A FACE GUERREIRA DE OXUM
A FACE GUERREIRA DE OXUM
Todos nós enxergamos mamãe Oxum com todo o encanto que a cerca, afinal é a senhora do ouro, da maternidade, da pureza e da candura.
Mas, Oxum tem em si a face guerreira que a maioria de nós desconhece.
Para uns uma qualidade e para outros uma divindade própria:
Oxum Opará.
A maior parte das qualidades de Oxum carregam consigo o abebé (espelho) e alguns casos um alfange (pequena adaga), mas essa Oxum carrega uma espada.
Ela é guerreira, anda pelo caminho de Ogum e não está restrita às águas doces.
Muitas histórias cercam Opará, que por muitas vezes é interpretada como uma Oxum no caminho de Oyá.
Tal qual Onirá que também é interpretada como uma Iansã no caminho de Oxum.
Mas também pode ser entendida em algumas nações como uma Obá no caminho de Oxum.
Então, "res" uma lenda que Oxum e Obá tem quizilas, mas diz o itã que uma guerra se instaurou em Oyó e por costume Oxum ficara responsável por todas as crianças, incluso a filha de Obá. Diferente do sentimento de ciúme que tinha pela mãe, Oxum parecia amar como uma filha a criança e criara a menina com todos os mimos, ensinando-a a ser vaidosa e usar o abebé como ela.
Mas o temperamento de Obá na jovem a tornava intempestiva e violenta em momentos de cólera trazendo os arquétipos de sua mãe biológica também.
Opará então seria a filha de Obá ( com seu temperamento e força) com as características de Oxum ( vaidade e doçura), sendo híbrida.
Outros itãs vão associar essa qualidade com Oyá.
Dizem que Oxum tinha um quarto no palácio que ninguém tinha autorização de entrar, e Iansã sempre via a Yabá entrando nele ao fim da noite.
A curiosidade corrompe Oyá, que entra escondido no lugar e tem uma surpresa infeliz.
O cômodo era onde Oxum guardava seus abebés, em especial um que foi lhe dado pelas Iyami (feiticeiras) cujo aquele que fitar o espelho verá tudo de ruim que existe em si e se desesperará.
Iansã fica tão agoniada com a forma que seus defeitos são refletidos que saca sua espada e crava em seu peito. Quando Oxum chega já é tarde demais. O caso então é levado ao conselho dos Orixás e Oxum é sentenciada a levar o espírito de Oyá junto a si, se tornando Opará.
Outras nações encaram Opará não como um tipo de Oxum, mas como uma divindade particular ligada ao elemento ar e água.
Seus filhos misturam a delicadeza e explosão, sabem lidar com os extremos de si.
São o tipo "Fino, mas sei dar fora", portanto não os irrite. São honestos, leais e por algum motivo estão sempre envolvidos em mexericos e calúnias, o que os tira do sério.
Se tem três Yabás que não é nada bom irritar é Ogunté, Obá e Opará! Oraieiê ô!