que pede ajuda.
4) Todo caboclo foi índio? Todo preto velho foi negro e escravo? Todo cigano foi cigano?
Não. Caboclo, preto velho, criança, etc, são arquétipos, isto é, um conjunto de trejeitos que ajudam a caracterizar aquela linha de trabalho. A Umbanda homenageia estas figuras da história brasileira. Ser caboclo não significa que foi índio numa vida passada, mas que aquele espírito teve o conhecimento e o merecimento de assumir o manto de caboclo.
O preto velho, em seu dia-a-dia, não anda por aí todo encurvado, se arrastando pelo plano astral. Esta é apenas uma forma a qual ele molda seu corpo espiritual ao se manifestar, que expressam os valores da sabedoria, da paciência, da experiência que o tempo trouxe. Ele é o ancião. Da mesma forma, o caboclo, com pose altiva, o brado sonoro, representa toda a firmeza, força e vigor.
Saravá a todos!
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