domingo, 3 de abril de 2022

MATANÇAS DE ANIMAIS EM TERREIROS UMBADISTAS Esclarecimento de Ramatís:

 MATANÇAS DE ANIMAIS EM TERREIROS UMBADISTAS
Esclarecimento de Ramatís:


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Esclarecimento de Ramatís:

(Extraído do livro Umbada Pé no Chão pelo Espírito Ramatís, psicografia do médium Noberto Peixoto)

"Aos que muito sabem e ambicionam, muito será cobrado"

- Qual vossa opinião sobre o sacrifício de animais na umbanda?

Ramatís: - A umbanda não recorre aos sacrifícios de animais para assentamentos vibratórios dos orixás nem realiza ritos de iniciação para fortalecer o tônus mediúnico com sangue. Não tem nessa prática, legítima de outros cultos, um dos seus recursos de oferta às divindades. A fé é o principal fundamento religioso da umbanda, assim como em outras religiões. Suas oferendas se diferenciam das demais por serem isentas de sacrifícios animais, por preconizarem o amor universal e, acima de tudo, o exercício da caridade como reverência e troca energética junto aos orixás e aos seus enviados (os guias espirituais). É incompatível ceifar uma vida e ao mesmo tempo fazer a caridade, que é a essência do praticar amoroso que norteia a umbanda do Espaço. Toda oferenda deve ser um mecanismo estimulador do respeito e união religiosa com o Divino, e daí com os espíritos da natureza e os animais, almas-grupo que um dia encarnarão no ciclo hominal, assim como já fostes animal encarnado em outras épocas.

- Mas, e os dirigentes de centros que sacrificam em nome da umbanda?

Ramatís: - Reconhecemos que na mistura de ritos existentes, nem tanto nas práticas mágicas populares, dado que templos iniciáticos vistosos matam veladamente para fazer o "indispensável" ebó ou padê de "exu", se confundem o ser e o não ser umbandista. Observai a essência da Luz Divina (fazer a caridade) e sabereis separar o joio do trigo. Tal estado de coisas reflete a imaturidade e despreparo de alguns dirigentes que se iludem pela pressão de ter de oferecer o trabalho "forte". As exigências de quem paga o trabalho espiritual e quer resultados "para ontem" acabam impondo um imediatismo que os conduz a adaptar ritos de outros cultos ao seus terreiros. Na verdade, há uma enorme profusão de rituais que é confusa, refletindo o estado da consciência coletiva e o sistema de troca com o Além que viceja o "toma lá da cá". Toda vez que um médium aplica um rito em nome do Divino e sacrifica um animal, interfere num ciclo cósmico da natureza universal, causando um desequilíbrio, pois interrompe artificialmente o quantum de vida que o espírito ainda teria de ocupar no vaso carnal, direito sagrado concedido pelo Pai. Pela Lei de Causa e Efeito, quanto maior seu entendimento da evolução espiritual (que inexoravelmente é diferente da compreensão do sacerdote tribal de antigamente), ambição pelo ganho financeiro, vaidade e promoção pessoal, tanto maior será o carma a ser saldado, mesmo que isto aparentemente não seja percebido no presente. Dia chegará em que tais medianeiros terão de prestar contas aos verdadeiros e genuínos "zeladores" dos sítios sagrados da natureza que "materializam" os orixás aos homens e oportunizam os ciclos cósmicos da vida espiritual, ou melhor, as reencarnações sucessivas das almas em vosso orbe.